«Pedi ao senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe»
cf. Mt 9,32-38.
cf. Mt 9,32-38.
Há muita gente que, por ter o exterior bem cuidado e o interior cheio de grandes sentimentos de Deus, se fica por aí...; contenta-se com as doces conversas que mantém com Deus na oração... Não nos enganemos: todo o nosso dever consiste em passar aos actos. E isso é de tal modo verdade que o apóstolo S. João nos declara que nada, além das nossas obras, nos acompanha para a outra vida (Ap 14,13). Tenhamos pois atenção a isto; tanto mais que, neste século, há muitos que parecem virtuosos e que, na verdade, o são, e que, no entanto, pendem mais para uma voz doce e mole do que para uma devoção laboriosa e sólida.
A Igreja compara-se a uma grande ceifa que precisa de trabalhadores, mas de trabalhadores que trabalhem. Não há nada de mais conforme com o Evangelho do que, por um lado, amassar as luzes e as forças para a alma, na oração, na leitura e na solidão; e, depois, ir partilhar com os homens esse alimento espiritual. É fazer como Nosso Senhor fez, e, depois dEle, os apóstolos; é juntar a acção de Marta com a de Maria; é imitar a pomba que digere até meio a comida que apanhou e, depois, mete o resto no bico das crias para as alimentar. É assim que devemos fazer, é assim que devemos testemunhar a Deus, pelas nossas obras, o quanto O amamos. Todo o nosso dever consiste em passar aos actos.
A Igreja compara-se a uma grande ceifa que precisa de trabalhadores, mas de trabalhadores que trabalhem. Não há nada de mais conforme com o Evangelho do que, por um lado, amassar as luzes e as forças para a alma, na oração, na leitura e na solidão; e, depois, ir partilhar com os homens esse alimento espiritual. É fazer como Nosso Senhor fez, e, depois dEle, os apóstolos; é juntar a acção de Marta com a de Maria; é imitar a pomba que digere até meio a comida que apanhou e, depois, mete o resto no bico das crias para as alimentar. É assim que devemos fazer, é assim que devemos testemunhar a Deus, pelas nossas obras, o quanto O amamos. Todo o nosso dever consiste em passar aos actos.
S. Vicente de Paulo
(1581-1660)
(1581-1660)
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