Como prometido, depois do Hugo Martins, hoje é a vez de darmos a conhecer o Celso Marques, outro jovem que irá receber a ordenação sacerdotal no próximo domingo. Em vésperas desse grande acontecimento eclesial publicamos (em duas partes) a entrevista publicada no boletim “Voz da Fé” e conduzida pelo seminarista Eduardo Mendes.
Boa leitura!
Com Cristo Venceremos!
Voz da Fé - Em breves palavras diz-nos quem é o Celso Marques?
Celso Marques: O meu nome é Celso Rocha Marques, estou a realizar o estágio pastoral em Celorico da Beira, preparando-me para ser ordenado sacerdote no dia 28 de Junho do corrente ano. Sou filho de Alfredo Mendes Esteves Marques e de Maria José Ramos Rocha Marques.
Nasci na paróquia do Barco, concelho da Covilhã, no dia 8 de Maio de 1980. Ai recebi o Baptismo, fiz a minha Primeira Comunhão, frequentei a catequese e cresci até aos meus 18-19 anos. Com esta idade fui colocado no curso de Física e Química na Universidade do Algarve, onde completei o 2º ano, decidindo posteriormente ingressar no seminário, após um percurso de discernimento vocacional.
VF - Em que momento da tua vida te sentiste interpelado por Cristo para O seguires mais de perto, no caminho para o sacerdócio ministerial?
CM: Tive a graça de nascer no seio de uma família cristã, com uma prática e piedade bastante notáveis. Logo muito cedo comecei a questionar-me se a minha vida não passaria pelo sacerdócio, a exemplo do meu pároco, padre empenhado pastoralmente e com um testemunho de vida bastante enraizado no Evangelho.
Fui adiando a minha entrada no seminário até aos 20 anos, altura em que me encontrava no ensino superior, como referi na primeira questão. Por incrível que pareça, foi aí que tive o meu primeiro contacto com um seminário diocesano. Inscrevi-me no pré-seminário e bem depressa percebi que o meu caminho era por ali, por uma consagração mais radical e a tempo inteiro à causa do Evangelho, do próprio Cristo, e entrei então para o seminário.
Celso Marques: O meu nome é Celso Rocha Marques, estou a realizar o estágio pastoral em Celorico da Beira, preparando-me para ser ordenado sacerdote no dia 28 de Junho do corrente ano. Sou filho de Alfredo Mendes Esteves Marques e de Maria José Ramos Rocha Marques.
Nasci na paróquia do Barco, concelho da Covilhã, no dia 8 de Maio de 1980. Ai recebi o Baptismo, fiz a minha Primeira Comunhão, frequentei a catequese e cresci até aos meus 18-19 anos. Com esta idade fui colocado no curso de Física e Química na Universidade do Algarve, onde completei o 2º ano, decidindo posteriormente ingressar no seminário, após um percurso de discernimento vocacional.
VF - Em que momento da tua vida te sentiste interpelado por Cristo para O seguires mais de perto, no caminho para o sacerdócio ministerial?
CM: Tive a graça de nascer no seio de uma família cristã, com uma prática e piedade bastante notáveis. Logo muito cedo comecei a questionar-me se a minha vida não passaria pelo sacerdócio, a exemplo do meu pároco, padre empenhado pastoralmente e com um testemunho de vida bastante enraizado no Evangelho.
Fui adiando a minha entrada no seminário até aos 20 anos, altura em que me encontrava no ensino superior, como referi na primeira questão. Por incrível que pareça, foi aí que tive o meu primeiro contacto com um seminário diocesano. Inscrevi-me no pré-seminário e bem depressa percebi que o meu caminho era por ali, por uma consagração mais radical e a tempo inteiro à causa do Evangelho, do próprio Cristo, e entrei então para o seminário.
“É uma enorme alegria para nós…”
VF - Todos sabemos que o percurso de discernimento vocacional em seminário nem sempre é fácil e pelo meio surgem sempre algumas dúvidas e incertezas. Quais foram as principais dificuldades que encontraste ao longo deste percurso e qual a tua atitude perante elas?
CM: Dúvidas e incertezas sempre existem, e essas não ocorrem só no seminário, em discernimento vocacional. Um dia um Bispo, neste momento emérito, disse-me que até à data não tinha a certeza se era a vontade de Deus que ele fosse padre.
Estou convicto que qualquer pessoa que pense, seja em que caminho for, há-de sempre encontrar dúvidas, incertezas, obstáculos, que, ultrapassados, fazem crescer, quer a nível humano, existencial, e até de fé. Tudo depende de onde se procuram as respostas e o apoio nesses momentos.
“Com Cristo venceremos” foi o lema que escolhi, quer para a Ordenação Presbiteral, quer para o meu futuro, no exercício do ministério, aliás, foi sempre o meu lema de vida. Pode parecer um tanto bélico se não for interpretado nesta perspectiva de quem procura respostas e apoio em Cristo quando surgem obstáculos no percurso da vida. Eu sempre encontrei este auxílio em Cristo ressuscitado, Cristo vivo, o Cristo que venceu a morte e nos garante a eternidade, que desde já nos sonha felizes; o Senhor que sempre esteve, está e estará connosco em todos os momentos, desde que nós deixemos e queiramos. É, e foi com Ele que sempre encontrei resposta nas dúvidas e incertezas, força e apoio nas dificuldades, luz e guia nos meus caminhos. Tenho notado que quem vive longe de Cristo, à menor dificuldade ou exigência de sacrifício, desiste dos seus compromissos. Sem Jesus, os sonhos e os projectos dos homens não têm consistência, são apenas mera ilusão e estão apenas ao serviço do seu egoísmo, atentam contra os direitos dos outros e constituem uma ameaça para a sociedade. Nesta perspectiva, penso que o lema “Com Cristo venceremos” poderia ser tomado perfeitamente por todo o homem que questiona e se questiona, caminha, cai, e que sozinho não vence, pois “em Cristo somos tentados e em Cristo venceremos”, como nos diz Santo Agostinho. Não depende só de nós, do nosso esforço pessoal, a nossa vitória, o nosso sucesso. A nossa vida em todos os momentos carece de Alguém, d’Aquele que conduz, em verdade e vida, a quem se deixa conduzir.
Não percam, amanhã, a segunda parte da entrevista.
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