segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A ALEGRIA...


"Por que procuras a alegria no mundo?
Não sabes que ela nasce apenas no teu coração?"
R. Tagore

SANTO ANDRÉ, evangelizado evangelizador


André viveu durante o século I. Ele era pescador e foi um discípulo de João Baptista até ao dia em que Jesus foi baptizado. De pois de João ter dito a André que Jesus era o verdadeiro Messias, ele seguiu Jesus.

Encantado com tudo o que viu e ouviu, incitou seu irmão Simão (a quem Jesus chamou Pedro) a conhecer Jesus.

André e seu irmão continuaram pescadores até ouvirem o apelo de Jesus: “Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens” (Mc 1, 17). Imediatamente deixaram tudo, pesca, casa, família, para viajar com Jesus, maravilhando-se com as suas lições.

Também eles se ocupavam do grande número de pessoas que seguiam o Mestre na esperança de testemunhar algum milagre. Numa ocasião em que a multidão não tinha que comer, foi André que disse haver ali um rapaz com cinco pães e dois peixes. “Mas que é isto para tantos?” (Jo 6, 9). É com esse “quase nada” que saciará a fome a cinco mil homens.

Depois da ressurreição de Cristo, André tornou-se missionário do Evangelho, estabelecendo-se, segundo a tradição, na Ásia Menor e na Grécia. Jesus avisara os seus apóstolos que criariam inimigos pregando a Boa Nova. Por fim, André foi martirizado, preso numa cruz em forma de X.


No seu rasto

Quando conhecemos pessoas que chamam a nossa atenção, naturalmente gostamos de as apresentar aos nossos amigos. André deve ter sentido esta necessidade quando conheceu Jesus, porque ele passou o resto da sua vida a apresentá-lo às pessoas, a começar pelo seu irmão Pedro.

Apresentar pessoas a Jesus é algo que nós podemos fazer todos os dias simplesmente assegurando-nos que as nossas acções reflictam o amor que nós temos por Ele, rezando por aqueles que não sentem a presença de Jesus nas suas vidas ou ajudá-los a encontrarem-se com Deus pela oração.



Adaptado de “Pessoas Comuns, Vidas extraordinárias”

domingo, 29 de novembro de 2009

ADVENTO


“… que os vossos corações não se tornem pesados…”

cf. Lc 21, 25-28.34-36

Estamos a começar o Advento.
É um tempo para preparar o Natal.
Para aprender a esperar Deus que vem ao nosso encontro.
Mas como se faz para preparar um encontro com Deus?
A Palavra de Jesus é clara. Há que acordar. Há que estar preparados para a mudança.
Acima de tudo, há que despertar o coração.
Às vezes, temos o coração pesado de mais. Preocupações, desilusões, enganos, falsos deuses, valores insignificantes… Há muita coisa a tornar pesado o nosso coração. E vivemos, como que anestesiados. Sem capacidade de reagir com entusiasmo e energia diante de um acontecimento inesperado.
Hoje começas a acordar o coração.
É tempo de te libertares de tudo o que te pesa.

Para rezar:
Vem, Senhor Jesus.
Com a força da tua ternura.
Com a energia poderosa da tua Presença.
Com o fogo da tua novidade.
E muda as nossas existências mesquinhas.
E transforma-nos.
E acorda-nos para o que é realmente importante.

In, “Rezar no Advento”, Ed. Salesianas

TEMPO DE ADVENTO, tempo para nos prepararmos



PREPARAR-SE é acolher em nós

tudo o que pode suceder na nossa vida,

e aceitá-lo não como uma fatalidade,

mas tentando descobrir-lhe o sentido.


PREPARAR-SE é também deixar-se interpelar

pelos apelos que nos vêm dos outros

convidando-nos a mudar de mentalidade

e a repensar o nosso jeito de viver.


PREPARAR-SE é fazer silêncio em nós

para aprender a discernir,

isto é, a deixar o inútil, o supérfluo

e a dar um lugar maior

ao que é verdadeiramente essencial.


PREPARAR-SE é ter o coração desperto

à espreita de tudo o que nos pode converter

em profundidade, para além das emoções e dos frémitos,

esses precisamente que vivem ou se dizem superficialmente

sem nada em nós mudar em profundidade.


