terça-feira, 29 de abril de 2008

REZAR COM CATARINA DE SENA

Bom dia a todas as Catarinas. Neste dia da sua padroeira, aqui fica um poema escrito por esta santa e doutora da Igreja.
TU ÉS MAR PROFUNDO
Ó Trindade eterna, Tu és mar profundo,
no qual quanto mais me abismo, mais te encontro,
e quanto mais te encontro, mais te procuro.
De Ti nunca se poderá dizer: basta!
A alma que se sacia em tuas profundezas
deseja-te sem cessar,
porque está sempre faminta de ti,
sempre desejosa de ver sua luz
em tua Luz.

Nesta luz eu te conheço,
e Tu estás presente ao meu espírito,
Tu, que és o Bem supremo e infinito,
o Bem acima de todo o bem,
que faz a verdadeira felicidade.
Tu és a Beleza acima de toda a beleza,
a Sabedoria acima de toda a sabedoria.
Reveste-me, Trindade eterna,
reveste-me de Ti mesma,
para que eu passe esta vida
na luz de tua revelação,
que inebriou minha alma.
Stª Catarina de Sena

segunda-feira, 28 de abril de 2008

MENSAGEM DO PAPA AOS JOVENS

Ontem, dia 27 de Abril, numa mensagem enviada a dez mil jovens reunidos em Lourdes, o Papa convidou-os a sonharem com as coisas grandiosas que Deus quer para eles.
O Papa assegura aos jovens que «Cristo torna-vos dignos de sua confiança e deseja que possais realizar vossos ideais mais nobres e mais elevados de autêntica felicidade». «Esta felicidade é antes de tudo um dom de Deus que se recebe empreendendo os caminhos inesperados de sua vontade. Estes caminhos são exigentes, mas também fonte de alegria profunda», acrescenta na carta, dirigida ao arcebispo de Paris ao cardeal André Vingt-Trois, presidente da Conferência Episcopal Francesa.
«Nosso “sim” a Deus gera a fonte da verdadeira felicidade: este “sim” liberta o próprio eu de tudo o que o encerra em si mesmo. Faz que a pobreza da nossa vida penetre na riqueza e na força do projecto de Deus, sem eliminar a nossa liberdade nem a nossa responsabilidade». «Abre nosso pequeno coração às dimensões da caridade divina, que são universais. Conforma nossa vida com a própria vida de Cristo, na qual entramos com nosso Baptismo», sublinha.
Por último, o Papa lança um desafio aos jovens reunidos em Lourdes: «que aqueles dentre vós que sintam o chamamento a segui-lo no sacerdócio ou na vida consagrada, respondam “sim” ao convite do Senhor a colocar-se totalmente a serviço da Igreja, em uma vida totalmente entregue pelo Reino dos Céus. Não ficarão decepcionados».
É, aliás, a mesma mensagem que Bento XVI deixou aos 29 sacerdotes que ele ordenou em Roma nesta mesma data.
O Papa explicou-lhes na homilia que nesse dia começava para eles uma nova missão: ao serem ministros do Evangelho, têm de «anunciar e testemunhar a alegria».
«O que pode ser mais maravilhoso que isto?», perguntou. «O que pode ser maior, mais entusiasmante que cooperar na difusão no mundo da Palavra de vida, comunicar a água viva do Espírito Santo?».
Os sacerdotes são chamados a levar o Evangelho a todos «para que todos experimentem a alegria de Cristo». São chamados a ser «mensageiros desta alegria», a multiplicá-la e a transmiti-la especialmente aos que estão tristes e desiludidos.
«Para serem colaboradores da alegria dos demais, num mundo com frequência triste e pessimista, é necessário que o fogo do Evangelho arda dentro de vós, que em vós viva a alegria do Senhor».
«Onde Cristo é pregado com a força do Espírito Santo e é acolhido com o espírito aberto, a sociedade, apesar dos seus muitos problemas, converte-se em “cidade da alegria”».

