sexta-feira, 30 de novembro de 2007

ENCONTRO DE PRÉ-SEMINÁRIO


Decorre este sábado no Seminário Menor do Fundão o 1º encontro de Pré-Seminaristas deste ano.
O Pré-Seminário pretende acompanhar jovens rapazes que, continuando no seio das suas famílias e frequentando as suas escolas, se questionam sobre o que Deus espera deles. Através do convívio com outros jovens que procuram a sua vocação e de um acompanhamento mais personalizado, muitas perguntas podem encontrar respostas. Existe uma equipa de dois sacerdotes, o Pe. Carlos Dionísio e o Pe. António Carlos, disponíveis para esta caminhada de descoberta.
Se quiseres saber mais sobre o Pré-Seminário clica em: http://seminariodofundao.blogspot.com/

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

SDPV EM ACÇÃO

Em parceria com o Pré-Seminário da Diocese, promoveram-se algumas actividades na Diocese tendo como preocupação as vocações. Aqui as recordamos.
No passado sábado decorreu, em Trancoso, uma Vigília de Oração pelas vocações com a presença da comunidade local. à volta da Lamparina das Vocações foi pedido ao Senhor da messe que envie operários em seu nome, ao mesmo tempo que nos comprometemos, na disponibilidade, a servir no seu reino.
Marcaram presença muitos jovens que se associaram à causa das vocações.



Entretanto, na véspera, no Centro Cultural da Covilhã, realizou-se um encontro de sensibilização para diversos agentes de pastoral. Após a constatação da realidade actual das vocações, nomeadamente, sacerdotais, reflectiu-se sobre a necessidade de comunidades cada veza mais comprometidas na sua identidade missionária. Não obstante a acção do Espírito Santo, não haverá vocações sem paróquias vocacionais. No final, discitiu-se possíveis acções "no terreno" de forma a levar esta mensagem de sensibilização junto de adultos e jovens.

A mesma reunião tinha decorrido, uma semana antes, no Centro paroquial de Trancoso.

domingo, 25 de novembro de 2007

CRISTO REI


Coroado de espinhos

Revestido de nada

Imagem de um Rei

Simplesmente entregue

Trespassado, mas libertador

Oferecido por Amor


Rei tornado Servo

Em nossos corações

Irmão, nosso Salvador

domingo, 18 de novembro de 2007

DIA ADN - 17 de Novembro de 2007



Decorreu no Seminário Maior da Guarda o Dia ADN. Esta iniciativa pretendeu ser um dia de reflexão e convivio entre jovens de diversos pontos da Diocese. Partindo de um painel vocacional onde estiveram presentes um sacerdote, uma consagrada, um casal e duas jovens, foram revelados formas diferentes de viver a mesma fé em Jesus, de uma forma comprometida respondendo aos desafios que a vida nos coloca. Seguiu-se um tempo de trabalhos de grupo onde foram dados a conhecer algumas personalidades do século XX que provaram ser possível a santidade nos dias de hoje.

Após um almoço partilhado, houve espaço para o plenário dos trabalhos da manhã apresentando o "ADN perfeito" que é Jesus. Finalmente, através da eucaristia, os jovens foram enviados como testemunhas de Jesus para as suas paróquias, assim como foram confiadas às comunidades de Vila de Carvalho e de Trancoso as Lamparinas das Vocações que irão, de forma simbólica, comprometer as respectivas paróquias na oração pelas vocações.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

DIA ADN no Seminário

SEMINÁRIO MAIOR DA GUARDA
17 de NOVEMBRO
APARECE!
TAMBÉM É PARA TI

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

PEDRO ARRUPE, Centenário do seu nascimento


Pedro Arrupe nasceu em Bilbau a 14 de Novembro de 1907, ou seja, há precisamente cem anos. Em 1923 partiu para Madrid onde estudou Medicina. Em Janeiro de 1927 entrou no Noviciado da Companhia de Jesus em Loyola, terra natal do fundador desta ordem religiosa, Sto. Inácio. Depois de alguns anos de formação em filosofia e teologia na Bélgica, Holanda e Estados Unidos, foi destinado à missão do Japão, para onde partiu em 1938. Durante 27 anos trabalhou neste país do Oriente. Aqui desempenhou vários cargos desde pároco, a mestre de noviços até provincial. Durante 33 dias foi preso sob suspeita de espionagem, viveu a primeira bomba atómica da história da humanidade, percorreu o mundo a contar a sua experiência e em 1965 foi eleito 28º Superior Geral da Companhia de Jesus, cargo que exerceu até as forças o traí­rem no Verão de 1981. Viveu uma década de limitações e doenças até à sua morte em Roma no dia 5 de Fevereiro de 1991.
Não é certamente pelos seus 18 anos como Geral que aqui o recordamos, nem certamente pelo trabalho infatigável no Japão, nem ainda pelo seu desejo profundo de acabar com as injustiças no mundo. Arrupe foi muito mais. Evocamos o homem optimista, agarrado a uma esperança tão firme que nem a maior bomba da humanidade pôde afectar. O seu sorriso, que brotava atrevidamente nas adversidades, é o maior testemunho do seu jeito de caminhar. O seu segredo, esse não oferece dúvidas, “Jesus foi o meu ideal desde que entrei na Companhia, foi e continua a ser o meu caminho, foi e será sempre a minha força. Tirem Cristo da minha vida e tudo desabará como um corpo a que se retirasse o esqueleto, o coração e a cabeça.”
Todavia não é Arrupe o protagonista desta história: é Jesus!
Para saberes mais sobre ele consulta o seguinte blog de onde foi copiado este post:

Oração pela Semana dos Seminários

Jesus Cristo, Sacerdote único e eterno,
sois o Bom pastor
que dá a vida pelas suas ovelhas.
Sois o mesmo ontem, hoje
e por toda a eternidade.
Só Vós dais sentido
à vida de cada um de nós,
ó em vós há futuro para a humanidade,
porque acreditar no Filho de Deus
é ter a Vida Eterna.