PREPARAR-SE é arriscar em Deus

com tudo o que significa de surpresa,

de novidade, de mudança de vida,

o Deus revelado por Jesus Cristo.


Carlo Maria Martini

sábado, 28 de novembro de 2009

ORAÇÃO À SENHORA DA PALAVRA



Senhora da Palavra

anunciada e escutada,

Palavra meditada,

guardada e encarnada no coração!

Tu ouviste, acolheste e meditaste, com alegria,

as Palavras que o anjo te dirigiu,

sabendo que eram de Deus

e traziam o Verbo.

Ajuda-nos a estar atentos como tu à Palavra,

a conservá-la, com alegria, no coração

e a deixarmos que ela nos revele a vontade do Pai.

Ajuda-nos a anunciá-la com alegria,

para que se torne Palavra viva

para toda a humanidade,

e deixando que as maravilhas do Senhor se manifestem.

Ajuda-nos a ser, hoje, agentes da Nova Evangelização!

Ámen! Aleluia!


D. Ilídio Leandro

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

JOÃO BERCHMANS, seminarista santo


Vivemos, há pouco, a Semana dos Seminários. Neste 26 de Novembro comemora-se um jovem santo seminarista que vos damos a conhecer.


João Berchmans nasceu em Diest (Bélgica), em 1599. De família muito humilde, viu-se obrigado a trabalhar como criado para pagar os seus estudos.

Não pôde realizar outra coisa na sua vida do que ser estudante, caso insólito dentro da tipologia da santidade medieval e da sua concepção de santidade “heróica”. Contudo, viveu toda a vida sob o desejo da santidade.

Cada um dos seus actos era realizado como numa competição consigo mesmo. Foi chamado o mestre do detalhe na santidade, “Maximus in minimus” era seu lema. Assim, em Berchmans o heróico ganhou um novo sentido, ou como ele mesmo escrevia: “Minha penitência, a vida diária”.

Entrou para a Companhia de Jesus em 1616 e fazia a filosofia quando adoeceu e morreu em 1621. Amorosamente fiel às regras, humilde, colega sempre alegre e gentil, estudante esforçado, tornou-se padroeiro da juventude e modelo de obediência e amor à Companhia.

Foi canonizado por Leão XIII em 1888.


(texto adaptado) www.puc-rio.br

JORNADA DA FAMÍLIA


V JORNADA DA FAMÍLIA
DIOCESE DA GUARDA
28 de Novembro 2009

"Família, formadora de valores humanos e cristãos"

No próximo sábado, no Centro Apostólico da Guarda, realizar-se-á uma Jornada da Família, organizada pela Pastoral Diocesana da Família com o seguinte programa:

9h30 - Acolhimento
10h - Oração da Manhã
10h30 - "Valores morais da Família em mudança"
11h30 - Intervalo para café
12h - "Questões novas às Famílias cristãs de hoje"
13h - Almoço
14h30 - Reflexão e Trabalho de Grupos
15h30 - Plenário
16h - Eucaristia

As conferências são proferidas pelo Con. Jorge Cunha, professor na Universidade Católica.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

VIVE FELIZ

Não te inquietes com as dificuldades da Vida, com os seus altos e baixos, com as suas decepções, com o seu futuro mais ou menos sombrio.

Que queiras tu o que Deus quer.

Oferece no meio das inquietações e dificuldades o sacrifício da tua alma simples que, apesar de tudo, aceita os desígnios da providência.

Pouco importa que te consideres um frustrado se Deus te considera plenamente realizado ao Seu modo.

Perde-te confiado cegamente nesse Deus que te quer para Si, e que chegará até ti, ainda que nunca O vejas.

Pensa que estás nas suas mãos tanto mais fortemente seguro quanto mais decaído e triste te sintas.

Vive feliz. Suplico-te.

Vive em paz, que nada te altere, que nada seja capaz de tirar-te a paz, nem a fadiga mental nem as falhas morais.

Faz com que brote, e conserve sempre no teu rosto, um sorriso doce, reflexo daquele que o Senhor continuamente te dirige.

