sábado, 1 de dezembro de 2007

ADVENTO, TEMPO DO ENCONTRO


No começo do Encontro
existe um chamamento e um desejo.
Um chamamento:
alguém, em alguma parte, faz sinal
para chamar a atenção e o olhar.
Um desejo:
alguém, em alguma parte, está alerta,
em esperança, aguardando!

O Encontro exige sempre uma partida:
é preciso sair de si próprio
mesmo que haja meios de subsistência,
mesmo que se tenha alguém que se ama
e se seja amado.
É preciso abrir o círculo e sair:
há alguém que se quer manifestar.
O Encontro exige o abandono de privilégios:
deixa de ser o “Senhor…” ou a “Senhora…”,
e não é senão alguém que parte
e que deixa tudo para alcançar
aquele que, lá em baixo,
procura fazer-se escutar.
O Encontro é um longo caminho:
corre-se o risco de parar
por causa de perguntas:
“Terei entendido bem?
A minha vinda é verdadeiramente desejada?
E se eu me tivesse enganado?
Que esperam de mim?”

Mas quando acontece o Encontro,
então, para ambos é a grande surpresa.
A vida muda de sentido, tanto para um como para outro.
Porque então, estando juntos,
a força de um passa para a fraqueza do outro,
o amor passa de um para o outro
num perpétuo movimento de vida

Aqueles que se encontraram
começam uma longa viagem em comum
.
Nada os poderá parar, nem separar:
nem o fracasso, nem o medo, nem a morte.
Caminham juntos e quando se julga perdido ou desesperado,
o outro levanta-se e diz-lhe:
“olha: há sempre uma estrela no céu
e eu estou contigo até ao fim da viagem!”

Advento, Natal, Epifania:
o tempo em que a alegria nos invade
por sabermos que Deus e o homem se encontraram
e avançam juntos em direcção à eternidade
!
in Caminhos de Advento 1992

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