JOANA BERETTA MOLLA, médica, esposa e mãe santa

Gianna (Joana) foi a sétima de treze filhos de uma família de classe média do norte de Itália. Estudou medicina, especializando-se em pediatria. Tendo um irmão missionário no Brasil, cedo desejou juntar-se-lhe para ajudar os mais pobres. Mas a sua saúde desaconselhou tal decisão. Porém, a busca da sua vocação era uma preocupação real em Gianna. Apoiada na sua fé e na oração, vive na expectativa de descobrir o que Deus quer dela. Reza e manda rezar por essa intenção.
Conhece então o Pedro Molla, um engenheiro. Entre ambos cresce a amizade e admiração recíprocas. Pela mesma altura, acompanha doentes numa peregrinação a Lourdes. Percebe, mais do que nunca, o valor de se dedicar aos mais débeis. Gianna decide-se: fundará uma família cristã com o mesmo amor e sacrifício que assumiria em terras de missão. “Os caminhos de Deus são sempre belos, desde que a meta seja sempre a mesma: salvar a nossa alma e conseguir levar a Deus muitas outras, para O glorificar”.
Gianna e Pedro casam-se em Setembro de 1955. Em vez da azáfama que habitualmente antecede esse grande dia, ambos dedicaram-se ao recolhimento de um retiro de preparação. A oração será sempre, para eles, um momento especial de comunhão. Mesmo quando a profissão de Pedro os separava, combinavam a hora de rezar o terço um pelo outro.
Ao casar-se, Gianna não procurou alcançar uma posição ou bem-estar. Quis, plenamente, realizar a vontade de Deus. Assim, para ela “toda a vocação é vocação à maternidade: física, espiritual, moral, porque Deus colocou em nós o instinto da vida. O padre é pai, a religiosa é mãe, mãe das almas. Preparar-se à sua vocação é preparar-se a dar a vida”. É essa vida que ela dedicará aos seus filhos (quatro) e aos seus pacientes, cuidando de todos com amor e dedicação. Cada um dos seus filhos é um dom de Deus. Por isso, após cada novo nascimento, retribuía doando uma boa quantia de dinheiro às missões.
Mas aquando da quarta gravidez, detectaram-lhe um cancro. Foi aconselhada a aceitar um aborto terapêutico. Como médica e sabendo do risco que corria, recusou. Pediu expressamente que a criança fosse salva, acima de tudo.
Joana Emanuella nasce o 21 de Abril de 1962 e Gianna, sua mãe, morre no dia 28: ela deu a sua vida para que a sua filha vivesse.
Bem depressa a fama de santidade de Gianna se espalhou e, a 16 de Maio de 2004, foi canonizada por João Paulo II, na presença do seu marido, Pedro e de suas filhas.

domingo, 27 de abril de 2008

VIA LUCIS COM A CRUZ DE S. DAMIÃO

Na próxima quarta feira, dia 30 de Abril, a Diocese da Guarda despede-se da Cruz "peregrina" de S. Damião.
Após ter percorrido os diversos arciprestados, a Cruz regressa à Guarda para um último momento de oração. Recorda-se que esta passagem pela Diocese deve-se à comemoração dos 800 anos da vocação de Francisco de Assis e respectivo carisma aprovado pelo papa.
O SDPV está a organizar uma VIA LUCIS com a Cruz, através da qual contemplaremos as diversas etapas da vocação de S. Francisco.
Essa Via Lucis, presidida pelo nosso bispo D. Manuel, comecerá às 21 horas na Igreja da Misericórdia, prosseguindo até à Sé Catedral.
No dia seguinte, a Cruz partirá para a Diocese de Lamego.
TODOS ESTÃO CONVIDADOS
A CAMINHAR COM FRANCISCO DE ASSIS.

CAMINHADA COM A CRUZ DE S. DAMIÃO


Este sábado 26 de Abril, dentro da programação da visita da Cruz de S. Damião ao arciprestado do Fundão, decorreu o "Dia Jovem". As actividades foram dinamizadas pelas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imacula Conceição, com a colaboração do SDPV. Para o efeito, vieram duas irmãs, Ir. Paula de Viana do Castelo (embora seja "nossa" da Guarda) e a irmã guineense, Nealtina, de Vila Nova de Gaia, contando ainda com as "vizinhas" de Oleiros, as irmãs Olinda e Manuela.

