quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

ALFIE LAMBE, 'el corderito' de Deus


Alfie Lambe nasce em 1932 na Irlanda. Alfie (diminutivo de Alphonsus) é o oitavo filho de uma família de camponeses. Ama o campo, a caça, futebol e a vida ao ar livre. Aos 16 anos convence o pai a deixá-lo entrar para a vida religiosa. “Queria fazer algo por Deus”.
Mas o noviciado em Dublin revela-se difícil para ele. Tímido e diferente dos outros, vive isolado refugiando-se apenas nos livros, todos eles versando sobre Nossa Senhora. Pela sua saúde precária, juntamente os seus problemas de identidade dificultando o relacionamento com outros, é julgado inapto para ser religioso. É reenviado para casa.

A Legião de Maria
Regressado, Alfie vive deprimido pela sua experiência não consequente. Porém, pouco depois, conhece o movimento da Legião de Maria: apostolado humilde e exigente, profundamente mariano, e espírito de fraternidade. Inserido, sente-se rapidamente à vontade, renovado de entusiasmo e generosidade. Em poucas semanas, realiza que encontrou o seu caminho.

América Latina
A Legião está em plena expansão. O exemplo de Edel Quinn (ver http://sdpv.blogspot.com/2008/05/edel-quinn-uma-vida-pela-frica.html), falecida cinco antes em África (1944), galvaniza os seus membros. O fundador, Franck Duff, decide iniciar uma nova missão na América Latina. Envia Seamus Grace, acompanhado por Alfie.
Aterram em Bogotá, capital da Colômbia. Aí começa o apostolado porta a porta, mas também trabalha com jovens raparigas de um colégio reservado à classe alta. Com elas irá evangelizar outras moças caídas na prostituição. Se as primeiras descobrem a precariedade de vida e pobreza espiritual e afectiva de jovens da mesma idade, estas últimas são tocadas pela atenção e preocupação que lhe devolvem dignidade e esperança, a consolação de não se sentirem desprezadas por todos.
Alfie possui um verdadeiro carisma de escuta e de compaixão e percebe que, para servir Deus nos mais humildes, é-lhe preciso esquecer-se de si mesmo.

Confiança em Maria
A Colômbia é apenas o ponto de partida de um longo périplo que o levará da Venezuela ao Perú, da Bolívia ao Paraguai, passando pelo Uruguai e, finalmente, à Argentina. Aprende as línguas locais, manda traduzir um livro com orações, visita leprosarias, prisões, funda novos grupos da Legião, converte livres-pensadores e comunistas notáveis. Alfie é incansável ao ponto de ser chamado de “jovem conquistador”. A sua disponibilidade, espírito de serviço e sorriso maravilham a todos. Modestamente, responde que o sorriso é inato a todos os irlandeses. Quanto ao resto, traçou 3 linhas de conduta: vida orante alimentada pela eucaristia e oração pessoal, abandono confiante na Virgem Maria e obediência incondicional à Igreja.
Todos os que o conheceram dirão dele: “Ele era o que fazia e fazia o que dizia.”
Como Maria, Alfie viveu o seu lema “Eis o servo do Senhor!”

No início de Janeiro de 1959, sente-se cansado e sofrendo náuseas. Descobrem-lhe um tumor no estômago. Seguem-se dez dias de grande sofrimento sem por isso se lamentar nem desanimar. Falece com 28 anos no dia 21 de Janeiro, dia de Stª Inês – que significa cordeiro, tal como o seu apelido de família, Lamb, em inglês.
Em 1987 iniciou-se o processo da causa pela sua beatificação.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Padre Alfie merece ser beatificado!!!

Anónimo disse...

Olha, sou legionário e sou meio tímido e... li aqui na biografia dele que ele era timido e por isso foi dispensado do seminário...Pois é, eu conssegui dele a graça de fazer uma leitura do Salmo numa missa aqui perto. Aí vc vai dizer, "só isso?" mas para quem é tímido até ler na missa dá nervosismo...aí eu quero dizer que Alfie Lamb me curou. Amém?
Ah! Sim, concordo com o comentário acima: Alfie Lamb merece ser beatificado.