E no fundo da tua alma coloca, primeiro que tudo, como fonte de energia e critério de verdade, tudo aquilo que te encha de paz de Deus.

Lembra-te, tudo o que oprime e te inquieta é falso: asseguro-te em nome das leis da Vida e das promessas de Deus.

Por isso, quando te sintas abatido e triste, adora e confia.

Teilhard de Chardin

domingo, 22 de novembro de 2009

A NOSSA BOA ESPERANÇA


Efeméride do dia:

A 22 de Novembro de 1497, Vasco da Gama dobrava o então Cabo das Tormentas, após mais de quatro meses de viagem, a caminho das Índias. Este feito permitiu a Portugal abrir uma importante rota comercial com o Oriente. Bartolomeu Diaz fora o primeiro a descobrir esse cabo, mas ao experimentar tantas dificuldades em ultrapassá-lo, nomeou-o “das Tormentas”.

Vasco da Gama rebaptizou-o “da Boa Esperança”. A sua viagem ainda não tinha acabado mas tal feito marítimo permitiu um futuro próspero à coroa portuguesa.


Este acontecimento recorda-me que a nossa vida assemelha-se, muitas vezes, a uma viagem em alto mar e na qual enfrentamos muitas tormentas: familiares, profissionais, sociais… O cristão que encontrou e experimentou Cristo sabe que mesmo confrontando-se ao desconhecido e ao difícil não está sozinho. Possui nele a fé que o leva a encarar tudo com “Boa Esperança” que é o próprio Cristo. Os obstáculos não desaparecem; porém possuímos a coragem e a convicção que nenhum Adamastor poderá impedir o nosso caminho para Deus no encontro com cada irmão.

O testemunho do cristão é precisamente este: transformar todas as tormentas em “Boa Esperança”.

Boa viagem!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ÉS MEU IRMÃO E AMO-TE


A propósito da Semana da Compaixão (de 12 a 19 deste mês) que crentes e não crentes são chamados a viver...

"És meu irmão, e eu amo-te.
Amo-te quando te prostras na mesquita, e te ajoelhas na igreja, e rezas na sinagoga.
Tu e eu somos filhos de uma fé - o Espírito.
E os que se apresentam como cabeças dos vários ramos são como dedos na mão divina que aponta a perfeição do Espírito."

Khalil Gibran

domingo, 15 de novembro de 2009

DIA DE ORAÇÃO PELOS SEMINÁRIOS


PRESENÇA E ESPERANÇA

Seminário, Palavra que chama e envia


Neste Dia de oração pelos seminários, transcrevemos partes da Mensagem de D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro e Presidente da CEVM (Comissão Episcopal Vocações e Ministérios)


Os seminários existem para formar sacerdotes da Igreja, como pastores segundo o Coração de Cristo, o bom Pastor. Permanecem instituições necessárias e no contexto presente da formação são mesmo insubstituíveis. Os seminários não são apenas as casas com mais ou menos história, com mais ou menos beleza. Os seminários são os alunos, os formadores e quantos ali trabalham, rezam e colaboram tantas vezes como beneméritos anónimos, discretos e activos. Os seminários são escolas ao modo da escola do Mestre onde se aprende a ser discípulo de Jesus e onde se preparam os apóstolos de hoje.

Vemos surgir no nosso tempo paradigmas novos de formação sacerdotal e seminários com percursos específicos, centrados na comunhão eclesial e no acolhimento das orientações da Igreja. Sentimos que nesta necessária abertura ao Espírito, que é alma da Igreja, todos somos chamados a assumir os seminários e a formação dos novos sacerdotes como uma missão essencial da vida dos cristãos e das comunidades.


(…)

O amor pelos seminários, expresso em gestos de oração, de afecto e de generosidade, afirma um belo testemunho de vida eclesial, constitui um sinal de gratidão pelo bem ali realizado, faz despertar a gratidão por quantos ali dedicadamente trabalham, torna presente diariamente os seminários na vida dos sacerdotes e abre os seminários às comunidades cristãs.


(…)

Os seminários são tempo de escuta desta “palavra que chama e envia” e espaço onde ressoa a voz do Mestre.