Vós confiastes à Igreja o ministério sacerdotal
sacramento do Vosso Amor incondicional
ao Pai e aos irmãos.
Fazei dos nossos seminários
sementeiras de Amor,
de serviço e de entrega radical pelo Vosso Reino,
sinais de esperança de um futuro
de vida em abundância para todos.

Confiamo-vos os nossos seminários:
confirmai nos dons do Espírito
os Bispos e demais formadores;
fortalecei e iluminai
no discernimento vocacional os alunos;
enchei de generosidade e espírito de serviço
os colaboradores que neles trabalham;
recompensai e abençoai os seus benfeitores
que com a oração e partilha de bens,
zelam pela missão de formação.

Põe intercessão da Virgem Maria e de S. José,
concedei à vossa Igreja e ao mundo
os sacerdotes generosos e santos
de que precisam.
Ámen.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

SEMANA DOS SEMINÁRIOS

UM NOVO "COMPANHEIRO DE JESUS" (parte I)

Chama-se Bruno Nobre e é natural da “nossa” Guarda onde permaneceu até ingressar na Universidade. Presentemente, encontra-se em Braga, onde estuda Filosofia. Até aqui nada de especial, dir-me-ão. É verdade. O que o distingue (aliás, o que o aproxima dos outros) é o facto de ser Jesuíta. No passado dia 20 de Outubro, na Sé de Coimbra, o Bruno fez os seus primeiros votos na Companhia de Jesus. Muito amavelmente, quis partilha connosco a sua alegria ao contar-nos um pouco da sua vida e respondendo a algumas perguntas.
Aqui fica a primeira parte do seu testemunho:


Logo desde miúdo experimentei uma proximidade grande com a Igreja. Uma das mais fortes influências no meu percurso cristão foi o testemunho dos meus avós e pais, com quem comecei a ir à missa. Frequentei a catequese na cidade da Guarda, e aos 15 anos já tinha feito o crisma.
Não sei se em miúdo desejava ser padre, mas recordo-me que Jesus foi desde muito cedo Alguém de quem gostava. Lembro-me que quando tinha 7 ou 8 anos, acabava de aprender a ler, o meu livro preferido era uma banda desenhada que alguém me tinha oferecido.
Por volta dos 17 anos, quando no liceu comecei a aprofundar os meus conhecimentos de ciências naturais, apareceu a primeira crise de fé, que levei dois ou três anos a ultrapassar. E já se está a ver porquê: parecia-me, talvez mais por preconceito, que não era possível compatibilizar ciência e fé.
Aos 18 anos fui para Lisboa estudar Engenharia Física Tecnológica, no Instituto Superior Técnico. Durante o tempo do curso morei no Colégio Universitário Pio XII, que pertence aos padres Claretianos. Tive então a oportunidade de conhecer vários amigos com uma vida cristã muito forte e que estavam comprometidos com comunidades cristãs. Recordo-me de passar horas e horas a conversar sobre assuntos relacionados com a fé.
O meu desejo de aprofundar a fé foi crescendo, e acabei por assumir alguns compromissos: comecei a dar catequese, integrei um Agrupamento de Escuteiros do CNE e colaborei com a pastoral universitária do Patriarcado de Lisboa. A pouco e pouco fui-me sentindo parte da Igreja, que aprendei a amar, mesmo apesar de saber que não é perfeita, ao mesmo tempo que sentia um desejo cada vez maior de aprofundar a relação com Jesus.
Quando acabei a licenciatura comecei um doutoramento em Física (Física Teórica de Partículas), que concluí em cerca de 4 anos. À medida que o final do doutoramento se aproximava, e apesar de ter a possibilidade de continuar a fazer investigação, uma vida dedicada à Física fazia cada vez menos sentido e crescia o desejo de entregar a vida toda para servir Deus e a Igreja. Fui tentando ignorar este apelo (afinal que haveriam de pensar os meus familiares e os meus amigos), mas isso só fazia crescer a sensação de desorientação e mal-estar. Embora com medo, acabei por partilhar o que sentia com uma amiga, que sugeriu que fizesse exercícios espirituais de Sto Inácio de Loyola. Esta acabou por ser uma experiência decisiva, que me permitiu conhecer a espiritualidade inaciana.
A intimidade com Jesus ajudou-me a ultrapassar os receios e os preconceitos. Perante a surpresa da maior parte dos amigos e familiares acabei por entrar na Companhia de Jesus no dia 25 de Setembro de 2005”.

Continua…

NOVO COMPANHEIRO DE JESUS (parte II)

O Bruno Nobre, um jovem Jesuíta de 30 anos (nascido a 9 de Junho de 1977), que recentemente se consagrou a Deus, na Companhia de Jesus, respondeu-nos a algumas questões. Desta maneira, quis sentir-se ligado à sua Diocese de origem, a Guarda (os seus avós residem em Amoreira, freguesia do concelho de Almeida). A ele a nossa gratidão so mesmo tempo que pedimos a Deus que abençoe a sua vida ao serviço do seu Reino.