O dia começou na aldeia de Enxabarda onde se concentraram à volta da Cruz de S. Damião, mais de trinta pessoas, de várias idades, embora a grande maioria fossem jovens, vindas de diversos lugares do Sul do Concelho e de Oleiros. Daí partiu-se em caminhada até ao Fundão (cerca de 14 km) com algumas paragens de reflexão, nomeadamente no recinto do Senhor da Saúde, Souto da Casa. Como o jovem Francisco de Assis, caminhámos no conhecimento de nós prórpios, dos outros e de Deus. O almoço decorreu junto ao Monumento da Srª de Fátima à entrada do Fundão.

Pela tarde, continuaram as actividades no Centro Paroquial da cidade onde se aprofundou a vocação do jovem de Assis e a nossa.

O final do dia foi celebrado com a eucaristia na igreja matriz onde decorreu, à noite, uma vigília de oração junto da Cruz.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

LIBERDADE


Hoje, é o “nosso” Dia da Liberdade.
Importa lembrar, neste dia, que a liberdade para além de direito a conquistar, também é um dever a cumprir.
Dizia o filósofo Sartre: “Eu sou a minha liberdade”. Concordo. Resta saber o que a nossa liberdade nos faz ser. Com ela, posso libertar outros ou, “livremente”, deixo-me prender a coisas, preconceitos, vícios, egoísmos, ódios, … Se sou a minha liberdade, nem sempre ela me liberta.
E se eu a usasse para benefício dos outros?
E se fosse, simplesmente, pelo Outro?

Afinal, só os que são realmente livres estão disponíveis para dar. Sobretudo para dar-se…
Assim dizia o Abbé Pierre, um homem inteiramente livre: “Não se é livre de amar ou não amar; É-se livre para amar”.
E se esta fosse a minha forma de liberdade?

E se essa liberdade me fizesse… feliz…

quinta-feira, 24 de abril de 2008

QUE MINHA ALEGRIA SEJA COMPLETA


"Manifestei-vos estas coisas,
para que esteja em vós a minha alegria,
e a vossa alegria seja completa".
Jo 15, 11

Eu te peço, meu Deus:
faz com que te conheça, que te ame,
para que a minha alegria esteja em ti.
E, se isso não for plenamente possível nesta vida,
faz ao menos que eu progrida todos os dias,
até atingir a plenitude.
Que nesta vida o teu conhecimento cresça em mim
e que ele esteja completo no último dia;
que o teu amor cresça em mim
e que ele seja perfeito na vida futura,
para que a minha alegria,
já grande em esperança cá na terra,
seja então acabada na realidade.
(...)
Deus verdadeiro, faço-te esta oração;
atende-me para que a minha alegria seja perfeita.

Que doravante seja esta a meditação do meu espírito
e a palavra dos meus lábios.
Seja este o amor do meu coração
e o discurso da minha boca,
seja a fome da minha alma,
a sede da minha carne
e o desejo de todo o meu ser,
até ao dia em que eu entre na alegria do Senhor,
Deus único em três Pessoas,
bendito pelos séculos.
Amen.

Santo Anselmo

segunda-feira, 21 de abril de 2008

CRUZ DE S. DAMIÃO NO FUNDÃO

A Cruz de S. Damião, encontra-se, desde ontem (domingo), na cidade do Fundão.
Aí permanecerá uma semana. A cruz foi confiada à fraternidade das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição que têm a seu cargo o Lar da Misericórdia.

Várias actividades estão programadas ao longo dos dias, nomeadamente junto da comunidade paroquial que contam também com a presença da Ordem Franciscana Secular, ou seja, leigos que se comprometeram em viver o espírito de S. Francisco.

É de destacar, igualmente, o dia de sábado que será dedicado aos jovens da cidade de mais algumas comunidades do arciprestado.
No domingo seguinte, a Cruz será entregue à comunidade vizinha de Aldeia Nova do Cabo, onde reside e trabalha pastoralmente a fraternidade das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, também de inspiração franciscana.
Será a última visita da Cruz antes de se despedir da nossa Diocese na quarta feira 30 de Abril na Guarda através de uma Via Lucis a realizar pelas ruas da cidade a partir das 21h.