Na escuta atenta da Palavra de Deus, rezada, celebrada, vivida e testemunhada, e no acolhimento dócil da voz do Mestre sentimos que é Jesus que nos chama a segui-LO, como outrora aos primeiros discípulos, e nos envia a testemunhar com fidelidade e ousadia as razões da nossa esperança e a alegria da Boa Nova do Reino.

sábado, 14 de novembro de 2009

No próximo sábado, dia 22 de Novembro, às 17 horas, realizar-se-á o concerto de lançamento do novo CD da Banda Jota, grupo musical ligado ao Departamento da Pastoral Juvenil da Guarda.
"Obrigado SER", título do novo trabalho, é a segunda obra discográfica desta Banda que tem cantado Jesus Cristo e a fé pelo país, tendo actuado em diversos eventos. De qualidade reconhecida, o grupo actuará no TMG (Teatro Municipal da Guarda).
O preço do concerto (3€) inclui comparticipação solidária a favor do CAV (Centro de Apoio à Vida), instituição criada pela Cáritas da Guarda.
Participa e descobre que, para todo o cristão, é "obrigatório SER"!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

RECORDANDO O FÓRUM EVANGELIZAR

Mais de duas centenas de participantes encheram Centro Apostólico

Diocese da Guarda acolheu Fórum Evangelizar

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Decorreu no passado dia 7 de Novembro, sábado, o 1º Fórum Evangelizar, promovido na Diocese da Guarda, pelo Departamento da Pastoral Juvenil (DPJG), pelo Secretariado da Pastoral Vocacional (SDPV) e pelo Departamento da Catequese de Infância e Adolescência (DIA). Em simultâneo, realizou-se o Dia Diocesano do Catequista.

Segundo o responsável do DPJG, padre Jorge Castela, o objectivo desta acção de evangelização consistia em fazer do tradicional “Fórum Juvenil” um dia de formação em que a teoria se aprendesse a partir da acção, da partilha e da aprendizagem. Para isso, salienta que foram estabelecidas parcerias com os outros dois organismos diocesanos atrás referidos.

O Fórum Evangelizar era destinado a catequistas, animadores, coordenadores, sacerdotes, leigos consagrados e a todos os interessados em melhorar as suas competências de anúncio do Evangelho. Apareceram bastantes catequistas, um número razoável de pessoas consagradas e de animadores de grupos juvenis.

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AS ACÇÕES DO DIA decorreram entre as 9 horas da manhã e as 18 horas da tarde. Após a oração da manhã, fez-se uma sessão de abertura no salão do Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos, na qual DPJG, SDPV e DIA apresentaram os seus planos pastorais. Depois os participantes dividiram-se pelos onze ateliers que estavam preparados: multimédia na animação pastoral; como elaborar orações; utilização da Bíblia; técnicas de animação ao ar livre; técnicas de animação no grupo; música na animação Pastoral e na Catequese; reunião com pais; iniciação ao Retiro; preparar a Catequese; pedagogia da Infância e da Adolescência; dar forma à palavra.

Ao todo os mesmos ateliers, com duração de setenta e cinco minutos, repetiram-se três vezes ao longo do dia, proporcionando que cada elemento presente pudesse participar em três ateliers diferentes.

Já depois das 17h30 encerram-se os trabalhos e foi feita uma oração de despedida e envio.

Segundo a organização estiveram presentes mais de duzentos participantes, o que superou as expectativas dos presentes, uma vez que era o primeiro ano deste tipo parceria e de actividade pastoral.

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A AVALIAÇÃO FINAL foi muito positiva, ficando a vontade de repetir em anos futuros este formato pedagógico-pastoral.

O padre Hélder Lopes, responsável do SDPV, salientou que o caminho certo para a nova evangelização é a comunhão de esforços entre todos os agentes pastorais. Lembrou que a realização deste evento veio dar um novo impulso à intuição do Sr. Bispo de realizar na diocese uma “Nova Evangelização”. Ela é necessária porque os cristãos precisam de um novo impulso, e a evangelização necessita de ser feita com novo ardor, não dispensando as novas técnicas que a sociedade actual nos oferece.

