O supremo dia do homem
Eu sou a ressurreição e a vida, disse Jesus. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá.
Eu creio, sim, creio que um dia, ó meu Deus, avançarei para Ti, com os meus passos titubeantes, com todas as minhas lágrimas nas minhas mãos, e este coração maravilhoso que nos deste, este coração demasiado grande para nós pois fizeste-lo para Ti…
Um dia, virei e Tu lerás sobre o meu rosto toda a ternura, todas as lutas, todos os fracassos dos caminhos da liberdade.
E verás todo o meu pecado.
Mas eu sei, ó meu Deus, que não é grave o pecado, quando estamos diante de Ti.
Pois é perante os homens que somos humilhados.
Mas diante de Ti, é maravilhoso ser-se tão pobre, porque sentimo-nos tão amados!
Um dia, o teu dia, ó meu Deus, virei a Ti.
E na formidável explosão da minha ressurreição, saberei por fim que a ternura, és Tu
Que a minha liberdade, também és Tu.
Virei a Ti, ó meu Deus, e dar-me-ás o teu rosto.
Virei a Ti como o meu sonho mais louco: trazer-te o mundo em meus braços.
Virei a Ti e gritarei com toda a minha voz toda a verdade da vida sobre a terra.
Gritar-te-ei o meu grito que brota dos confins da história humana:
“Pai! Tentei ser um Homem, e sou teu filho…”
Pe. Jacques Leclerq
in “Le jour de l’homme”
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