quarta-feira, 25 de junho de 2008

TESTEMUNHO DE UM FUTURO SACERDOTE

O Gilberto será um dos dois novos sacerdotes que serão ordenados no dia 29 de Junho na Sé Catedral. Encontramo-nos com ele para colher o seu testemunho na véspera de um momento tão importante para ele e de tão grande significado para a Diocese.

Ser padre, porquê?
Porque foi, é e há-de ser um chamamento e convite de Jesus Cristo. Ouvi aquela voz divina sussurrar ao meu ouvido “Segue-Me”, a mesma voz que dirigiu convite idêntico aos doze e a Homens de todo o tempo para lhe entregarem a vida.
Não pude nem posso olhar para este convite de Jesus de uma forma banal, irresponsável ou indiferente. Por isso, com Ele e com a ajuda de muitas outras pessoas fiz-me ao caminho e cheguei à conclusão que ser padre é mesmo o que eu quero e que Jesus quer.
Contudo, não basta querer somente ser padre. O que mais me fascina e seduz é querer ser padre à maneira de Jesus Cristo: actuando da mesma forma que Ele actuou, vivendo ao Seu estilo e amando da mesma forma que Ele amou. Estou consciente que vai ser difícil, mas impossível não será. Penso que aqui está o verdadeiro “porquê” de eu querer ser padre!

Quem é Jesus Cristo para ti?
Vou referir-me somente à minha experiência pessoal, como a pergunta me pede. A importância que Jesus Cristo tem para mim centra-se num pensamento Paulino: “É que, para mim, viver é Cristo…” (Fl 1, 12). Tudo o resto na minha vida (e que também é importante) só faz sentido se for completado por e em Cristo. O “meu mundo” só pode girar à volta do mundo de Jesus, sinto-me como se fosse um “planeta-satélite” de Jesus Cristo. Por isso, Ele é o meu fundamento, razão de ser e de existir e felicidade total.
Preocupa-me, no entanto, a forma ligeira e “soft” como muitas pessoas olham e vivem Cristo. Para mim, Ele não é nenhum “conto de histórias” ou uma grande personalidade heróica ou revolucionária da época. Jesus Cristo é acima de tudo o rosto salvador e misericordioso de Deus. Nessa linha, a forma como Ele salvou o Homem e exerceu a Sua Missão. São impressionantes os gestos, as palavras, as obras e a pedagogia salvadora que o Redentor utilizou para nos salvar. Mais fascinante foi como Ele quis ficar connosco até ao fim dos tempos através da Sua presença real na Eucaristia. De facto, perante um Salvador assim eu não poderia deixar de O seguir!

Que mensagem queres deixar aos jovens?
Deixo o apelo feito por Jesus e tantas vezes lembrado por João Paulo II: “Não temais”. Acho que às vezes o que falta nos nossos jovens é a coragem para se afirmarem como cristãos. Parece haver vergonha dos colegas, da família, da escola… Não tenhamos medo de assumir Cristo!
Vale a pena segui-lo, pois daí a juventude (e todas as pessoas) só terão benefícios: Cristo foi um também um jovem cheio de vida que espalhou alegria, dinamismo e valores sólidos. Vale a pena segui-lo porque Ele não é retrógrado, não passa de moda e as suas palavras são sempre actuais: “A quem iremos nós, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna…” (Jo 6, 68).

Podem encontrar a integralidade da entrevista no Jornal Voz da Fé, publicação do Seminário Maior da Guarda
O SDPV deseja as maiores bênçãos de Deus ao Gilberto para que seja um bom padre e fiel seguidor de Jesus.

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