Questionado no final do Fórum sobre a possibilidade de se repetir ainda este ano esta actividade, o padre Jorge Castela, sem se comprometer, explicou que os promotores terão de avaliar a actividade e ponderar essa questão, não excluindo, no entanto, essa possibilidade.

D. Manuel Felício, que também esteve presente, na sua intervenção no início dos trabalhos falou da importância da Evangelização e incentivou cada um a ser um evangelizador nos seus locais.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

PREGAR O EVANGELHO COM ACTOS

«Somos servos inúteis»

cf. Lc 17,7-10

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Não vos inquieteis, procurando a causa dos grandes problemas da humanidade; contentai-vos em fazer o que puderdes pela sua resolução, ajudando aqueles que precisam. Há quem me diga que, praticando a caridade com os outros, libertamos o Estado das suas responsabilidades para com os pobres e os necessitados. É coisa que não me preocupa porque, em geral, os Estados não dão amor. Por mim, faço tudo o que posso; quanto ao resto, não me compete.

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Deus foi tão bom connosco! Trabalhar no amor é sempre uma maneira de nos aproximarmos Dele. Reparai no que Cristo fez durante a Sua vida na terra: passou fazendo o bem (Act 10, 38). Eu recordo às minhas irmãs que Ele passou os três anos da Sua vida pública a cuidar dos doentes, dos leprosos, das crianças e de muitos outros. É exactamente isso que nós fazemos, pregando o Evangelho com os actos.

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Consideramos que servir os outros é um privilégio e procuramos fazê-lo, a cada instante, com todo o nosso coração. Sabemos perfeitamente que os nossos actos são uma gota de água no oceano, mas sem eles faltaria essa gota.

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Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997),

fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade,

in Um caminho simples

fonte: http://www.evangelhoquotidiano.org/

domingo, 8 de novembro de 2009

SEMANA DOS SEMINÁRIOS 2009


ORAÇÃO DOS SEMINÁRIOS

Palavra incriada e criadora,

Palavra incarnada e reveladora,

Palavra do Pai, salvadora,

Palavra no Espírito Presente,

Palavra que convoca e provoca,

Palavra que chama e envia.

És Tu, Senhor Jesus,

a Palavra definitiva da História;

És Tu, Senhor Jesus,

a Palavra do Pai que se faz ouvir

pela força do Espírito Santo;

És Tu, Senhor Jesus,

a Palavra que toda a humanidade espera.

Faz de nós instrumentos audazes e fortes

Para que a tua Palavra se faça ouvir

Na autenticidade do nosso testemunho,

Na coerência da nossa vida.

Faz de nós mensageiros fiéis e credíveis

Para que a tua Palavra seja recebida

Nos corações de tantos jovens

Que querem construir um mundo melhor,

Que querem colaborar na edificação do Reino,

Que querem encontrar o seu lugar na Igreja.

Faz, Senhor, que estejamos atentos à tua voz

Para que à primeira Palavra

nos levantemos sem demora

e avancemos de imediato para a missão.

Faz, Senhor, que o nosso testemunho

seja a nossa oração pelos Seminários

e pelos seminaristas e por todos os jovens

a quem a tua Palavra chama e envia. Ámen.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A ALEGRIA DE SER (RE)ENCONTRADO



Vem procurar a Tua ovelha perdida

Cf. Lc 15,1-10

Senhor Jesus Cristo, que, para nos mostrares o cume das virtudes, escalaste a montanha com os Teus discípulos, ensinando-lhes as Beatitudes e as virtudes sublimes, prometendo-lhes recompensas próprias a cada um, concede que a minha fragilidade escute a Tua voz, adquira pela prática o mérito das virtudes, e que pela Tua misericórdia obtenha a recompensa prometida. Faz que, considerando o salário, não recuse o esforço do trabalho. Faz com que a esperança da salvação eterna me adoce o amargor do remédio, inflamando a minha alma com o esplendor da Tua obra. Senhor, do miserável que sou, faz um venturoso; conduz-me, pela Tua graça, das beatitudes terrenas às beatitudes da pátria.


