segunda-feira, 22 de junho de 2009

S. TOMAS MORE, um santo bem humorado e responsável


Tomás nasceu em Londres em 1478 e era filho de um juiz. Possuía uma mente brilhante e estudou com prazer os clássicos na Universidade de Oxford. Tomás tornou-se advogado. Ele apreciava a justiça e defendia gratuitamente as causas dos pobres. Rezava diariamente, chegando a considerar a possibilidade de tornar-se monge. Acabou por decidir constituir família e prosseguir com a sua carreira jurídica.
Tão competente era na sua área que o rei Henrique VIII convidou-o para prestar os seus serviços na corte. O soberano, agradado da sua companhia, armou-o cavaleiro. Mais tarde, nomeou-o para o prestigiado cargo de Chanceler de Inglaterra. No entanto, Tomás nunca confiou plenamente na amizade de Henrique, preferindo a companhia da família e outros amigos.

Servo de Deus em primeiro lugar
Tomás tinha razão em não confiar no rei, cujos interesses pessoais geralmente motivavam as suas decisões. Henrique tinha divorciado e casado novamente contra a vontade do papa. O monarca proclamou uma lei que ordenava que o clero na Inglaterra o aceitasse como “Chefe Supremo” da Igreja. Dividido entre os deveres para com o rei e o respeito pela Igreja de Roma, Tomás demitiu-se do seu cargo, reduzindo a sua família à pobreza.
Quando Tomás recusou reconhecer Henrique como chefe da Igreja inglesa, foi preso na Torre de Londres. Foi, finalmente, considerado culpado de traição e foi decapitado a 6 de Julho de 1535, embora seja festejado nesta data de 22 de Junho.

Bom humor até ao fim
Mesmo condenado à morte, não perdeu o seu peculiar bom humor (ou não fosse ele britânico), sua naturalidade e simplicidade. No dia da execução, pediu ajuda para subir ao cadafalso. E disse ao povo: "Morro leal a Deus e ao Rei, mas a Deus antes de tudo". E abraçando o carrasco, disse: "Coragem, amigo, não tenhas medo! Mas como tenho o pescoço muito curto, atenção! Está nisso a tua honra!" E pediu para que não lhe estragasse a barba, porque ela, ao menos, não cometera nenhuma traição.
Foi beatificado em 1886 por Leão XIII e canonizado em 1935 por Pio XI.

No seu rasto
Tomás More foi marido, pai e advogado – não é o tipo de homem que esperamos ver descrito como um santo. A sua vida parece-nos mais como uma história de sucesso pessoal. Apesar disso, ele é exactamente o tipo de santo com o qual nos podemos sentir mais próximos nos nossos dias. Estava preocupado em manter a sua família e educar os seus filhos, assegurando-se que as suas três filhas tivessem a mesma educação que o filho. Tal como a maior parte de nós, ele tinha um chefe que exigia muito do seu tempo e da sua lealdade.
A vida e o exemplo de Tomás More acabam por questionar-nos sobre o seguinte:
- Profissionalmente, estamos mais preocupados em melhorar economicamente ou fazer o mais correctamente possível o nosso trabalho?
- O nosso trabalho ou ocupações deixam-nos o tempo suficiente para estar com a família e os amigos?
- Na hora de tomar uma decisão, pedimos a Deus que nos guie e escutamos o nosso coração? Damos sempre prioridade ao bem sobre o mal?

Fontes: evangelhoquotidiano.org
e “Vidas Comuns, Pessoas extraordinárias”

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