ORAÇÃO DAS MÃOS
Domingos queria imitar Jesus tal como o descreve Lucas quando “entrou na sinagoga, levantou-se para fazer a leitura.”
De pé, Domingos estendia as mãos como um livro aberto e o seu coração meditava a Palavra na presença do Senhor.
No silêncio, as suas mãos falavam por ele: tanto as juntava diante dos olhos, tanto as afastava junto aos ombros tal como o faz o sacerdote quando reza o Pai Nosso.
Perscrutava com atenção a Palavra que lia; depois meditava recolhido.
Os frades ficavam impressionados de o ver tão tomado pela oração e pela liberdade com que se exprimia com o seu Deus.
As suas mãos!
Desde há muito que conheciam a suavidade da textura dos pergaminhos e os gestos atenciosos para com os pobres e necessitados, mais preciosos que os seus livros anotados, os gestos de cura e de misericórdia sobre os enfermos a quem tratava das feridas; as suas mãos abertas e despojadas como as de Cristo com quem ele conversava, de pé, livre e feliz.
Como rezo, actuo e vivo com as minhas mãos?
Fonte: http://valence.cef.fr/
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