– Já que és "companheiro de Jesus", diz-nos quem é Ele para ti?
Jesus é o Amigo que ama incondicionalmente, que cuida das minhas feridas, que aponta a eternidade e me ensina a tratar Deus por Pai e cada pessoa como irmão.
– De que forma sentiste o apelo de Deus?
Acho que senti o Apelo de Deus como o desejo de gastar a vida em algo que valha a pena, de servir a Igreja e crescer na intimidade com Jesus. Fui sentindo que a consagração me permitia ser mais eu mesmo.
– Porquê a consagração religiosa e, nomeadamente, na Companhia de Jesus?
Ser consagrado é viver com toda a radicalidade o Evangelho, afirmando Deus como absoluto das nossas vidas. Julgo que o nosso mundo tem uma enorme sede de Deus, e espera profetas que O anunciem. A experiência da consagração religiosa, mais de que um acto voluntarista é um chamamento que se descobre na nossa interioridade e na nossa história. É difícil explicar, mas posso dizer que senti que foi Deus quem me convidou. É difícil explicar doutra forma como cheguei a ser jesuíta.
– O que é (que desafios representam), actualmente, ser jesuíta?
Numa das últimas congregações gerais da Companhia de Jesus definia-se o jesuíta como um homem a braços com uma missão. Um jesuíta é um homem disponível para servir a Igreja numa missão concreta confiada pelo Papa e pelos bispos através dos superiores. Actualmente a Missão da Companhia, de que são subsidiárias as missões das comunidades e de cada jesuíta, é o serviço da fé e a promoção da justiça.
Parece-me que um dos grandes desafios da Companhia é ser capaz de encontrar formas criativas de chegar a tantos lugares (alguns bem perto de nós) onde não chega a fé de Jesus. É também um grande desafio fazer frente à enorme injustiça que afecta uma parte tão significativa da população mundial.
– Como explicas a escassez de vocações na Igreja nos dias de hoje?
É uma questão muito complicada. Acho que nos nossos dias as pessoas têm medo dos compromissos definitivos. Vivemos numa cultura mais imediatista em que muitos dos valores cristãos se vão diluindo. Existe também uma resistência às grandes instituições, que são olhadas com desconfiança crescente. Por outro lado. talvez a Igreja tenha alguma dificuldade em falar de modo que o mundo a entenda. Nem sempre é Jesus que a gente nova vê na Igreja...
– Uma mensagem aos jovens.
Descobrir Jesus, aceitar o convite que nos faz para vivermos como seus amigos, para a pouco e pouco ganharmos a sua maneira de olhar o mundo, a sua capacidade de acolher os mais pobres e os marginalizados, para nos apaixonarmos pela vida...

A SANTIDADE - DESAFIO PARA TODOS

Palavras de Bento XVI aos jovens italianos no passado dia 2 de Setembro de 2007

Amados jovens amigos
(…) Ainda hoje Deus está à procura de corações jovens, busca jovens com um coração generoso, capazes de reservar espaço para Ele na sua vida, a fim de serem protagonistas da Nova Aliança. Para acolher uma proposta fascinante como a que o próprio Jesus nos apresenta, para estabelecer com Ele uma Aliança, é necessário ser jovem interiormente, capaz de se deixar interpelar pela sua novidade, para empreender novos caminhos juntamente com Ele. Jesus tem uma predilecção pelos jovens, como é oportunamente evidenciado pelo diálogo com o jovem rico (cf. Mt 19, 16-22; Mc 10, 17-22); respeita a sua liberdade, mas nunca se cansa de lhes propor metas mais excelsas para a própria vida: a novidade do Evangelho e a beleza de um procedimento santo. (…) Caros jovens, deixai-vos empenhar na vida nova que brota do encontro com Cristo e sereis capazes de vos tornar apóstolos da sua paz nas vossas famílias, no meio dos vossos amigos, no interior das vossas comunidades eclesiais e nos vários ambientes em que viveis e trabalhais. (…) Sede vigilantes! Sede críticos! Não sigais a onda produzida por esta poderosa acção de persuasão. Prezados amigos, não tenhais medo de preferir os caminhos "alternativos", indicados pelo amor autêntico; um estilo de vida sóbrio e solidário; relacionamentos afectivos sinceros e puros; um compromisso honesto no estudo e no trabalho; e o profundo interesse pelo bem comum. Não tenhais medo de ser diferentes e criticados por aquilo que pode parecer uma derrota ou estar fora de moda: os vossos contemporâneos, inclusive os adultos, e especialmente aqueles que parecem mais distantes da mentalidade e dos valores do Evangelho, têm uma profunda necessidade de ver alguém que ousa viver em conformidade com a plenitude de humanidade, manifestada por Jesus Cristo.
Queridos amigos, o caminho da humildade não é portanto a vereda da renúncia, mas sim da coragem. Não é o êxito de uma derrota, mas o resultado de uma vitória do amor sobre o egoísmo e da graça sobre o pecado. (…) Todos nós, e vós bem o sabeis, somos chamados a ser santos!

SÊ A MINHA SANTIDADE

Sê a minha santidade
Tira de mim, Senhor,
a possibilidade de Te desagradar
que jamais eu Te faça a mais leve ofensa.
Quero cumprir sempre a tua vontade
e corresponder sempre à tua graça.
Mestre, quero ser santa por Ti.
Sê a minha santidade,
porque conheço a minha fraqueza.

B. Elisabeth da Trindade, carmelita

EDUARDO VERÁSTEGUI - TODOS CHAMADOS A SER SANTOS

É mexicano e tem 33 anos.
Embora não muito conhecido na Europa, Eduardo Verástegui saboreou a fama desde muito cedo, alcançando um lugar entre as estrelas de Hollywood. O actor confessa que por muito tempo procurou a felicidade na fama e no êxito. Porém, depois de tanto tempo perseguir esse sonho apercebeu-se que estava “vazio”.
Diz ele: «Na minha busca por saber o que existiria para além desse vazio, comecei a questionar-me sobre as perguntas que a todos afectam: Que faço eu neste mundo? De onde venho? E para onde vou? Que sentido tem tudo isso? Nessa descoberta comecei a frequentar outro tipo de pessoas, outro tipo de ambiente.”
“Dei-me conta que tinha sido um egoísta até aí. Que as coisas que me tinham feito correr como um cego eram a vaidade e o orgulho. Vivia numa contradição constante: queria fazer coisas boas e acabava por não as fazer.»
Hoje assegura que não voltaria a fazer nada que contradissesse os seus princípios morais.
O actor recorda que os seus pais ficaram muito desgostosos com deixou de se dedicar à representação para levar uma vida leviana. Cansada de não ser ouvida, a sua mãe dedicou-se a rezar por ele. «Creio que as orações da minha mãe têm muito a ver com isto. Como se costuma a dizer, “não há mais poderoso do que as orações de uma mãe pelos seus filhos”. Olhando para o meu caso, estou convencido disso. Toda esta mudança na minha vida, as novas pessoas que me aproximaram durante a minha crise, não tenho dúvida que foram fruto das orações da minha mãe», revela Eduardo.
Agora diz que está disposto a “vender tacos” na sua terra natal contanto que seja fiel aos seus princípios. «Se eu vou levar uma vida íntegra, vou ser radical”. Não gosto de “meias tintas”». À pergunta - Que foi que melhor aprendeu dos seus pais, - não duvida em responder: «Minha fé. É um presente que Deus me deu através deles».
Numa entrevista concedida a um canal de televisão afirmou: «Eu não fui chamado ou nasci para ser um actor, não fui criado para ser famoso, nem rico, nem um engenheiro, um médico, um sucesso. Eu fui chamado a ser santo, para conhecer, amar e servir a Jesus Cristo».
Eduardo Verástegui aposta agora em produzir filmes que transmitam valores cristãos. Acaba de estrear nos Estados Unidos um filme aclamado pela crítica “Bella”. Esperamos que em breve chegue à Europa.

