quarta-feira, 4 de novembro de 2009

São CARLOS BORROMEU, pastor da verdade e da caridade


Carlos Borromeu nasceu no seio de uma família nobre, a 2 de Outubro de 1538, no castelo de Arona, no lago Maggiore, no norte de Itália.

Carlos foi educado por beneditinos e doutorou-se em direito civil e canónico em 1559.

O novo papa, Pio IV, nomeou o jovem Carlos, de 22 anos, que ainda nem padre era, cardeal e administrador da arquidiocese de Milão. Antes de ir para lá, Carlos recebeu ainda outros cargos eclesiásticos, incluindo o de Secretário de Estado. Devido às suas inúmeras responsabilidades, viu-se obrigado a entregar aos seus auxiliares a direcção da diocese de Milão, que abrangia uma grande parte da Itália e quase toda a Suiça.


Concílio de Trento

Carlos ficou para a história como o homem da última reunião do concílio de Trento, em 1562, cujo catecismo redigiu pessoalmente. Em 1563, foi finalmente ordenado padre e bispo.

Após a morte do Papa Pio IV em 1566, Carlos partiu para Milão a fim de levar a cabo as reformas do concílio na sua diocese, na qual fundou seminários que se tornaram modelo de muitos outros. Também estabeleceu uma Confraria da Doutrina Cristã através da qual milhares de catequistas ensinaram a fé às crianças.

Carlos viajou pela arquidiocese pregando e ensinando, apesar de não ser um orador dotado. Numa época difícil em que as pessoas sofriam os efeitos devastadores da fome e da peste, certificou-se de que todos eram alimentados e tratados, fosse a que preço fosse. Carlos acabou por falecer devido ao excesso de trabalho aos 46 anos de idade, em 1584.


No seu rasto

No século XVI, Carlos ajudou a reformar o catecismo da Igreja, que continua a evoluir, acompanhando os tempos.

No início do século XX, Jacques Maritain, um leigo, também ajudou a Igreja Católica a adaptar-se à mudança. Proveniente de uma família protestante, perdera a fé ainda jovem e fez um pacto com a esposa, Raïssa: descobrir no prazo de um ano o sentido da palavra verdade.

Encontraram-no na Igreja Católica em 1906. Daí em diante, Jacques trabalhou incansavelmente como filósofo cristão. Publicou várias obras e morreu em 1973.

- Ensinou a aplicar a teologia de Tomás de Aquino ao mundo moderno, mostrando que os princípios da acção social se baseiam no respeito pelos outros e pelo bem comum.

- Ajudou a criar as Nações Unidas e a redigir a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Rezemos para que os líderes religiosos dos nossos dias tenham a sabedoria e a coragem de se adaptarem ao século XXI.

Adaptado de “Pessoas Comuns, Vidas Extraordinárias”

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