Abrir a porta do coração a Cristo é sempre temerário: porque Ele vem com o seu amor de Filho bem-amado e vai convidar-nos à perfeição do seu Pai, imitando-O sempre e em tudo.
Abrir a porta do coração a Cristo é sempre perigoso: porque com o seu amor pela humanidade vai desorganizar toda a nossa vida, programada apenas para a nossa satisfação pessoal.
Abrir a porta do coração a Cristo é sempre incómodo: porque com o seu zelo de salvar o mundo, vai convidar-nos a trabalhar constantemente para criarmos um povo de irmãos.
Abrir a porta do coração a Cristo é sempre arriscado: porque com a sua grande misericórdia diante da miséria alheia, vai convidar-nos a distribuir o nosso supérfluo.
Abrir a porta do coração a Cristo é sempre imprudente: porque com a radicalidade do seu Evangelho, vai balizar os nossos caminhos com marcos de amor e de perdão, de diálogo e de serviço.
Para além disso, abrir a porta do coração a Cristo é sempre corajoso: porque com a sua Paixão de libertador do mal e do pecado, do ódio e da indiferença, vai convidar-nos a trabalhar constantemente por um mundo novo à medida do seu coração.
Mas, apesar de tudo, abrir a porta do coração a Cristo é sempre consolador: porque sentiremos a felicidade de termos sido úteis aos outros; porque entraremos, um dia, na sua morada eterna, depois de termos aceitado que Ele faça em nós a sua morada sobre a terra.
Adaptado do Pe. José Martins Vaz, CSSp
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