"Bella" narra à história de uma mulher que é despedida de seu trabalho quando descobre que está grávida. Numa desumana Nova Iorque, é salva pela amizade de um jogador de futebol cansado de sua vida. Através desta amizade, a redenção de ambas personagens vai-se elevando com intensa emotividade, no marco de uma família acolhedora e de circunstâncias que vão mostrando a formosura da vida quando se vive com esperança.

FRANZ JÄGERSTÄTTER - o mártir rebelde

Foi beatificado, a 26 de Outubro passado em Linz, na Áustria, FRANZ JÄGERSTÄTTER.
Que fez este austríaco de 36 anos, casado, pai de três filhas, camponês e iletrado?
Estamos em plena II Guerra Mundial. Franz foi o único da sua aldeia a votar contra a anexação do seu país por parte da Alemanha Nazi. Percebe que a sua fé é incompatível com os valores do Nacional Socialismo promovido por Hitler e com uma guerra injusta, na qual se recusa combater. Tem consciência do perigo que corre ao desobedecer.
Em consequência, é detido e condenado à morte. É guilhotinado no dia 9 de Agosto de 1943.
As suas cartas à esposa são autênticas catequeses familiares e as notas escristas num caderno durante a detenção revelam a coragem e a consciência de uma fé coerente entre os propósitos e as escolhas a assumir: "Escrevo com as mãos atadas, mas prefiro esta condição a ter acorrentada a minha vontade".
"Nem a prisão, nem as correntes e nem sequer a morte podem separar um homem do amor de Deus e roubar-lhe a sua livre vontade. O poder de Deus é invencível”.
Consciente da sua missão, não deixa, no entanto, de ser humilde: “Se Deus não me tivesse dado a graça e a força de morrer, se necessário, para defender a minha fé, provavelmente faria a mesma coisa que faz simplesmente a maior parte das pessoas. Na verdade, Deus pode conceder a própria graça a cada um de nós tal como Ele quer. Se outros tivessem recebido as muitas graças que eu recebi, provavelmente, teriam feito muitas mais coisas e melhores que eu”.

JERZY POPIEŁUSZKO - "A verdade vos libertará"

A 19 de Outubro que desaparecia Jerzy Popiełuszko, um sacerdote polaco.
Nascido a 23 de setembro de 1947, desde jovem revela grande vivência de fé. Em 1972 é ordenado padre numa Polónia subjugada pelo regime totalitarista do comunismo soviético. No verão de 1980, começam as revindicações operárias. Por todo o país as fábricas são ocupadas. Os grevistas, profundamente católicos, reclamam sacerdotes para que lhes celebre missas. O padre Jerzy é nomeado capelão numa das unidades metalúrgicas. É aí que, diz ele, “Nasceu em mim a necessidade de permanecer com eles.”
Para Jerzy, “O dever do padre consiste em estar junto do povo quando este ressente essa necessidade, quando ele é ofendido, prejudicado, maltratado. Pois existe sempre sofrimento e medo onde os direitos humanos não são respeitados.”
Apesar de tantas situações injustas e de intolerância por parte dos poderosos, o Pe. Popiełuszko não cede à tentação da violência: “Não luteis pela violência, ela é um sinal de fraqueza”. O lema da sua vida é retirado do Novo Testamento: “Não te deixes vencer pelo mal, vence o mal através do bem” (Rm 12,21). A todos apelava: “Rezemos para nos libertarmos do medo e das ameaças e, sobretudo, para nos libertarmos de todo o sentimento de ódio e de vingança”.
O CAMINHO DA SUA CRUZ
O preço da solidariedade era o caminho da sua cruz, como costumava dizer.
Caluniado, aliciado e, finalmente, ameaçado pelo poder político agastado com a sua acção e palavras, Jerzy Popiełuszko sente-se reforçado na sua missão de a todos anunciar a Palavra libertadora do Evangelho. Consciente mas destemido dirá: “Se eu for assassinado, porque razão acontecerá? Será pelo que fiz. Poderá acontecer algo de mais belo?”
A 19 de Outubro de 1984 é raptado. O seu corpo será reencontrado dez dias depois. A autópsia confirmará que foi espancado até à morte. Centanas de milhares de polacos assistirão ao seu funeral
Em 1987, o papa João Paulo II virá rezar junto do seu túmulo. Em 1996 é iniciado o processo de beatificação.
Lech Walesa, fundador do famoso Movimento e sindicato “Solidarnsoc” (Solidariedade), disse no dia do funeral: «Solidarnosc vive porque ofereceste-lhe a tua vida. Jamais nos submeteremos ao terror… Juramos sobre o túmulo do Padre Jerzy que jamais esqueceremos o seu sacrifício».
Na sua 1ª visita, em 1979, João Paulo II tinha dito aos polacos: “Peço-vos que assumais a herança espiritual que tem por nome Polónia, de jamais duvidar, de jamais desanimardes, de jamais desistir.” O Padre Jerzy ouviu e cumpriu, com a sua vida e a sua morte, a máxima do Evangelho: “A verdade vos libertará”…

