domingo, 26 de abril de 2009

PATRICK GIRAUD, a Páscoa com Jesus


Nascido a 2 de Setembro de 1953 em Rouen (norte de França) Patrick Giraud é um jovem afectivo, calmo, obediente, extremamente respeitador e tem horror à mentira. Quem o conheceu não esquece o seu riso franco. Participa em acampamentos da JEC (Juventude Estudantil Católica) do qual se tornará animador, e juntamente com outros amigos funda um grupo de animação paroquial, “Os Aleluias”.
Depois do bacharelato, integra um grupo de preparação para o sacerdócio. Desde pequeno manifestara esse desejo. Por isso, pretendia desenvolver estudos superiores para melhor compreender e ajudar os outros assim como adquirir mais experiência de vida a fim de se tornar um padre com maior vivência.

A cruz da doença
Porém, em 1975 a sua saúde altera-se bruscamente. Hospitalizado descobre-se um tumor maligno no cérebro. Operado, acorda paralisado do lado esquerdo.
Inicia-se uma longa recuperação feita de muita perseverança e esperança suportadas por uma fé que nunca deixou de ter: “Que a primeira coisa a fazer hoje, primeiro dia em que me sento após um longo período acamado, que a primeira coisa a fazer hoje, dia em que voltei a escrever, seja escrever um enorme OBRIGADO!
Um enorme Obrigado a Jesus Cristo por recomeçar a dizer a mim próprio: não te esqueças que a tua missão é procurar-Me em cada dia e fazer descobrir ao mundo no qual vives que Eu o amo e que é por isso que ele existe; que cada homem está dotado de vida e tem a promessa de salvação; envio-te ao mundo para fazeres nele um trabalho de apóstolo.
(Que eu também saiba não esquecer que a maior felicidade do cristão é saber que já entrou na vida eterna desde hoje e que tudo se passa segundo a vontade do Pai, que tudo tem um sentido e uma utilidade!)
Segue-se uma reeducação intensiva. Esta longa provação ajuda-o a reflectir sobre o verdadeiro valor da vida humana: “Querer demasiado ser válido junto de todos é raciocinar em termos de meios – sou forte ou fraco? – e pecar por orgulho, pois não devemos falar em termos de capacidades; Jesus Cristo concede-nos o que decidiu dar-nos para seguir o seu Evangelho… Cada um de nós está vocacionado para qualquer coisa; que Jesus Cristo nos ilumine, para percebermos aquilo a que estamos destinados.”
Tal coragem advem-lhe da firme certeza de não estar só e da sua relação com Deus: “A fé não deve ser uma afirmação dita, mesmo com convicção, mas uma afirmação vivida.”

A Páscoa com Jesus
Após alguns sinais de melhoras, recaí brutalmente. Parte para Deus no dia 26 de Abril de 1976 com 22 anos. Quatro dias antes, desperta pela última vez , maravilhosamente lúcido, para deixar à mãe, num sopro de amor, com o mais belo dos sorrisos, a sua última mensagem:
“Hoje é Páscoa.
Quero passar a Páscoa com Jesus Cristo e com todos os meus «amigalhaços».
Estou contente por viver esta hora de Páscoa contigo!
Que bom é a Páscoa!
A Alegria está a chegar!
Eu bem sabia que me ia acontecer algo na Páscoa.
E aconteceu!
A minha ressurreição está a começar!
…Tu não a viés como eu…
Oh, mãe, como é fantástico! Fantástico!
Fantástico!”

Robert, um amigo, escreverá o seguinte: “… Patrick, a tua morte conta-nos a vida, presente e futura…”

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