ABRIR A PORTA DO CORAÇÃO A CRISTO...


Abrir a porta do coração a Cristo é sempre temerário: porque Ele vem com o seu amor de Filho bem-amado e vai convidar-nos à perfeição do seu Pai, imitando-O sempre e em tudo.
Abrir a porta do coração a Cristo é sempre perigoso: porque com o seu amor pela humanidade vai desorganizar toda a nossa vida, programada apenas para a nossa satisfação pessoal.
Abrir a porta do coração a Cristo é sempre incómodo: porque com o seu zelo de salvar o mundo, vai convidar-nos a trabalhar constantemente para criarmos um povo de irmãos.
Abrir a porta do coração a Cristo é sempre arriscado: porque com a sua grande misericórdia diante da miséria alheia, vai convidar-nos a distribuir o nosso supérfluo.
Abrir a porta do coração a Cristo é sempre imprudente: porque com a radicalidade do seu Evangelho, vai balizar os nossos caminhos com marcos de amor e de perdão, de diálogo e de serviço.
Para além disso, abrir a porta do coração a Cristo é sempre corajoso: porque com a sua Paixão de libertador do mal e do pecado, do ódio e da indiferença, vai convidar-nos a trabalhar constantemente por um mundo novo à medida do seu coração.
Mas, apesar de tudo, abrir a porta do coração a Cristo é sempre consolador: porque sentiremos a felicidade de termos sido úteis aos outros; porque entraremos, um dia, na sua morada eterna, depois de termos aceitado que Ele faça em nós a sua morada sobre a terra.

Adaptado do Pe. José Martins Vaz, CSSp

domingo, 20 de abril de 2008

DIA ADN E CRUZ DE S. DAMIÃO NA COVILHÃ


Aqui ficam algumas imagens do dia de ontem (sábado 19 de Abril) na Covilhã.

Primeiramente, estivemos em S. Tiago, com mais de vinte jovens e adolescentes nas actividades do "Dia ADN", reflectindo sobre os desafios da santidade, com S. Francisco e S. Inácio e recordando outras figuras que nos provam que todos somos chamdos a ser santos, à imagem de Jesus.

O dia finalizou com um momento de oração diante da Cruz de S. Damião, na igreja de S. Francisco. No recolhimento, Cristo repetiu-nos a mensagem confiada a Francisco de Assis: "Vai e restaura a minha Igreja".

PEDRAS VIVAS


“…Vós também – como pedras vivas – entrais na construção de um edifício espiritual…”
cf. I Pedro 2, 4-9

A “pedra angular” está lançada; tem um nome: Jesus Cristo.
Sobre essa ela constrói-se o edifício com as pedras que nós somos.
Entrar nesta construção como “pedras vivas” é o convite que nos é feito.
Muitos querem construir ficando de fora;
outros não passam de pedras mortas, passivas,
sem empenhamento nem compromisso.
Os primeiros querem que sejam os outros a construir;
são geralmente muito críticos.
Os segundos são pesos que mais impedem do que ajudam;
são geralmente avessos a tudo o que é mudança e dinamismo.
Os primeiros, por vezes, não entram na construção por causa dos segundos;
os segundos não mudam por causa do radicalismo dos primeiros.
Os primeiros querem ser “pedra angular”, tudo feito à sua medida e gosto;
os segundos fazem-se “pedra angular”, donos da construção existente.
Assim vai a tua Igreja Senhor.
Mas, apesar de irregular e imperfeita, posso e devo colaborar nessa construção de uma igreja renovada e na qual todos têm lugar.
Toma-me, Senhor, e constrói comigo o que for necessário.
É a nossa vocação de cristãos.

(adaptado de um texto de A. da Costa e Silva)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

CRUZ DE S. DAMIÃO NA COVILHÃ


Este sábado, a Covilhã acolhe a Cruz de S. Damião.
A réplica da Cruz diante da qual S. Francisco de Assis percebeu a sua vocação está a percorrer a nossa Diocese por ocasião dos 800 anos do carisma franciscano.
Queremos assinalar essa passagem na Covilhã através de um encontro para jovens, por volta das 14h30 na igreja de S. Tiago.
A partir das 16h30, caminhermos com a Cruz para a igreja de S. Francisco na qual ocorrerá um momento de oração (17h - para todos).
Repetiremos assim a atitude do jovem Francisco de Assis, ajoelado diante da cruz e suplicando: "Que queres que eu faça, Senhor?"