S. TERESA de JESUS - Só Deus basta

Teresa nasceu em 1515, na pequena cidade de Ávila.
Durante a sua infância, lutou para balancear o amor por Deus com a necessidade de ter amigos e de diversão. Mais tarde, durante a adolescência, ela estava mais interessada nos rapazes de que na religião. Ainda jovem, seu pai mandou-a para um convento, que ela odiou inicialmente. Mas à medida que o tempo passava, ela começou a sentir-se mais próxima de Deus. Mesmo depois de Teresa se ter entregue à vida religiosa, não foi fácil para ela renunciar a certas coisas: gostava de ter visitas e achava difícil manter-se concentrada em Deus. Enquanto rezava, a mente de Teresa perdia-se. Mas ela continuava a tentar, e Deus compensou-a com visões e uma sensação de êxtase.
Partilhando um dom
Teresa apercebeu-se que podia ajudar as outras freiras a superar os desafios que ela tinha enfrentado. Ela reformou a vida religiosa através da Ordem das Carmelitas Descalças, concentrando-se no regresso à simplicidade, pobreza e oração mental. Teresa ensinou às suas irmãs consagradas que era necessários associar a caridade à oração.
Os escritos de Teresa, incluindo “O Castelo Interior” e “O Caminho da perfeição”, têm sido uma fonte de inspiração pelos séculos. Os seus ensinamentos mereceram-lhe o título de Doutora da Igreja.

Aqui ficam estas palavras que costumamos cantar e que merecem a nossa reflexão:

Nada te perturbe,
nada te espante
Tudo passa,
só Deus não muda
A paciência tudo alcança
Quem a Deus tem
nada lhe falta
Só Deus basta.

S. FRANCISCO DE ASSIS - instrumento da Paz


ORAÇÃO DA PAZ
Senhor, faz de mim um instrumento da tua Paz.
Onde houver ódio, que eu leve o Amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a União.
Onde houver dúvida, que leve a Fé.
Onde houver desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a Luz.
Senhor, faz que eu procure mais:
consolar do que ser consolado,
compreender do que ser compreendido,
amar do que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se ressuscita para a vida eterna!

Sta. TERESA de LISIEUX - Padroeira das Missões

No primeiro dia de Outubro celebra-se a memória de Santa Teresa do Menino Jesus. Juntamente com S. Franciso Xavier é padroeira das missões.
Como associar a vida contempletiva de clausura com a actividade missionária? A resposta está no amor. Como diz S. Paulo “Se não tiver amor, nada sou…”
A "pequena Teresa" passou toda a sua existência vivendo de amor: “Dedicava-me, sobretudo a amar a Deus, e foi amando-O que compreendi que o meu amor não se devia traduzir só em palavras”.
“Meu Deus, eu Vos amo” foram as suas últimas palavras. É amando que perceberemos e viveremos o compromisso de todo o cristão: SER MISSIONÁRIO.

Quereria percorrer a terra
E pregar o Teu nome, Jesus,
Ser apóstolo em solo infiel
E plantar gloriosa a tua cruz.

Só o amor faz agir a Igreja,
Mas se o Amor se viesse a extinguir
Os apóstolos não anunciariam
Nem os mártires a vida dariam.

Compreendi que o amor encerra
Em si mesmo, todas as vocações
Compreendi que o Amor é tudo,
Que abarca os tempos e os lugares.

Encontrei finalmente o meu lugar
Fostes Vós, ó meu Deus, que mo destes:
No coração da Igreja, minha mãe,
Eu serei o Amor!
E assim serei tudo!

do CD “Viver de amor”, Ed. Carmelo

PROFISSÃO RELIGIOSA NO CARMELO (parte 2)

Aqui está a 2ª parte da entrevista com a Ir. Filomena Maria do Coração de Jesus que irá professar no próximo domingo 23, às 14h30 no Carmelo da Guarda. Desta vez, a Ir. Filomena fala-nos sobre a caminhada e significado da vocação carmelita. Presente na Guarda desde 2002, partilha connosco um pedaço importante da sua vida. A ela bem-haja!

A Profissão Solene será mais um passo de uma longa caminhada com Deus. Quais são as etapas principais?
Ir. F. M.: A 1ª etapa é o Postulantado que tem a duração de 6 a 18 meses. É um tempo de conhecimento da vida de carmelita, de adaptação ao horário quotidiano, ao silêncio. É também um contacto mais de perto com a oração e para completar o grau de cultura religiosa.
A 2ª etapa é o Noviciado, com dois anos de duração. Nele, reveste-se o hábito carmelita. Começa verdadeiramente a nossa formação: conhecimento da Ordem do Carmo, da Regra e Constituições, Liturgia, etc…
A 3ª etapa é constituída pelos chamados “Votos Simples”. São três anos renováveis ao fim de cada ano. Nesse tempo continua a nossa formação.
Finalmente, a 4ª etapa: a Profissão Solene, em que se assume a nossa entrega a Deus, perante a Igreja e de uma maneira definitiva

Porque razão escolheu, ou se sentiu escolhida para o Carmelo?
Ir. F. M.: Senti um chamamento a uma vida mais íntima com Deus, sem ter protagonismo, sendo eu mesma.

Qual a actualidade do carisma carmelitano para os dias de hoje e de que forma pode atrair os jovens?
Ir. F. M.: O carisma carmelitano é sempre actual. Encaixa perfeitamente nos dias de hoje. É como o “queijo no pão”: vão sempre bem.
No carisma, os jovens têm duas facetas, contemplativa e activa, onde podem satisfazer a sua sede de Deus sem cair na monotonia.

Que dimensão deseja dar à sua entrega e vida de carmelita de hoje em diante?
Ir. F. M.: Um lema: “Tudo por Amor…”
Uma missão: Rezar para que haja paz; para que o Evangelho chegue a todos. Rezar para que os sacerdotes sejam sacerdotes e não meros profissionais.

