Muitos milhares de católicos estarão hoje presentes em Lisieux para a beatificação de Zélie e Louis Martin, pais de Sta. Teresinha.
A cura de um bebé de uma malformação pulmonar em 2002 acelerou o processo aberto em 1957. Até agora, um só casal, os italianos Luigi e Maria Beltrame Quatrocchi, tinha sido beatificado junto. A celebração será presidida pelo “nosso” cardeal Saraiva Martins, prefeito da Congregação para a causa dos santos no Vaticano (é originário de Gagos, concelho da Guarda).
« O Bom Deus deu-me um pai e uma mãe mais dignos do céu que da terra ». Assim falava Sta. Teresa do Menino Jesus acerca dos seus pais, numa carta escrita em Julho de 1897. A santidade, muitas vezes, nasce do testemunho de fé do lar materno. Como disse Jesus, “a árvore reconhece-se pelos seus frutos”. Para este casal, Deus foi sempre considerado como o primeiro a ser servido. Teresa será profundamente marcada pela fé profunda e o fervor religioso da sua família.
Louis Martin (1823-94) e Zélie Martin (1831-77), têm 50 e 42 anos quando nasce Teresa (1873). Zélie acaba por morrer quatro anos depois. A santidade do casal, naturalmente, não começa com este nascimento.
Zélie, esposa e mulher empreendedora
Zélie será conhecida através da correspondência familiar. Nela se percebe uma rica personalidade, impregnada de humor e de compaixão. Durante a ocupação prussiana socorrerá um soldado prussiano desamparado. É uma mulher empreendedora: dará início a uma confeição de renda especializada dando trabalho a 18 mulheres a quem estima como família. As suas cartas trocadas com Louis, seu futuro esposo, revelam a profunda afeição que os une. Como casal, dedicarão tempo quotidiano à oração. Terá 9 filhos (só 5 filhas sobreviverão) sem deixar a ocupação profissional. Sente e vive a fundo a sua vocação materna. Como família, estarão atentos às necessidades alheias, socorrendo-as. O final da sua vida será marcado pela dura luta contra o cancro que a levará com 46 anos.
Zélie será conhecida através da correspondência familiar. Nela se percebe uma rica personalidade, impregnada de humor e de compaixão. Durante a ocupação prussiana socorrerá um soldado prussiano desamparado. É uma mulher empreendedora: dará início a uma confeição de renda especializada dando trabalho a 18 mulheres a quem estima como família. As suas cartas trocadas com Louis, seu futuro esposo, revelam a profunda afeição que os une. Como casal, dedicarão tempo quotidiano à oração. Terá 9 filhos (só 5 filhas sobreviverão) sem deixar a ocupação profissional. Sente e vive a fundo a sua vocação materna. Como família, estarão atentos às necessidades alheias, socorrendo-as. O final da sua vida será marcado pela dura luta contra o cancro que a levará com 46 anos.
Louis, pai atento
Louis era relojoeiro-joalheiro em Alençon. Posteriormente, deixará essa actividade para ajudar a esposa na condução da empresa. Viúvo aos 54 anos, revelar-se-á um pai atento a cada uma das suas filhas, pronto a consentir e apoiar os seus projectos de vida religiosa (todas serão consagradas). Após a entrada de Teresa no Carmelo de Lisieux, com os seus 65 anos começa a prova da doença (perturbações neuro-psiquiátricas). Durante as suas melhoras, é ele que se ocupa dos doentes que o rodeiam.
Louis era relojoeiro-joalheiro em Alençon. Posteriormente, deixará essa actividade para ajudar a esposa na condução da empresa. Viúvo aos 54 anos, revelar-se-á um pai atento a cada uma das suas filhas, pronto a consentir e apoiar os seus projectos de vida religiosa (todas serão consagradas). Após a entrada de Teresa no Carmelo de Lisieux, com os seus 65 anos começa a prova da doença (perturbações neuro-psiquiátricas). Durante as suas melhoras, é ele que se ocupa dos doentes que o rodeiam.
Através da sua vida conjugal, familiar e profissional, Louis e Zélie fizeram da sua vida quotidiana algo de heróico e do heroísmo algo de quotidiano. São, pois, um exemplo para cada lar cristão.
A santidade, afinal, não é exclusivo dos religiosos; os casais são também convidados a viver e transmitir a sua fé, no amor e fidelidade a Cristo.
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