Vem, Senhor Jesus, à procura do Teu servo, à procura da Tua ovelha errante e extenuada. Vem, Esposo da Igreja, à procura da dracma perdida. Vem, Pai de misericórdia, receber o filho pródigo que retorna a Ti. Vem, Senhor, porque só Tu podes chamar a ovelha que se extravia, reencontrar a dracma perdida, reconciliar o filho que partiu. Vem, para que haja salvação sobre a terra e alegria no céu! Converte-me a Ti e concede-me cumprir uma verdadeira e perfeita penitência, de modo que seja ocasião de alegria para os anjos. Meu doce Jesus, a Quem amo exclusivamente e acima de tudo, eu, pecador, rogo-Te, pela imensidade do Teu amor, que seja apenas consolado por Ti, meu tão doce Deus!

Ludolfo de Saxe (c. 1300-1378),


dominicano depois Cartuxo em Estrasburgo,

Orações a Jesus Cristo, CLD

fonte: http://www.evangelhoquotidiano.org/

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

São CARLOS BORROMEU, pastor da verdade e da caridade


Carlos Borromeu nasceu no seio de uma família nobre, a 2 de Outubro de 1538, no castelo de Arona, no lago Maggiore, no norte de Itália.

Carlos foi educado por beneditinos e doutorou-se em direito civil e canónico em 1559.

O novo papa, Pio IV, nomeou o jovem Carlos, de 22 anos, que ainda nem padre era, cardeal e administrador da arquidiocese de Milão. Antes de ir para lá, Carlos recebeu ainda outros cargos eclesiásticos, incluindo o de Secretário de Estado. Devido às suas inúmeras responsabilidades, viu-se obrigado a entregar aos seus auxiliares a direcção da diocese de Milão, que abrangia uma grande parte da Itália e quase toda a Suiça.


Concílio de Trento

Carlos ficou para a história como o homem da última reunião do concílio de Trento, em 1562, cujo catecismo redigiu pessoalmente. Em 1563, foi finalmente ordenado padre e bispo.

Após a morte do Papa Pio IV em 1566, Carlos partiu para Milão a fim de levar a cabo as reformas do concílio na sua diocese, na qual fundou seminários que se tornaram modelo de muitos outros. Também estabeleceu uma Confraria da Doutrina Cristã através da qual milhares de catequistas ensinaram a fé às crianças.

Carlos viajou pela arquidiocese pregando e ensinando, apesar de não ser um orador dotado. Numa época difícil em que as pessoas sofriam os efeitos devastadores da fome e da peste, certificou-se de que todos eram alimentados e tratados, fosse a que preço fosse. Carlos acabou por falecer devido ao excesso de trabalho aos 46 anos de idade, em 1584.


No seu rasto

No século XVI, Carlos ajudou a reformar o catecismo da Igreja, que continua a evoluir, acompanhando os tempos.

No início do século XX, Jacques Maritain, um leigo, também ajudou a Igreja Católica a adaptar-se à mudança. Proveniente de uma família protestante, perdera a fé ainda jovem e fez um pacto com a esposa, Raïssa: descobrir no prazo de um ano o sentido da palavra verdade.

Encontraram-no na Igreja Católica em 1906. Daí em diante, Jacques trabalhou incansavelmente como filósofo cristão. Publicou várias obras e morreu em 1973.

- Ensinou a aplicar a teologia de Tomás de Aquino ao mundo moderno, mostrando que os princípios da acção social se baseiam no respeito pelos outros e pelo bem comum.

- Ajudou a criar as Nações Unidas e a redigir a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Rezemos para que os líderes religiosos dos nossos dias tenham a sabedoria e a coragem de se adaptarem ao século XXI.

Adaptado de “Pessoas Comuns, Vidas Extraordinárias”

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

QUANDO A VIDA DÁ SENTIDO À MORTE



O supremo dia do homem

Eu sou a ressurreição e a vida, disse Jesus. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá.

Eu creio, sim, creio que um dia, ó meu Deus, avançarei para Ti, com os meus passos titubeantes, com todas as minhas lágrimas nas minhas mãos, e este coração maravilhoso que nos deste, este coração demasiado grande para nós pois fizeste-lo para Ti…

Um dia, virei e Tu lerás sobre o meu rosto toda a ternura, todas as lutas, todos os fracassos dos caminhos da liberdade.

