quarta-feira, 9 de julho de 2008

SERVAS de Nª Srª de FÁTIMA, ao serviço da Igreja (I)

Tal como o VocAcção noticiara há algum tempo atrás, a Congregação das Servas de Nª Srª de Fátima comemoram os 75 anos da sua presença na nossa Diocese. Conhecidas sobretudo por terem estado na Casa Véritas durante muitos anos, na cidade da Guarda, quisemos dar a conhecer melhor esta família religiosa, a sua história, o seu carisma, o seu campo de acção…
Esta é a primeira parte desta “(re)descoberta” que queremos fazer convosco.



1. Como nasceu a Congregação das Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima?
A Congregação das Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima tem como fundadora Luiza Andaluz que nasceu em Santarém (Portugal). E foi a 15 de Outubro, de 1923 que se reuniu a primeira comunidade na sua própria casa, onde fundou um Colégio para justificar a presença daquele grupo de senhoras. Nessa altura, por razões políticas, estavam proibidas as Ordens e Congregação religiosas em Portugal.
As primeiras Irmãs tinham como ideal entregar toda a sua vida a Deus, servindo a Igreja onde ela mais precisasse. Era seu principal desejo tornar Jesus conhecido e amado pelo maior número possível de pessoas. Estavam convictas de que esse era o caminho certo para a felicidade de cada pessoa e para o progresso da sociedade.
Nas primeiras décadas da sua existência, a Congregação dedicou-se preferencialmente à educação e à promoção humana, bem como à imprensa católica que continuava a ser uma prioridade assumida pelo episcopado português num contexto político adverso à Igreja.
Numa sociedade fragilizada pela desorganização política e pelo subdesenvolvimento económico, na qual as populações mais desfavorecidas não tinham acesso aos bens essenciais e à educação, a Congregação abriu escolas para crianças e jovens, particularmente raparigas, onde estas recebiam uma instrução escolar de base e se preparavam para ser cidadãs conscientes e boas educadoras como mães de família.

2. Qual o carisma específico?
Entendemos que o carisma de um grupo ou congregação não se pode definir pelo fazer, pela descrição de um conjunto de tarefas. Seria muito pouco. O carisma é um dom de Deus à Igreja, para o serviço dos irmãos e pode assumir diferentes características espirituais e humanas. Olhemos mais para o ser que para o fazer.
De forma resumida deixamos, então, algumas características deste carisma que Deus suscitou na Igreja, através da serva de Deus, Luiza Andaluz.
- Confiança ilimitada em Deus;
- Seguimento de Jesus Cristo Sacerdote;
- Amor a Maria, a Serva do Senhor;
- Sentido de comunhão eclesial, que se manifesta:
Na sociedade em que vivemos
Na profissão que realizamos
Na Igreja de que fazemos parte.

A nossa missão é exercida em comunhão com o Bispo da diocese onde estamos inseridas.
Dedicamo-nos ao primeiro anúncio e ao aprofundamento da fé, à preparação e à celebração da liturgia e a serviços de carácter sócio-cultural.
Temos comunidades maiores e mais pequenas. É nestas que, de modo particular se exprime o carisma pois aí mais facilmente, se inserem no meio, estabelecem relações interpessoais e identificam as necessidades das pessoas, a fim de lhes dar a resposta evangélica e pastoral mais adequada.
Somos enviadas aos meios onde a Igreja ainda não está implantada, por mais pobres e simples que sejam. E é na alegria de servir, que partimos em missão.

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