CAMINHO, VERDADE E VIDA

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”
Jo 14, 6

Muitos são os caminhos e muitas as verdades procuradas e desejadas, tantos quantos os projectos de (boa) vida.
Mas nem todos os caminhos levam aonde realmente queremos chegar.
Nem todas as verdades libertam e fazem crescer.
E nem tudo o que reluz é ouro, quanto mais a vida.


Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. É Jesus quem o diz. Não será Ele um pouco pretensioso!? O que quererá Ele dizer com mais esta forte afirmação?
Todo o caminho deve levar a uma meta. O caminho conduz, orienta-nos para aquilo que pretendemos. Para o homem que procura mais e melhor do que a si próprio, sabe que só em Deus encontrará resposta. Jesus é mediador (caminho) entre aquele que procura e Deus que, afinal anseia por esse encontro.
Mas encontrar Deus porquê?
Encontrar para conhecer, para perceber os mistérios que achamos à nossa volta, em nós mesmos e mais ainda sobre o próprio Deus. Chegar à verdade, do que somos, do que nos rodeia e desse Outro transcendente. Jesus mostra-nos quem é Deus: um Pai que a todos quer salvar. De uma maneira perfeita e definitiva, Jesus revela ao homem aquilo que, antes d’Ele, Abraão, Moisés e os profetas foram descobrindo aos poucos sobre o Deus de Israel. Por Jesus, chegamos à Verdade.
Mas chegar à Verdade para quê?
Encontrar-se com Deus e conhecê-lo abre-nos as portas para (con)viver com Ele. Se Deus nos deseja salvos é para estarmos com Ele, participarmos da sua Vida (em abundância). O amor de Cristo na cruz, torna-nos participantes dessa nova realidade. Essa Vida pode/deve ser antecipada, desde já, na medida em que seguimos pelo Caminho de Jesus, acolhemos a sua Verdade libertadora e assumimos em gestos e atitudes a sua Vida plena.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

DIA ADN na COVILHÃ

No próximo sábado, decorrerá na Covilhã uma tarde de actividades com jovens.
Aproveitando a passagem da CRUZ de S. DAMIÃO, reflectir-se-á sobre sobre o ADN CRISTÃO de todos nós, acabando depois com um tempo de oração à volta da Cruz de S. Francisco.

15h - Encontro com jovens na igreja de S. Tiago

17h - Tempo de oração com a Cruz de S. Damião na igreja de S. Francisco (para todos).

Santa BERNADETTE, escondida em Deus


Neste dia, na cidade de Nevers, no ano de 1879, morria Bernadette Soubirous com apenas 35 anos.
Cerca de vinte anos mais cedoa jovem Bernadette viu uma “Senhora branca” na gruta de Massabielle, em Lourdes, nos Pirenéus franceses (comemoram-se agora os 150 anos das aparições). Esse encontro com aquela que se lhe apresentou como “imaculada Conceição” marcou para sempre a sua vida. Bernadette procurou assumir a mensagem que recebera. Não obstante a miséria em que se encontrava a sua família, a saúde mais que precária e pouca instrução, esta simples mas franca pastora procurou perceber qual a vocação a que sua vida era chamada.
Após longa reflexão, e fugindo deliberadamente de toda a pressão popular que as aparições provocaram em redor da vidente, decide “esconder-se” entre as Irmãs da Caridade em Nevers. "Sou como toda a gente", repetia ela frequentemente. Decorria então o ano de 1866. Pela primeira vez, Bernadette deixava os seus queridos Pirenéus… para sempre.