Uma mensagem/desafio para os jovens.
Ir. F. M.: Estar na moda é: Ser outro Jesus.
Os jovens não devem ter medo, nem vergonha de se assumir como cristãos; de serem diferentes, de terem opinião própria; de caminhar contra a corrente; de acolher Jesus e Maria no seu coração.
Eles são o sinal + da existência. À Ir. Filomena desejamos as maiores graças e bênçãos de Deus na fidelidade e felicidade neste caminho de seguimento a Cristo.
E se Ele te chamasse!?...

PROFISSÃO SOLENE NO CARMELO (PARTE 1)

No próximo domingo 23 de Setembro a Ir. Filomena Maria irá professar solenemente no
Carmelo da Santíssima Trindade da Guarda. Oriunda de Viana do Castelo, muito gentilmente acedeu a responder a algumas perguntas.
Eis a primeira parte da entrevista:

- Como tudo aconteceu?
Ir. Filomena Maria: Durante a adolescência, veio o desinteresse pela religião acompanhada de uma certa revolta… Embora o tema “Deus” andasse sempre por perto, por mais voltas que desse, as perguntas eram sempre as mesmas: Quem é Deus? Onde está? Longe? Perto?
Até que um dia, a minha irmã mais velha me emprestou as “Confissões” de Santo Agostinho. Foi a derrocada de tantos preconceitos preestabelecidos. Foi a minha rendição total.
Mais dois anos e o movimento do Caminho Neocatecumenal deu início a catequeses em Viana. Com muita história pelo meio, eu lá fui assistir. Mais uma vez, apanhei “por tabela” no meu orgulho e a minha “cegueira” começou a ser curada.
Nasceu a primeira comunidade e eu iniciei então a minha conversão e aprofundamento do que era ser baptizada, conhecer a Deus como Pai, que Ele é Amor e que me aceita tal como sou, rebelde, pecado e nada.
Maravilhoso… claro que tive sofrimento, mas também momentos lindos.

- Qual o significado da vocação?
Ir. F. M.: Sempre me questionei saber o porquê da minha existência e para quê. Tinha que descobrir e fazer algo mais.
Participei de alguns encontros vocacionais, onde descartei a vida activa, missões, etc…
Queria algo mais íntimo, que me aproximasse do conhecimento pessoal de Deus. Como eu já conhecia a igreja dos padres carmelitas de Viana e era apaixonada pela nossa Mãe Santíssima do Carmo, pensei nas contemplativas. Como não há Cartuxa feminina em Portugal e o mais aproximado é o Carmelo, comecei então a pensar seriamente no assunto. Mas tinha, ou melhor, colocava resistências: muitos “ses” e “mas”…
Até que falei ao meu catequista expondo-lhe o que se passava e mandou-me esperar um pouco. Como persistia a ideia, lá me orientou para o Carmelo da Guarda que ele já visitara.
E cá estou, há cinco anos.

- Que dificuldades implicaram tal decisão?
Ir. F. M.: É claro que custou deixar a família, o emprego, a minha liberdade, o mar…, mas sentia-me atraída por Jesus e sei-me chamada a esta vida “escondida” e “só”. Tem momentos difíceis mas, com calma, tudo se supera. Com confiança, paciência e muito Amor.
Ser de Jesus, ser seu instrumento é tudo quanto desejo.

PARA SEGUIR JESUS...


"Quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo".
Lc 14, 33

Para viver a saborear tudo,
não queiras ter gosto em nada.
Para vir a possuir tudo,
não queiras possuir algo em nada.
Para vir a ser tudo,
não queiras ser algo em nada.

Quando reparas nalguma coisa
deixa de te lançar no TUDO;
Porque para vir de todo ao TUDO,
tens de negar-te de todo em tudo.
E quando de todo o venhas a ter,
tens de o ter sem nada querer;
Porque se quiseres ter algo em tudo,
não tens em Deus o teu tesouro.

S. João da Cruz, 1 Subida, 13,12

PARA OS TEMPOS DE VIAGEM

ACOLHER
Olhar o meu irmão
de estranha cor e admirar:
É a beleza de meu irmão!
Escutar o meu irmão
de palavras estranhas,
escorrendo o desconhecido
e espantar-me:
É o idioma do meu irmão!
Contemplar o meu irmão
de estranha religião
e maravilhar-me:
Então também tu, meu irmão,
tomaste a estrada para Deus!

ACOLHER,
Oferecer-me à novidade dos rostos
e dos corações estendidos,
para destribuir o pão multiplicado do meu amor,
aprendendo os gestos do Nazareno
que pousa a felicidade nas mãos em espera
ao longo dos caminhos.

ACOLHER
Porque somos, todos e em todo o lado,
os filhos múltiplos de Deus Estranho
cujo Nome canta o infinito da ternura
para os viajantes da terra.

ACOLHER
E criar assim um outro planeta
onde a cor e as palavras e a religião
estranhas e diversas
são as primeiras notas da música universal
cantada pela nova terra
onde os irmãos, finalmente, se reconheçam:
“Realmente, somos todos os filhos do Pai!”

Charles Singer

SÊ UM VIGIA

(a propósito do evangelho do XIX domingo comum - Lc 12, 32-48)
Foste baptizado na Páscoa de Cristo.
Escuta os murmúrios do seu Espírito, que habita o teu coração. É Ele a tua luz, a tua vigilância interior, que faz de ti um vigia na noite.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: acolherás as fontes da vida, da paz e da alegria; descobrirás a face escondida e luminosa, dos seres e das coisas.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: ouvirás, no jardim silencioso do teu coração, os passos discretos do Senhor que te procura; e poderás entrar na sua Aliança de amor, desde a aurora de cada manhã.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: saberás desconfiar das mentiras do mundo; evitar as forças do mal; e descobrirás, cada dia, no pão partilhado, o rosto daquele que vem ao teu encontro.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: terás a coragem de recusar a injustiça e o ódio; e saberás lutar contra o absurdo da vida, com a confiança d’Aquele que se não deixou seduzir pela
fascinação do pecado, nem pela astúcia do tentador.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia:
examinarás os sinais dos tempos, no meio do povo da esperança; e cultivarás, no teu coração vigilante, os germes do crescimento do reino, para apressares a última vinda do teu Senhor.

