Chama-se Bruno Nobre e é natural da “nossa” Guarda onde permaneceu até ingressar na Universidade. Presentemente, encontra-se em Braga, onde estuda Filosofia. Até aqui nada de especial, dir-me-ão. É verdade. O que o distingue (aliás, o que o aproxima dos outros) é o facto de ser Jesuíta. No passado dia 20 de Outubro, na Sé de Coimbra, o Bruno fez os seus primeiros votos na Companhia de Jesus. Muito amavelmente, quis partilha connosco a sua alegria ao contar-nos um pouco da sua vida e respondendo a algumas perguntas.
Aqui fica a primeira parte do seu testemunho:
“Logo desde miúdo experimentei uma proximidade grande com a Igreja. Uma das mais fortes influências no meu percurso cristão foi o testemunho dos meus avós e pais, com quem comecei a ir à missa. Frequentei a catequese na cidade da Guarda, e aos 15 anos já tinha feito o crisma.
Não sei se em miúdo desejava ser padre, mas recordo-me que Jesus foi desde muito cedo Alguém de quem gostava. Lembro-me que quando tinha 7 ou 8 anos, acabava de aprender a ler, o meu livro preferido era uma banda desenhada que alguém me tinha oferecido.
Por volta dos 17 anos, quando no liceu comecei a aprofundar os meus conhecimentos de ciências naturais, apareceu a primeira crise de fé, que levei dois ou três anos a ultrapassar. E já se está a ver porquê: parecia-me, talvez mais por preconceito, que não era possível compatibilizar ciência e fé.
Aos 18 anos fui para Lisboa estudar Engenharia Física Tecnológica, no Instituto Superior Técnico. Durante o tempo do curso morei no Colégio Universitário Pio XII, que pertence aos padres Claretianos. Tive então a oportunidade de conhecer vários amigos com uma vida cristã muito forte e que estavam comprometidos com comunidades cristãs. Recordo-me de passar horas e horas a conversar sobre assuntos relacionados com a fé.
O meu desejo de aprofundar a fé foi crescendo, e acabei por assumir alguns compromissos: comecei a dar catequese, integrei um Agrupamento de Escuteiros do CNE e colaborei com a pastoral universitária do Patriarcado de Lisboa. A pouco e pouco fui-me sentindo parte da Igreja, que aprendei a amar, mesmo apesar de saber que não é perfeita, ao mesmo tempo que sentia um desejo cada vez maior de aprofundar a relação com Jesus.
Quando acabei a licenciatura comecei um doutoramento em Física (Física Teórica de Partículas), que concluí em cerca de 4 anos. À medida que o final do doutoramento se aproximava, e apesar de ter a possibilidade de continuar a fazer investigação, uma vida dedicada à Física fazia cada vez menos sentido e crescia o desejo de entregar a vida toda para servir Deus e a Igreja. Fui tentando ignorar este apelo (afinal que haveriam de pensar os meus familiares e os meus amigos), mas isso só fazia crescer a sensação de desorientação e mal-estar. Embora com medo, acabei por partilhar o que sentia com uma amiga, que sugeriu que fizesse exercícios espirituais de Sto Inácio de Loyola. Esta acabou por ser uma experiência decisiva, que me permitiu conhecer a espiritualidade inaciana.
A intimidade com Jesus ajudou-me a ultrapassar os receios e os preconceitos. Perante a surpresa da maior parte dos amigos e familiares acabei por entrar na Companhia de Jesus no dia 25 de Setembro de 2005”.
Continua…
Aqui fica a primeira parte do seu testemunho:
“Logo desde miúdo experimentei uma proximidade grande com a Igreja. Uma das mais fortes influências no meu percurso cristão foi o testemunho dos meus avós e pais, com quem comecei a ir à missa. Frequentei a catequese na cidade da Guarda, e aos 15 anos já tinha feito o crisma.
Não sei se em miúdo desejava ser padre, mas recordo-me que Jesus foi desde muito cedo Alguém de quem gostava. Lembro-me que quando tinha 7 ou 8 anos, acabava de aprender a ler, o meu livro preferido era uma banda desenhada que alguém me tinha oferecido.
Por volta dos 17 anos, quando no liceu comecei a aprofundar os meus conhecimentos de ciências naturais, apareceu a primeira crise de fé, que levei dois ou três anos a ultrapassar. E já se está a ver porquê: parecia-me, talvez mais por preconceito, que não era possível compatibilizar ciência e fé.
Aos 18 anos fui para Lisboa estudar Engenharia Física Tecnológica, no Instituto Superior Técnico. Durante o tempo do curso morei no Colégio Universitário Pio XII, que pertence aos padres Claretianos. Tive então a oportunidade de conhecer vários amigos com uma vida cristã muito forte e que estavam comprometidos com comunidades cristãs. Recordo-me de passar horas e horas a conversar sobre assuntos relacionados com a fé.
O meu desejo de aprofundar a fé foi crescendo, e acabei por assumir alguns compromissos: comecei a dar catequese, integrei um Agrupamento de Escuteiros do CNE e colaborei com a pastoral universitária do Patriarcado de Lisboa. A pouco e pouco fui-me sentindo parte da Igreja, que aprendei a amar, mesmo apesar de saber que não é perfeita, ao mesmo tempo que sentia um desejo cada vez maior de aprofundar a relação com Jesus.
Quando acabei a licenciatura comecei um doutoramento em Física (Física Teórica de Partículas), que concluí em cerca de 4 anos. À medida que o final do doutoramento se aproximava, e apesar de ter a possibilidade de continuar a fazer investigação, uma vida dedicada à Física fazia cada vez menos sentido e crescia o desejo de entregar a vida toda para servir Deus e a Igreja. Fui tentando ignorar este apelo (afinal que haveriam de pensar os meus familiares e os meus amigos), mas isso só fazia crescer a sensação de desorientação e mal-estar. Embora com medo, acabei por partilhar o que sentia com uma amiga, que sugeriu que fizesse exercícios espirituais de Sto Inácio de Loyola. Esta acabou por ser uma experiência decisiva, que me permitiu conhecer a espiritualidade inaciana.
A intimidade com Jesus ajudou-me a ultrapassar os receios e os preconceitos. Perante a surpresa da maior parte dos amigos e familiares acabei por entrar na Companhia de Jesus no dia 25 de Setembro de 2005”.
Continua…
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