8º dia - Num mundo dividido, os cristãos proclamam a esperança
“Farei vir sobre vós um sopro para que vivais”. A fé bíblica baseia-se na esperança fundamental de que a última palavra da História pertence a Deus; esta sua última palavra não será um juízo condenatório, mas uma palavra vivificante que estabelece a “nova criação”. Como vimos nas meditações anteriores, os cristãos vivem num mundo marcado por diferentes tipos de divisão e de separação. Apesar disso, a Igreja Cristã conserva a sua esperança, ancorada não no que o ser humano pode fazer, mas na potência e no desejo fiel de Deus de transformar a divisão e o esfacelamento em unidade, o ódio mortal em amor gerador de vida.
A esperança cristã tem o êxito de sobreviver mesmo entre grandes sofrimentos, pois brota do amor fiel de Deus que nos foi revelado na cruz do Senhor. A esperança ressuscita do túmulo com Jesus: assim a morte e as potências da morte são vencidas. A esperança espalha-se no dia de Pentecostes pelo envio do Espírito Santo que renova a face da terra. O Cristo ressuscitado é o começo de uma vida nova e autêntica. A sua ressurreição anuncia o fim da antiga ordem e lança as sementes de uma “nova criação” que será eterna, na qual todos serão reconciliados n’Ele e Deus será tudo em todos.
“Eis que faço novas todas as coisas”. A esperança cristã começa com a renovação da criação, que leva a cumprimento o projecto original de Deus Criador. Em Apocalipse 21, Deus não diz “eu faço novas as coisas”, mas “eu faço novas todas as coisas”. A esperança cristã não significa o aguardar passiva e longamente o fim do mundo, mas o desejo desta renovação que já se vem realizando desde o dia da Ressurreição e do Pentecostes. Não se trata de aguardar uma conclusão apocalíptica da História, provocando o desabamento do mundo, mas a esperança de uma transformação fundamental e radical do mundo que nós conhecemos. O novo começo instaurado por Deus põe fim ao pecado, às divisões e à finitude do mundo, e transforma a criação de modo que possa participar da glória eterna de Deus.
Quando os cristãos se reúnem para rezar pela unidade, é esta esperança que os motiva e os apoia. A oração pela unidade tem uma força específica: a que brota da renovação da criação gerada por Deus; a sua sabedoria é a do Espírito Santo que infunde a vida nova sobre os ossos ressequidos e os devolve à existência; a sua autenticidade, é a nossa disponibilidade a abrir-nos totalmente à vontade de Deus, deixando-nos transformar em instrumentos da unidade que Jesus quis para seus discípulos.
Oração
Deus misericordioso, tu estás sempre perto de nós, no meio de nossos sofrimentos e de tribulações. Tu estarás até o fim dos tempos connosco. Ajuda-nos a ser um povo repleto de esperança; um povo que vive as Bem-aventuranças e se coloca ao serviço da unidade que tu desejas.
Ámen.
“Farei vir sobre vós um sopro para que vivais”. A fé bíblica baseia-se na esperança fundamental de que a última palavra da História pertence a Deus; esta sua última palavra não será um juízo condenatório, mas uma palavra vivificante que estabelece a “nova criação”. Como vimos nas meditações anteriores, os cristãos vivem num mundo marcado por diferentes tipos de divisão e de separação. Apesar disso, a Igreja Cristã conserva a sua esperança, ancorada não no que o ser humano pode fazer, mas na potência e no desejo fiel de Deus de transformar a divisão e o esfacelamento em unidade, o ódio mortal em amor gerador de vida.
A esperança cristã tem o êxito de sobreviver mesmo entre grandes sofrimentos, pois brota do amor fiel de Deus que nos foi revelado na cruz do Senhor. A esperança ressuscita do túmulo com Jesus: assim a morte e as potências da morte são vencidas. A esperança espalha-se no dia de Pentecostes pelo envio do Espírito Santo que renova a face da terra. O Cristo ressuscitado é o começo de uma vida nova e autêntica. A sua ressurreição anuncia o fim da antiga ordem e lança as sementes de uma “nova criação” que será eterna, na qual todos serão reconciliados n’Ele e Deus será tudo em todos.
“Eis que faço novas todas as coisas”. A esperança cristã começa com a renovação da criação, que leva a cumprimento o projecto original de Deus Criador. Em Apocalipse 21, Deus não diz “eu faço novas as coisas”, mas “eu faço novas todas as coisas”. A esperança cristã não significa o aguardar passiva e longamente o fim do mundo, mas o desejo desta renovação que já se vem realizando desde o dia da Ressurreição e do Pentecostes. Não se trata de aguardar uma conclusão apocalíptica da História, provocando o desabamento do mundo, mas a esperança de uma transformação fundamental e radical do mundo que nós conhecemos. O novo começo instaurado por Deus põe fim ao pecado, às divisões e à finitude do mundo, e transforma a criação de modo que possa participar da glória eterna de Deus.
Quando os cristãos se reúnem para rezar pela unidade, é esta esperança que os motiva e os apoia. A oração pela unidade tem uma força específica: a que brota da renovação da criação gerada por Deus; a sua sabedoria é a do Espírito Santo que infunde a vida nova sobre os ossos ressequidos e os devolve à existência; a sua autenticidade, é a nossa disponibilidade a abrir-nos totalmente à vontade de Deus, deixando-nos transformar em instrumentos da unidade que Jesus quis para seus discípulos.
Oração
Deus misericordioso, tu estás sempre perto de nós, no meio de nossos sofrimentos e de tribulações. Tu estarás até o fim dos tempos connosco. Ajuda-nos a ser um povo repleto de esperança; um povo que vive as Bem-aventuranças e se coloca ao serviço da unidade que tu desejas.
Ámen.
Adaptado do Guião para esta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos elaborado pelo PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A PROMOÇÃO DA UNIDADE DOS CRISTÃOS
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