Rosella Staltari nasceu em 1951 numa região dura e pobre da Itália. Os seus pais são camponeses modestos, arruinados pelas inundações que ocorreram no Outono em que nasceu a nossa jovem. Com apenas dois anos, perde a mãe e o pai, não podendo sustentá-la entrega-a à avó. Mas também esta, confrontada à miséria, decide confiar Rosella a um orfanato cuidado pelas religiosas Filhas de Nossa Senhora do Calvário.
As feridas da vida
Junto das religiosas, Rosella sofre da ausência de um verdadeiro lar. A assistente social classifica-a de “tímida e introvertida, sofrendo de uma carência e equilíbrio afectivos”. Demasiado numerosas, as meninas não podem usufruir de uma relação personalizada por parte das religiosas.
Rosella ressente-se dessa carência afectiva e relacional. Fecha-se nela própria, até porque os métodos educativos da altura eram rígidos e austeros. No entanto, e tal como ela própria reconhece, “o sofrimento fez-me amadurecer para além da minha idade”.
A todas essas contrariedades, reage com uma força interior baseada numa profunda devoção a Nossa Senhora. Essa confiança irá frutificar em alegria e humildade pouco comuns, juntamente com uma apurada sensibilidade para com a beleza da natureza e uma bondade delicada para com os outros. A sua vida é um paradoxo.
Em busca do amor
Em 1965, o seu pai inscreve-a num instituto dirigido pelas Filhas de Maria Co-redentora, uma jovem congregação fundada a pouco. A adolescente, agora com 14 anos, adapta-se muito bem a esse ambiente mais familiar, simples e caloroso da comunidade. Corresponde dando o melhor de si mesma, atenta a tudo, serviçal, obediente, sensível à arte e ao bem e extremamente reconhecida. Sem pensar em consagração decide tornar-se professora. Mas não será fácil devido a sua dificuldade na comunicação.
A fundadora da congregação sugere-lhe que escreva um diário para vencer a sua inibição. É através dos seus escritos que se revelará a profundidade da sua vida de fé. Aí, interroga-se sobre o mistério do amor: “Desejo que me ajudem a tornar-me boa, porque quero amar Jesus… Tenho um grande desejo de me dar a Ele, mas a minha vontade não está ainda discernido… Esse desejo está em mim, é certo, mas ainda pequeno e inconstante.”
Através dos retiros descobre S. João da Cruz, meditando os seus escritos. Sente-se conquistada pelo absoluto do amor: “Sofrer por Jesus, que tanto sofreu por mim! Ajudai-me a sofrer somente por amor, sem nunca me arrepender… Só tenho medo da minha fraqueza e assusto-me porque a minha formação ainda não está completa.”
O apelo do Amor
Aos 18 anos, obtém o seu diploma para o ensino básico, começando logo a trabalhar.
De forma quase imprevisível, Rosella entrevê e acolhe o chamamento de Cristo para se entregar a Ele. O seu coração caminha a passos largos no amor a Cristo: “Como fazer para conhecer Jesus e acolher verdadeiramente o seu amor? Não posso mais perder tempo, pois já perdi demasiado.”
Devidamente acompanhada pelos fundadores, as suas feridas afectivas curam-se à luz do amor de Deus.
Às dificuldades da vida comunitária responde com generosidade pois já só quer viver o absoluto do amor.
Professa solenemente o dia 2 de Julho de 1973. Aceita uma nova missão noutra comunidade: “Eis-me, ó Jesus, para fazer a tua vontade. Somente de Ti espero graça e fé, amor e força.” Executa todas as coisas, mesmo as mais insignificantes, com uma simplicidade e transparência que tocam os que a rodeiam.
O dia 2 de Janeiro de 1974 arruma cuidadosamente todos os seus afazeres e o 4 de manhã descobrem-na morta, deitada e com um sorriso nos lábios. Ainda não tinha 23 anos.
As feridas da vida
Junto das religiosas, Rosella sofre da ausência de um verdadeiro lar. A assistente social classifica-a de “tímida e introvertida, sofrendo de uma carência e equilíbrio afectivos”. Demasiado numerosas, as meninas não podem usufruir de uma relação personalizada por parte das religiosas.
Rosella ressente-se dessa carência afectiva e relacional. Fecha-se nela própria, até porque os métodos educativos da altura eram rígidos e austeros. No entanto, e tal como ela própria reconhece, “o sofrimento fez-me amadurecer para além da minha idade”.
A todas essas contrariedades, reage com uma força interior baseada numa profunda devoção a Nossa Senhora. Essa confiança irá frutificar em alegria e humildade pouco comuns, juntamente com uma apurada sensibilidade para com a beleza da natureza e uma bondade delicada para com os outros. A sua vida é um paradoxo.
Em busca do amor
Em 1965, o seu pai inscreve-a num instituto dirigido pelas Filhas de Maria Co-redentora, uma jovem congregação fundada a pouco. A adolescente, agora com 14 anos, adapta-se muito bem a esse ambiente mais familiar, simples e caloroso da comunidade. Corresponde dando o melhor de si mesma, atenta a tudo, serviçal, obediente, sensível à arte e ao bem e extremamente reconhecida. Sem pensar em consagração decide tornar-se professora. Mas não será fácil devido a sua dificuldade na comunicação.
A fundadora da congregação sugere-lhe que escreva um diário para vencer a sua inibição. É através dos seus escritos que se revelará a profundidade da sua vida de fé. Aí, interroga-se sobre o mistério do amor: “Desejo que me ajudem a tornar-me boa, porque quero amar Jesus… Tenho um grande desejo de me dar a Ele, mas a minha vontade não está ainda discernido… Esse desejo está em mim, é certo, mas ainda pequeno e inconstante.”
Através dos retiros descobre S. João da Cruz, meditando os seus escritos. Sente-se conquistada pelo absoluto do amor: “Sofrer por Jesus, que tanto sofreu por mim! Ajudai-me a sofrer somente por amor, sem nunca me arrepender… Só tenho medo da minha fraqueza e assusto-me porque a minha formação ainda não está completa.”
O apelo do Amor
Aos 18 anos, obtém o seu diploma para o ensino básico, começando logo a trabalhar.
De forma quase imprevisível, Rosella entrevê e acolhe o chamamento de Cristo para se entregar a Ele. O seu coração caminha a passos largos no amor a Cristo: “Como fazer para conhecer Jesus e acolher verdadeiramente o seu amor? Não posso mais perder tempo, pois já perdi demasiado.”
Devidamente acompanhada pelos fundadores, as suas feridas afectivas curam-se à luz do amor de Deus.
Às dificuldades da vida comunitária responde com generosidade pois já só quer viver o absoluto do amor.
Professa solenemente o dia 2 de Julho de 1973. Aceita uma nova missão noutra comunidade: “Eis-me, ó Jesus, para fazer a tua vontade. Somente de Ti espero graça e fé, amor e força.” Executa todas as coisas, mesmo as mais insignificantes, com uma simplicidade e transparência que tocam os que a rodeiam.
O dia 2 de Janeiro de 1974 arruma cuidadosamente todos os seus afazeres e o 4 de manhã descobrem-na morta, deitada e com um sorriso nos lábios. Ainda não tinha 23 anos.
O seu diário, uma jóia da espiritualidade do séc. XX, confirmará o que pensam as irmãs: morreu de amor, transfigurada pelo abandona à graça de Deus.
A reputação da sua santidade não deixou de crescer e em 2003 foi introduzida a causa da beatificação.
A reputação da sua santidade não deixou de crescer e em 2003 foi introduzida a causa da beatificação.
Se quiseres saber mais sobre Rosella:
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