Apesar de doenças frequentes que tendem a agravar-se (recebe por quatro vezes Unção dos doentes), a irmã Maria Bernardo (nome religioso de Bernadette) esforça-se por aperfeiçoar a humildade na docilidade à vontade de Deus e a caridade no serviço às suas irmãs sobretudo às mais doentes. Porém, o caminho da perfeição não foi fácil. Mesmo assim, Bernadette não perde o seu humor e perspicácia: tendo consciência das suas fragilidades ia repetindo durante o dia “Só Deus fica, só Deus me basta”.
Tinha dito: “No céu não esquecerei ninguém”.
Totalmente exausta, morre rezando a Avé Maria, repetindo duas vezes “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecadora”.
O seu corpo encontra-se intacto na capela do convento em Nevers.
O papa Pio XI declarou-a santa em 1933.

terça-feira, 15 de abril de 2008

DIA DIOCESANO DA JUVENTUDE

Aconteceu sábado passado, em Pinhel, o Dia Diocesano da Juventude, sob o lema do ano: "SER + É DAR-SE", mais concretamente, nas diversas formas de voluntariado.
Mais uma vez, o Serviço Diocesano de Pastoral Vocacional foi convidado a dinamizar um atelier: SER + É DAR-SE... PURA E SIMPLESMENTE.
Estiveram presentes perto de três dezenas de jovens e adolescentes. Com eles reflectiu-se sobre a essencialidade de "gastar" a nossa vida em algo que valha a pena, sem desperdiçar os talentos que nos foram confiados. Através de um pequeno jogo, de diaporamas e do diálogo, procurou-se fazer eco em nós do tema do ano, proposto pelo Departamento de Pastoral Juvenil.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

NOTÍCIAS DA CRUZ DE S. DAMIÃO

A Cruz de S. Damião continua a sua "peregrinação" entre nós.

Depois da sua estadia na comunidade de Trancoso, passou pelos arciprestados de Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida, Rochoso, Celorico da Beira e Seia. Temos ecos muito positivos de alguns momentos preparados e vividos em diversas comunidades. Esteve ainda presente no Seminário Maior da Guarda.

Hoje, passará por Pinhel, onde será celebrada uma eucaristia comemorativa, na Igreja de S. António às 18h30. Amanhã será entregue ao arciprestado de Belmonte, seguindo depois para Sabugal, Penamacor e Alpedrinha.

No sábado chegará à Covilhã onde serão realizadas algumas actividades para jovens, na Igreja de S. Tiago (pelas 15 horas), finalizando com um momento de oração na Igreja de S. Francisco para todos quantos queiram associar-se ao evento (17 horas).

A partir do dia seguinte será o arciprestado do Fundão a acolher a Cruz até ao final do mês.

A "despedida está combinada para quarta feira 30 de Abril com uma "Via Lucis" na Guarda.

Mais pormenores serão divulgados atempadamente.

Cruz de S. Damião no Seminário da Guarda

domingo, 13 de abril de 2008

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES


Pai Santo, pedimo-Vos
que continueis a chamar, de entre nós,
aqueles que escolheis
para partilhar a Missão do Vosso Filho
:
no mistério ordenado;
na vida consagrada activa;
na vida monástica contemplativa;
na vida laical e matrimonial…
Pedimo-Vos a graça da abertura do coração
para correspondermos sempre
com generosidade e prontidão.

Confirmai com o Vosso Santo Espírito
a acção e missão
daqueles a quem chamaste e enviaste
;
confortai-os na dificuldades e desânimos.
Confiamos, também, esta causa
à protecção de Maria,
a serva atenta e fiel à vossa vontade
e a S. Paulo, Apóstolo firme e zeloso do Evangelho.

A Vós, Pai Santo,
pelo vosso Filhos Jesus Cristo,
no Espírito Santo,
sejam dadas honra e glória
pelos séculos dos séculos.
Ámen.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

