Prosseguimos, hoje, com a segunda parte da entrevista feita à Irmã Maria Manuela da Eucaristia aquando da sua Profissão Simples, realizada no passado dia 1 de Outubro, no Carmelo da Guarda.
Voc’acção: A Irmã Maria Manuela é a segunda “vocação” a entrar no Carmelo da Santíssima Trindade desde a sua abertura na Guarda, a 24 de Agosto de 1995. Que actividades e que promoção vocacional as irmãs carmelitas vão fazendo dirigidas aos nossos jovens?
– O nosso carisma exclui qualquer forma de apostolado activo directo. De modo que a nossa promoção vocacional concretiza-se no testemunho da nossa vida e na oração. O Carmelo da Guarda tem Site na Internet: www.carmeloguarda.carmelitas.pt – por onde tomei conhecimento dele e o contactei com vistas à minha experiência – com artigos e imagens que ilustram o nosso estilo de vida. Além disso recebe no locutório (sala de visitas) grupos que procurem informar-se e conhecer o nosso carisma.
Voc’acção: Acha que hoje é mais difícil responder afirmativamente ao convite que o Senhor nos dirige para os seguir-mos?
– Penso que sim. Por diversos motivos a sociedade de hoje não torna fácil ouvir o apelo de Deus. Começa pela frequente falta de verdadeira vivência cristã nas famílias; junte - se - lhe os imensos e dispersivos atractivos da vida actual, acrescente-se a vertiginosa velocidade com que tudo se processa, condimente-se com o pragmatismo e materialismo reinante e tem-se o cocktail perfeito para nos tornarmos surdos ao incessante mas suave apelo de Deus.
Voc’acção: Deus continua a chamar para vocações tão específicas como é a vocação de clausura?
– Para nós é uma vocação ao deserto. Aquilo a que se chama «Clausura» é um “espaço reservado” que nos proporciona o contacto com Deus. Ora, eu não estaria aqui se Ele não me tivesse chamado. Respondo com a descoberta de Stª Teresinha da sua vocação pessoal: «Compreendi que se a Igreja tinha um corpo composto de diferentes membros, o mais necessário, o mais nobre não lhe faltava; compreendi que ela tinha um coração e que esse coração era ardente de amor; compreendi que somente o amor fazia agir os seus membros, que o amor se viesse a extinguir os apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os mártires recusariam dar o seu sangue (… . )No seio da Igreja eu serei o AMOR! Sim! Deus continua a chamar a uma vida oferecida por amor e para o Amor.
Continua...
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