Conta a Narrativa dos três companheiros de São Francisco de Assis o seguinte facto da vida do santo:
Um dia, indo o jovem Francisco a cavalo perto de Assis, veio um leproso ao seu encontro. Tinha habitualmente grande horror aos leprosos, e por isso foi-lhe violento obrigar-se a descer do cavalo, mas fê-lo, e deu-lhe uma moeda de prata, beijando-lhe a mão. Tendo recebido do leproso um beijo de paz, subiu para o cavalo e seguiu o seu caminho. A partir daquele momento, começou a ultrapassar cada vez mais aquela sua limitação, até conseguir a perfeita vitória sobre si próprio, pela graça de Deus.
Alguns dias mais tarde, tendo-se munido com grande quantidade de moedas, dirigiu-se ao hospício dos leprosos e, tendo-os reunidos a todos, deu uma esmola a cada um, beijando-lhes a mão. No regresso, o que dantes lhe parecia tão amargo – quer dizer, ver ou tocar os leprosos – tinha-se verdadeiramente transformado em doçura. Ver leprosos era-lhe, como por vezes dizia, tão penoso, que não só se recusava a vê-los como a aproximar-se da sua habitação; se lhe acontecia vê-los ou passar perto da leprosaria [...], desviava o rosto e apertava o nariz. Mas a graça de Deus tornou-o tão próximo dos leprosos que, como o atesta no testamento, vivia entre eles e servia-os humildemente. A visita aos leprosos tinha-o transformado.
Alguns dias mais tarde, tendo-se munido com grande quantidade de moedas, dirigiu-se ao hospício dos leprosos e, tendo-os reunidos a todos, deu uma esmola a cada um, beijando-lhes a mão. No regresso, o que dantes lhe parecia tão amargo – quer dizer, ver ou tocar os leprosos – tinha-se verdadeiramente transformado em doçura. Ver leprosos era-lhe, como por vezes dizia, tão penoso, que não só se recusava a vê-los como a aproximar-se da sua habitação; se lhe acontecia vê-los ou passar perto da leprosaria [...], desviava o rosto e apertava o nariz. Mas a graça de Deus tornou-o tão próximo dos leprosos que, como o atesta no testamento, vivia entre eles e servia-os humildemente. A visita aos leprosos tinha-o transformado.
Todos nós temos obstáculos a enfrentar, quotidianos ou ocasionais, previstos ou inesperados. No trabalho, na família, na hora de tomar decisões profissionais ou vocacionais, nas circunstâncias mais diversas da nossa vida. Francisco sentia repulsa pela lepra. Mas sentia que a perfeição que desejava e o seu amor por Deus só seriam autênticos quando vencesse a sua própria fraqueza, o seu medo.
Perante as dificuldades que se nos deparam, experimentamos diversos sentimentos: hesitação, tentação de desistir, de recuar; fingimos, adiamos, procuramos alternativas… Mas nada disso nos traz a paz.
Perante as dificuldades que se nos deparam, experimentamos diversos sentimentos: hesitação, tentação de desistir, de recuar; fingimos, adiamos, procuramos alternativas… Mas nada disso nos traz a paz.
As dificuldades não são entraves ao nosso crescimento, à nossa vida. São antes desafios e degraus a enfrentar, a vencer. Mesmo que lutando não sejamos bem sucedidos, sairemos sempre mais fortes e enriquecidos pelo esforço. Outras “batalhas” se seguirão. A experiência acumulada de quem nunca desistiu, independentemente dos sucessos alcançados, prepará-lo-á para vencer desafios futuros e decisivos.
Naturalmente, contamos com a ajuda de Deus. Porém, não esperemos que Ele nos poupe das tais dificuldades. Tal como Francisco de Assis, Deus deseja ver-nos crescer na perfeição, vencendo os nossos próprios temores e preconceitos, não apenas pelos nossos méritos, mas na confiança n’Ele.
Então, também a nossa vida se transformará e será mais plena.
Naturalmente, contamos com a ajuda de Deus. Porém, não esperemos que Ele nos poupe das tais dificuldades. Tal como Francisco de Assis, Deus deseja ver-nos crescer na perfeição, vencendo os nossos próprios temores e preconceitos, não apenas pelos nossos méritos, mas na confiança n’Ele.
Então, também a nossa vida se transformará e será mais plena.
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