Pe. José Martins Vaz, Cssp

EDITH STEIN - A Testemunha da Verdade

09 de Agosto
Santa Teresa Benedicta da Cruz Edith Stein nasceu em Breslau, actualmente Wroclaw, capital da Silésia, na Alemanha (cidade que, depois da Segunda Guerra Mundial, passou a pertencer à Polónia), no dia 12 de Outubro de 1891, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o Dia da Reconciliação.
Seus pais, Sigefredo e Augusta, eram comerciantes judeus. Edith foi a última de onze filhos. O pai faleceu em 1893. A mãe encarregou-se dos negócios da família e da educação dos filhos.
A pequena Edith, segundo o seu próprio testemunho, foi muito dinâmica, sensível, nervosa e irascível. Aos sete anos, começou a possuir um temperamento mais reflexivo.

Em 1913, ingressou na Universidade de Gottingen e dedicou-se ao estudo da Fenomenologia. Aí encontrou a sua verdadeira vida: livros, companheiros e, sobretudo, o célebre professor E. Husserl. Durante este tempo chega a um ateísmo quase total.
Em 1914, explode a Primeira Guerra Mundial. Edith vai trabalhar num hospital com quatro mil camas. Entrega-se a este trabalho de corpo e alma.

Estuda com seriedade a Fenomenologia, até se encontrar com a doutrina católica. Encontra definitivamente a sua nova fé em 1921, quando lê a autobiografia de Santa Teresa de Jesus. O amor a Deus, o Absoluto, toma conta de sua alma: “Cristo elevou-se radiante ante meus olhos: Cristo no mistério da Cruz”. Sob a direção do Padre jesuíta Erich Przywara, começa a estudar a teologia de São Tomás de Aquino.
Baptiza-se no dia 1 de Janeiro de 1922, recebendo o nome de Teresa Edwig. Desde então sente-se evangelizadora: "Sou apenas um instrumento do Senhor. Quem vem a mim, quero levá-lo até Ele”. "Deus não chama ninguém a não ser unicamente para Si mesmo”.

Aos 42 anos, no dia 15 de Abril de 1934, festa do Bom Pastor, veste o hábito carmelita no Convento de Colónia.
Sua conversão, que não a impede de continuar a sentir-se filha de Israel, enamorada de sua santa progenitura, separa-a, contudo, de sua família e de sua amada mãe: “Minha mãe opõe-se com todas as suas forças à minha decisão. É difícil ter que assistir à dor e ao conflito de consciência de uma mãe, sem poder ajudá-la com meios humanos”. (26-01-1934).
No dia 21 de Abril de 1935, domingo de Páscoa, faz seus votos religiosos e três anos depois, no mesmo dia, seus votos perpétuos. Sua vida será uma “Cruz” transformada em “Páscoa”.

Na Alemanha, os nazis começam a semear o ódio ao povo judeu. Ela pressagia o destino que a aguarda. Tentam salvá-la, fazendo-a fugir para a Holanda, para o Carmelo de Echt. Membros das SS não tardam a invadir o convento e prendem Irmã Benedicta e sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo.
Três dias antes de sua morte, Edith dirá: “Aconteça o que acontecer, estou preparada. Jesus está aqui conosco”. (06-08-1942).
Após vários tormentos, no dia 9 de Agosto de 1942, na câmara de gás do “inferno de Auschwitz", morria a mártir da Cruz, Irmã Teresa Benedicta. Foi beatificada no dia 1º. de Maio de 1987, em Colônia, e canonizada em 1999 pelo papa João Paulo II.
O mesmo Papa declarou-a, com Santa Catarina de Sena e Santa Brígida da Suécia, padroeira da Europa.

cf.geocities.yahoo.com.br/monjascarmelitas

EM VIDA, IRMÃO, EM VIDA…

Não esperes pela sepultura
Das pessoas para as amar
E dar-lhes a sentir a tua ternura
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…

Ser venturoso mereces
Se aprenderes a fazer felizes
A todos os que conheces
Em vida, Irmão, em vida…

Nuca visites panteões
Nem enchas tumbas de flores
Enche de amor corações
Em vida, Irmão, em vida…

Se queres feliz fazer
Alguém a quem queiras muito…
Diz-lhe, hoje, o teu querer
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…

Se desejas dar uma flor,
Não esperes que ela murche
Manda-lha, hoje, com amor…
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…

Se desejas dizer “gosto de ti”
À gente da tua casa, que te é querida,
Ao amigo perto ou longe,
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…

"MISSÃOBIQUE"


Duas jovens da nossa Diocese embarcaram no domingo 29 de Julho para Moçambique. Apoiadas pelo Guard'África, esperam realizar o que ficou denominado por "Missãobique".
O Voc Acção quis ouví-las, conhecer as suas motivações antes da partida e partilhar contigo as suas mensagens.

Vera Mónica Pragana Cairrão
1. Porquê ir em missão?
R. - Ir em missão… a ideia, quando surgiu, não foi bem com esta conotação. Primeiro, e já hà algum tempo, surgiu a vontade de ir para África. África sempre me despoletou um ímpeto de partir e de conhecer aquela terra, aquela gente. A ideia original foi a de descoberta e a de partilha de uma outra cultura. A ideia de “missão” foi-se construindo a partir desta vontade, deste sentimento, e agora, concretiza-se. Vou estar em África num espírito de partilha e de envolvimento.

2. Que expectativas tens?
R. - As expectativas que tenho centram-se apenas no estar, escutar, dialogar com o outro, com aqueles que me aguardam, os quais estou ansiosa por conhecer e por descobrir.

3. O que representa para ti esta missão? Qual o seu sentido?
R. – Esta missão significa a concretização de uma cumplicidade muito desejada e que se pretende livre e sincera. Esta missão representa, acima de tudo, o início de uma caminhada de aprendizagem do amar e, essencialmente, de amar o outro em liberdade. A missão tem para mim um significado de reflexão, de abertura a outras perspectivas do “estar” na vida, do “estar” com o outro.

