sábado, 6 de junho de 2009

SÃOZINHA, uma vida doada pelo pai


Maria Conceição Frões Gil Ferrão de Pimentel Teixeira, de seu nome completo, nasce no dia 1 de Fevereiro de 1923, em Coimbra, onde o seu pai finaliza os estudos em medicina. Findo o curso, o pai estabelece-se em Abrigada, próximo de Lisboa. Poderia ter escolhido melhor, diz-se, mas preferiu optar por estar o mais próximo possível dos seus pacientes, fugindo ao anonimato das grandes cidades. A família não passa mal, pois são descendentes da velha aristocracia, tendo inclusive como antepassado o novo santo português, Nuno de Álvares Pereira.
O pai é idealista e generoso, a mãe é terna e piedosa, um lar perfeito para a jovem Maria Conceição - Sãozinha como passa a ser chamada.
Na escola, ela revela-se precoce e excelente, não apenas nos estudos como também na dedicação e ajuda discreta que dispensa às suas companheiras.
Da sua mãe, recebe a devoção especial a Santa Teresa do Menino Jesus (Santa Teresinha) que acabara de ser canonizada em 1925.
De 1935 a 37, Maria Conceição, completa a sua formação no colégio das Doroteias, em Lisboa. De uma piedade rara, comunga diariamente ao mesmo tempo que se investe na catequese e na visita aos doentes e moribundos.

A vida como missão
Sãozinha multiplica orações e sacrifícios sobretudo depois de descobrir que o seu pai não vive nem pratica a sua fé. As desculpas da falta de tempo ou influências da mentalidade positivista da faculdade de Coimbra não a satisfazem. Escreve a uma amiga: “Se Deus me enviasse uma grande provação, fosse até o dom da minha própria vida, pela conversão de meu querido pai, eu a acolheria sem hesitar”.
A jovem esconde a sua tristeza atrás da alegria que irradia para todos. O pai, por sua vez, considera um capricho da filha as suas tentavas de reconduzi-lo à fé. Ama-o, no entanto profundamente.
Abril 1940. Maria Conceição é atingida pela febre tifóide. Hospitalizada em Lisboa tudo se tenta para salvá-la. Ela, sabe que Deus escutou a sua prece. Durante dois meses, luta contra a doença, oferecendo a Deus todo o sofrimento pela conversão do pai.
Falece serenamente o dia 6 de Junho de 1940, com apenas dezassete anos.
O pai converte-se, finalmente. Um mês após a morte da filha, confessa-se. Depois, regressa à prática sacramental frequente. Até à sua morte, trinta anos mais tarde, edificará toda a gente com a sua piedade, zelo apostólico e humildes tarefas que desempenhará com todo o coração no santuário de Fátima ao serviço dos doentes e onde participará todos os anos nos retiros dos médicos católicos.

O povo, esse, não se fará rogado na hora de considerar a santidade da jovem Maria Conceição, que todos tratam por Sãozinha. Em 1949, independentemente da influência da família, será erecta uma capela para acolher a sepultura da “Florzinha” de Abrigada, cuja causa de beatificação foi introduzida em 1990.

2 comentários:

Anónimo disse...

Passo apenas para chamar atenção de um erro de expressão, a Sãozinha não é conhecida como a "santinha" de abrigada, mas sim, a "Florzinha" de abrigada, este facto deve-se ao aroma a rosas que se faz sentir dentro do jazigo-capela da Sãozinha.
sem outro assunto de momento me despeço,

ex-utente do Lar da Sãozinha

Anónimo disse...

a santa saozinha que sempre me acompanha onde quer que eu esteja ou va
tenho uma oraçao oferecida por a mae da saozinha em 1982ano que me casei e fui com minha querida mae ja falecida tambem oferecer meu vestido de noiva e tive o privilegio de entrar no quartinho da santa saozinha*
todos os meses recebo o correio da querida saozinha enviado pelas irmas do lar da saozinha