segunda-feira, 11 de maio de 2009

GUY DE LARIGAUDIE, o aventureiro de Deus


Guilherme Boulle de Larigaudie, conhecido por Guy, nasceu em Paris no dia 18 de Janeiro de 1908, tendo falecido no campo de batalha durante os confrontos da Segunda Guerra Mundial, a 11 de Maio de 1940, com 32 anos.
Dele podemos dizer que foi escuteiro, escritor, explorador aventureiro e jornalista.
Profundamente amante da vida e da natureza, bem cedo procurou um sentido para a sua vida, questionando-se sobre a sua vocação. Missionário? Entrou no seminário, mas a falta dos “grandes espaços” obrigou-o a sair e recompor a sua saúde frágil na montanha. O escutismo e o contacto com a natureza farão dele um homem novo. Já como jornalista, começa a viajar pelo mundo, publicando reportagens e romances. É um apaixonado pela escrita. Tudo é, para ele, motivo de encanto, admiração e, sobretudo, de contemplação. Esta confiança maravilhada encontra a sua fonte na confiança em Deus. O que ele vê, ouve e vive contribui a, no seu dizer, “fazer da sua vida uma conversação com Deus”: “É terrível ter tantos sonhos na cabeça e sentir, em suma, nas suas mãos a capacidade de os realizar e, ao mesmo tempo, ter o desejo de me apagar, de doar-me a Deus, o que não consigo precisar mas que, pelo menos, sei que Ele me guarda na existência que levo… Que a vontade de Deus se realize em mim e que Ele me dê a luz!”

Deus por companheiro
Na verdade, não podemos evocar a vida de Guy de Larigaudie sem falar da sua relação com Deus em todas as circunstâncias da sua vida. A sua correspondência assim o testemunha, tal como esta carta escrita a uma amiga, em Dezembro de 1938: “Creio que Deus me conduz pela mão pelos caminhos que são os seus e que me levarão para onde Ele quer. Somente duas coisas contam: amar Deus do fundo do coração, com um amor de criança, um amor infantil e total e procurar apenas a sua vontade e nada mais. Com isto, Deus não espera; conduz.”
Porém, a sua vida não é apenas feita de encantos. Existe também luta. Na sua reflexão e busca vocacional, conciliar vontade de Deus e impulso humano nem sempre é fácil, nomeadamente na questão da castidade: “Parece-me difícil passar toda uma vida sem ter perto de si a ternura de uma presença feminina. Só o conseguiremos procurando substituir a necessidade de amor humano por um profundo amor de Deus, fazendo verdadeiramente de Deus o companheiro de cada hora.”
“A castidade é um desafio impossível e ridículo se apenas tiver como argumento preceitos negativos. Torna-se possível, bela e enriquecedora se ela se apoiar numa base positiva: o amor de Deus, vivo, total, único capaz de contentar a imensa necessidade de amor que enche o nosso coração humano.”


Herança espiritual
Muito mais que a sua obra romanesca e jornalística, é essencialmente a mensagem espiritual que Guy deixou aos seus contemporâneos e às gerações seguintes que marca, como podemos ver através de algumas citações: “Sempre tive, no fundo de mim mesmo, saudades do céu, mais ainda agora que conheço melhor a beleza do mundo. O Céu será o cúmulo de toda essa beleza, a vida para aí nos conduz através de um caminho cujo cumprimento ignoramos, mas para quê entristecer-me de antemão sobre esta estrada se a luz se encontra no seu fim?”
“Toda a minha vida foi uma busca de Deus. Em todo o lugar e a toda a hora, procurei o seu rasto ou a sua presença.”
“Tudo se vive na plenitude do amor de Deus. Pouco importa que sejamos monge ou casado, aventureiro ou pasteleiro, só o amor de Deus conta!

3 comentários:

Anónimo disse...

É UM GRANDE SANTO. FOI MUITO IMPORTANTE NA MINHA JUVENTUDE. E AINDA É!!!!!
QUERO ME CORRESPONDER COM SEUS FILHOS ESPIRITUAIS,
URBANO MEDEIROS
C.POSTAL 17O
3566O-97O PARÁ DE MINAS - MG - BRASIL

kamilo disse...

sempre alerta, pra quem for escoteiro
eu quero dizer que este homem era abençoado agradeço muito por ele teu se doado a deus e nus ajudado com o escotismo conheci um grupo com esse nome e me interessei pesquisei e vi o grande homem que ele foi.
brigado.
sempre alerta.

Lisandro disse...

Há muita gente que vive quase sem pecar. A vida lhes transcorre direitinho no quadro normal da profissão, da família. Agem como Deus determina nas grandes, como nas pequenas coisas. No entanto, são existências comuns, apagadas, sem luz; falta-lhes o amor a Deus. São como lareiras bem construídas, mas sem fogo. São pessoas de bem em vez de serem santos.