ARISTIDES DE SOUSA MENDES, o cônsul injustiçado

Cônsul português em Bordéus, em 1940, Aristides de Sousa Mendes concedeu vistos aos refugiados da II Guerra Mundial que fugiam do ódio de Hitler. Desobedecendo às ordens de Salazar, este “Justo” abriu a porta da liberdade a 30 mil pessoas, entre as quais 10 mil judeus. Segundo Yehuda Bauer, Aristides levou a cabo “a maior acção de salvamento jamais realizado por alguém durante o Holocausto”. Porém, o seu gesto não foi fácil.
Aristides nascera a 19 de Julho de 1885 em Cabanas de Viriato, perto de Viseu, numa família aristocrata, abastada e profundamente católica. É em 1938 que chega a Bordéus, após uma carreira diplomática que o levou de Zanzibar aos Estados Unidos e passando pelo Brasil. De bela aparência e de elegância sóbria, possuía uma esplêndida morada na sua terra e era pai de 14 filhos. Tinha tudo para ser feliz. Ou talvez não!?
Em Maio de 1940, fugindo das forças alemãs, centenas de milhares de refugiados encontram em Bordéus. Muitos deles acorrem às portas do consulado português. Sendo Portugal um país neutral nessa guerra, Lisboa tornou-se a cidade a atingir como saída para a liberdade, embarcando daí para a América. O importante, é conseguir sair de França. Aristides hospeda em sua casa um desconhecido com a sua família: um rabino judeu Jacob Kruger. É uma conversa entre ambos que iluminará a consciência do cônsul português: “Não somente a mim que é preciso ajudar, mas todos os meus irmãos que arriscam a morte”. O peso desta verdade prostrou o diplomata três dias de cama, sem falar.
Ao terceiro dia reergueu-se, cheio de uma nova energia: decidira conceder vistos a quantos lho pedissem. Em poucos dias, assinará milhares deles. Acabados os formulários oficiais, são pedaços de papel que fazem ofício: o que importa é a sua assinatura e o carimbo consular. Assim será das 8 da manhã até às 3 da madrugada.
Todavia, em Lisboa a visão é outra. Aristides de Sousa Mendes é avisado: “qualquer outro erro seu será considerado desobediência ao poder e acarretará um processo disciplinar”. Salazar, que na época acumulava a pasta de Primeiro-ministro e o ministério dos assuntos estrangeiros, fizera saber que não fossem concedidos vistos a pessoas vindas de Leste e judeus. Era preciso impedir a entrada de “pessoas indignas” em território nacional. O cônsul português de Bordéus pensa de outra forma: “Se tenho de desobedecer, que seja à ordem de um homem e não à de Deus”. “Se tantos judeus sofrem nas mãos de um cristão, Hitler, nada há de chocante que um cristão sofra por tantos judeus”.
A 22 de Junho, a França capitula.
A chegada dos nazis resume-se a uma questão de horas. Dois funcionários do governo português são enviados para dar ordem de regresso a Portugal ao cônsul rebelde. Na viagem, pára em Bayonne, sub-consulado. Ao ver uma grande multidão, desce e questiona o vice-cônsul aí responsável que obedece fielmente às ordens de Lisboa. Aristides impõe-se como ainda seu superior e assina ele próprio mais vistos, de pé, em plena rua. Ao chegar à fronteira de Hendaye depara-se com nova multidão que beneficiara dos seus vistos. A fronteira está fechada para eles. Aristides convida-os a seguir o seu carro em marcha lenta. Decide-se por outra rota, através de um posto fronteiriço sem telefone e que, por isso ainda não tinha recebido ordens do governo português. Aristides de Sousa Mendes, qual novo Moisés, seguindo por centenas de refugiados, passa a fronteira, conduzindo-os para a liberdade.
Mas em Lisboa, o castigo não tarda: é-lhe retirada a carteira diplomática, com redução drástica na pensão. Aristides vê-se impossibilitado de cuidar dos seus filhos. Muitos serão enviados para os Estados Unidos, agora ajudado por judeus que ele salvara. É obrigado a vender a maior parte dos seus bens. A sua mulher falece em 1948. Os amigos abandonam-no. Quando morre, a 3 de Abril de 1954, nem sequer tem roupa decente para ser enterrado.
Somente em 1987, quase cinquenta anos depois dos factos, será reabilitado pelo governo português. Mais vale tarde do que nunca.
Em Israel, existe uma floresta de 10 mil árvores, a recordar as vidas por ele salvas. E o exemplo da sua conduta, dirigida pela sua consciência cristã, não desaparecerá jamais.