Ana Cristina Gonçalves Quadrado
1. Porquê ir em missão?
R. - Esta missão representa o início de mais uma caminhada acompanhada, passo a passo, com o Amor que Deus Pai “depositou” em nós…

2. Que expectativas tens?
R. - As expectativas de me envolver com o “próximo”, de amar, acarinhar, compreender, aprender, crescer,…

3. O que representa para ti esta missão? Qual o seu sentido?
R. – Trata-se de uma “semente” que germinou no meu coração desde muito cedo, de uma vontade que só o coração entende. Agora nasceu a primeira flor deste jardim interior e está carregado de “sementinhas” para o encher de flores…
A ambas o Voc Acção deseja uma boa missão.
Estaremos atentos ao seu regresso.

A VIDA!

A vida é dom de quem tanto amou
E só a ganha aquele que a “perder”.
Deus Seu próprio Filho entregou
Para o “homem novo” renascer.

A vida é um dom do Criador
Com uma só missão que é servir.
É sempre um projecto de amor
Do amor que está em nós para unir!

A vida é a voz de Alguém que chama
Alguém que me olhou, escolheu e quis.
A vida é a resposta de quem ama
Ao Deus que me sonhou fazer feliz.

A vida é o alento do Amigo
A vida é uma aventura de irmãos.
A vida é o próprio Deus que está comigo
E cada dia vem às minhas mãos.


IMAC

ACEITA-ME, SENHOR!

Aceita-me, Senhor!
Aceita-me neste breve momento.
Deixa no esquecimento os dias órfãos
que passei sem Ti.
Alonga este meu pequeno momento,
em teu peito, descansadamente, e segura-o
debaixo da Tua luz.
Vagueei por muitos caminhos,
perseguindo vozes que me atraíam,
e elas não me levaram a nenhum lugar.
Agora, deixa-me sentar, em paz,
para ouvir as Tuas Palavras
no silêncio do meu coração.
Não afastes o Teu rosto
dos obscuros segredos do meu coração.
Não, acende-os, até que ardem
com o Teu fogo!

R. Tagore

ORDENAÇÃO SACERDOTAL

Este domingo 1 de Julho, vai ser ordenado sacerdote o jovem Rui Miguel Manique Nogueira, natural de Aldeia de Joanes, Fundão, e que trabalha pastoralmente no arciprestado de Pinhel, coadjudando o Pe. Henrique. Para todos, ele quis deixar uma mensagem sobre o significado deste passo que vai mudar a sua vida e enriquecer a daqueles que benficiarem da sua entrega a Cristo:
Ser Padre…
Vou ser padre porque Deus me escolheu.
Porque Deus serviu-se da minha simplicidade, das minhas mãos vazias para me dizer “Preciso de ti… preciso do teu SIM”. Precisa das minhas mãos, dos meus pés, da minha boca para continuar a sua grande missão: amar sem medida.
É uma grande aventura. Um enorme desafio. Sei que vou transportar um grande tesouro em vasos de barro. Não tenho medo, sei que o Espírito Santo me sustentará e a luz de Deus será o meu farol no meio da tempestade… o abraço no meio da solidão…“O Senhor é a minha rocha, fortaleza e protecção”.
No próximo domingo vou voltar a dizer a Deus “Senhor, te ofereço o meu Amor… te ofereço o meu sim”, e quero fazê-lo todos os dias da minha vida. Não é que Deus precise… mas Deus merece.

Rui Manique

Será, na mesma celebração, ordenado diácono o Giberto Antunes, natural de Rochas de baixo, Almaceda, e que tem colaborado nas paróquias confiadas à comunidade pastoral de Celorico.
A ambos, desejamos as maiores bênçãos de Deus e felicidades no desempenho das suas novas missões.

NOVO ACÓLITO

Por coincidência, ou não, vai dar-se a minha instituição de Acólito na altura em que termino o Curso de Teologia e consequentemente a etapa da vida em Seminário.É um misto de sensações que me invade... alegria, pela caminhada já realizada; entusiasmo, por dentro em breve ser enviado de forma mais permanente a alguma(s) comunidade(s) da diocese, para junto delas poder trabalhar de forma mais intensa; receio, de não estar a altura da missão que me será confiada... receio de não corresponder às expectativas que poderão recair sobre mim; esperança no futuro e um grande sentimento de dedicação à Igreja.No entanto, e apesar de todos os receios, uma certeza me anima: a proximidade e o amor de Jesus Cristo, que quero seguir com toda fé, com toda a esperança e com toda a caridade.A instituição de Acólito, aproxima-nos de forma especial com a Eucaristia, fonte e alimento de toda a vida cristã, alimento esse que nos dá a força espiritual para enfrentar as dificuldades no dia-a-dia. É nessa fonte que eu quero beber todos os dias e encontrar a Luz que ilumina verdadeiramente para que todo o meu agir possa ser "por Cristo, com Cristo e em Cristo".

Valter Duarte

NOVOS LEITORES

No próximo domingo, dia 1 de Julho na Sé Catedral da Guarda, serão ordenados um novo sacerdote e um diácono. Juntamente com eles receberão a instituição de leitor e de acólito três jovens. Propomos-te conhecê-los nestes dias que antecede a grande festa de toda a Igreja diocesana.


Muitas são as etapas de uma caminhada. No caminho ao sacerdócio o leitorado é uma delas. Num mundo, em que a palavra é tantas vezes polissémica, importa anunciar aquele que é PALAVRA.Que Deus me ilumine e que escutando, meditando e rezando a Palavra seja semente Desta no mundo.


Hugo


Receber o ministério de leitor é o reassumir de um compromisso…

É a renovação de um sim dado a Jesus Cristo numa responsabilidade de ler, meditar e transmitir aos outros essa Palavra de alegra, a mesma que sinto por assumir este ministério na Igreja a que quero pertencer de modo mais comprometido.

Luis Freire