E verás todo o meu pecado.

Mas eu sei, ó meu Deus, que não é grave o pecado, quando estamos diante de Ti.

Pois é perante os homens que somos humilhados.

Mas diante de Ti, é maravilhoso ser-se tão pobre, porque sentimo-nos tão amados!

Um dia, o teu dia, ó meu Deus, virei a Ti.

E na formidável explosão da minha ressurreição, saberei por fim que a ternura, és Tu

Que a minha liberdade, também és Tu.

Virei a Ti, ó meu Deus, e dar-me-ás o teu rosto.

Virei a Ti como o meu sonho mais louco: trazer-te o mundo em meus braços.

Virei a Ti e gritarei com toda a minha voz toda a verdade da vida sobre a terra.

Gritar-te-ei o meu grito que brota dos confins da história humana:

“Pai! Tentei ser um Homem, e sou teu filho…”

Pe. Jacques Leclerq

in “Le jour de l’homme”

domingo, 1 de novembro de 2009

TEODOR ROMZA, face da Igreja ucraniana martirizada


Teodor Romza passou quase toda a sua vida na Ucrânia. Apesar disso, mudou de nacionalidade várias vezes por causa das sucessivas alterações geopolíticas que afectaram a Europa de Leste entre as duas grandes guerras. Nascido como súbito da monarquia austro-húngara, foi ordenado padre como cidadão checo, sagrado bispo com nacionalidade húngara antes de lhe ser obrigado a aceitar a cidadania soviética.


Padre como vocação

Teodor é o mais novo de nove irmãos. A sua família vive modestamente da vida rural e distingue-se pela profunda piedade. Muito inteligente, Romza faz uns estudos brilhantes, dominando correctamente seis idiomas. Propõem-lhes saídas profissionais aliciantes, mas a sua decisão já estava tomada: será padre. No rito católico oriental os padres podem casar, mas Teodor opta pelo celibato. É ordenado a 25 de Dezembro de 1936.

Depois de um serviço militar em Praga forçado pela crise política que dilacerada a Europa Central, é afectado como pároco numa região marcada por costumes supersticiosos, mal formada nas questões de fé e assolada pelo antagonismo entre católicos e ortodoxos. Em tal contexto, Teodor experimenta a pobreza e a solidão, mas sente-se feliz. Percorre incansavelmente as montanhas entre as aldeias distantes para visitar e evangelizar as famílias isoladas, os doentes e os desprotegidos.

Mais tarde, é nomeado como director espiritual e professor no seminário da diocese. Revela-se ser um excelente pedagogo, respeitado e amado pelos seminaristas. Exigente e bom, aberto ao diálogo, a sua forma de rezar e celebrar edifica a todos.


Resistência e fidelidade até ao martírio

Entretanto, em 1943, a situação política agrava-se pois as tropas soviéticas invade o país. O bispo falece e a Santa Sé decide nomear Teodor Romza como seu sucessor. A União Soviética anexa a Ucrânia ao mesmo tempo que impõe a ortodoxia como religião única enquanto que a Igreja greco-católica é espoliada e perseguida. Muitos sacerdotes são presos e executados.

Perante a impossibilidade de diálogo com o novo regime, o Mons. Romza tenta acalentar e apoiar os seus fiéis. Juntamente com o povo resiste à “russificação” da população através da formação e de celebrações que reúnem multidões.

A actividade resistente de Teodor Romza indispõe Moscovo. A sua eliminação é decidida por Nikita Khrouchtchev, então encarregado dos assuntos ucranianos. A 25 de Outubro de 1947, o bispo é vítima de uma tentativa de assassinato. Gravemente ferido é transportado para o hospital. No dia 1 de Novembro, agentes oficiais mandatados por Khrouchtchev penetram no seu quatro. Quando saem já Teodor Romza agoniza envenenado, com apenas trinta e seis anos.

A morte do seu bispo não desmobiliza os católicos. Pelo contrário, reafirmará a unidade dos fiéis que continuarão a lutar pela fidelidade à sua fé.


Teodor Romza foi beatificado no dia 27 de Junho de 2001, juntamente com outros mártires greco-católicos da Ucrânia.