segunda-feira, 9 de junho de 2008

DAFROZA NYIRABAHINDE, sal da terra e luz do mundo


Dafroza nasceu na data de hoje, 9 de Junho, em 1956 no coração da África, mais concretamente no Ruanda.
21 anos depois, na noite de 9 de Outubro de 1977, o seu corpo inanimado será abandonado num descampado da capital, Kigali. No hospital o médico diagnostica: tentativa de violação, não consumada.

Dafroza era a jovem directora adjunta da Escola Familiar de Kamony e a sua morte a todos contristou. Uma amiga sua, a Madeleine, afirmou nessa ocasião: “Um sofrimento inexplicável se apoderou de nós. Sofrimento misturado com uma profunda alegria no Senhor, porque a nossa Dafroza se tornou, na sua morte, testemunha de Cristo”.
Ela possuía um coração de criança. Estava sempre a sorrir. Deixava-se encantar com as coisas de Deus e as alegrias da vida. Nas cartas que escrevia às suas amigas, muitas vezes se referia às maravilhas de Deus. Nos diversos encontros de oração que ajudava a promover, frequentemente entoava o seu cântico preferido: “Nos caminhos da vida, sê minha luz Senhor!”
Porém, o seu trágico fim pode levar-nos a perguntar: não teria sido mais sensato consentir em vez de recusar render-se ao seu agressor? Respeitando opiniões divergentes, não podemos deixar de considerar a opção de Dafroza. Ela poderia ainda viver, mas a sua felicidade seria a mesma? Num livro intitulado Testemunho de vida, responde a essa pergunta alguém que a conheceu: “Ter-se ia afastado do caminho que tinha traçado para si própria… Interiormente, é obvio que não seria mais a mesma”.
Mais ainda, o mundo precisa de cristãos capazes de dizer NÃO à mentira, à impureza, ao roubo e a todas as desonestidades. (…)
Não é cedendo à facilidade e pactuando com o mal que podemos tornar-nos sal da terra e luz do mundo, mas sim vivendo integralmente o nosso cristianismo.
Dafroza sobe fazê-lo, iluminada por Cristo, «sua luz», e impelida pela força do Espírito divino”.

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