quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

ALBERT SCHWEITZER, a felicidade do serviço


Albert Schweitzer nasceu nesta data de 14 Janeiro, no ano de 1875, na Alsácia então território alemão antes de passar para administração francesa. Filho de um pastor luterano, formou-se inicialmente em teologia e filosofia, sendo ainda um dos melhores intérpretes de Bach e uma autoridade na manufactura de órgãos.

Mas é aos 30 anos que a sua vida irá mudar radicalmente. Sendo docente numa das mais notáveis universidades europeias, músico reputado e pastor da sua comunidade, decide deixar tudo para consagrar a vida à humanidade. Nada do que era chegava para saciar a sua alma sempre disponível para o serviço. Aposta na medicina com o objectivo de ajudar as populações africanas necessitadas.
Parte para o Gabão, juntamente com a sua esposa formada em enfermagem. Ao deparar-se com a falta de recursos iniciais, improvisou um consultório num antigo galinheiro. O clima hostil, a falta de higiene, o idioma que não percebia, a carência de remédios e instrumental insuficiente não o impediram de atender os pacientes. Tratava mais de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de agirem em benefício do próximo.
Só a I Grande Guerra interrompeu o seu trabalho missionário. Depois disso, realizou uma série de conferências, com o intuito de recolher fundos para reconstruir a sua obra na África, nomeadamente um hospital devidamente equipado. A sua compaixão não se limitava ao homem, mas a toda a natureza e seus seres.
Como reconhecimento pela sua vida e obra recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1952. O seu exemplo motivou muitos outros missionários e médicos.
Faleceu no dia 4 de Setembro de 1965, em Lambaréné, no Gabão.

A guerra, a miséria de tantos povos levou-o a reflectir sobre a humanidade, iluminado pela sua fé. Eis alguns dos seus pensamentos:
“O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos.”
“A nossa civilização está condenada porque se desenvolveu com mais vigor materialmente do que espiritualmente. O seu equilíbrio foi destruído.”
“Só são verdadeiramente felizes aqueles que procuram ser úteis aos outros.”
“Não há heróis da acção; só heróis da renúncia e do sofrimento.”
“Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo faz enrugar a alma.”
“Não devemos contentar-nos em falar do amor para com o próximo, mas praticá-lo.”
“Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única.”
“A tragédia do homem é o que morre dentro dele enquanto ele ainda está vivo.”
“Não sei qual será o seu destino, mas uma coisa eu sei: os únicos entre vós que serão realmente felizes são os que procurarem e encontrarem um meio de Servir.”

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