sábado, 27 de setembro de 2008

VICENTE DE PAULO, o apóstolo da caridade


Apesar de ter nascido num berço humilde, em 1581 perto de Dax, no sudoeste da França, Vicente foi uma pessoa que se esforçou por melhorar cada vez mais, não se conformando com as fatalidades da vida. Estudou com os Franciscanos, foi ordenado sacerdote com apenas 19 anos e chegando mesmo a ser capelão da Rainha em 1600. Posteriormente, foi contratado pelos De Gondi, uma família rica e poderosa, como preceptor e guia espiritual.
Em determinada ocasião, ao ouvir de confissão um camponês da fazenda, Vicente apercebeu-se da realidade a que estava sujeita grande parte dos pobres. Chocado com a ignorância do homem em matéria de religião, o Santo decidiu consagrar a sua vida aos pobres. Decorria o ano 1617. Começou por pregar a respeito da confissão na capela local. Pouco depois, a frequência à confissão aumentou consideravelmente. Através deste sacramento, Vicente procurou corresponder ao desejo que as pessoas manifestavam de querer aprender e saber mais sobre Deus. Tal era a necessidade que decidiu fundar a Congregação da Missão, um grupo de sacerdotes que pudesse difundir a Palavra de Deus aos pobres das regiões rurais.

Visão de consolo para todos
Esta família religiosa constituiu o início da ampla visão de Vicente de Paulo. Quando se difundiu pelas cidades a notícia da sua beneficência, muitas pessoas ofereceram-se como voluntárias. Assim, em 1633, com Luisa Marillac organizou um outro grupo chamado as Filhas da Caridade constituído por mulheres de todos os níveis sociais, que desempenhavam funções importantes. Mulheres pertencentes à nobreza juntaram dinheiro para apoiar os vários grupos de caridade; enquanto outras, que eventualmente se tornariam as Filhas da Caridade, ajudavam os doentes, os órfãos, as pessoas afectadas por perturbações emocionais e os sem-abrigo. Durante a sua vida, Vicente fundou hospitais, organizou retiros e seminários onde se formavam sacerdotes sensíveis à missão da caridade e ao anúncio da Palavra de Deus.
Tal foi a sua acção e influência na sociedade que quando morreu, a 27 de Setembro de 1660, a França ficou de luto.

Vale a pena ler o que ele escreveu:
Também nós devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e imitar o que Ele fez: cuidar dos pobres, consolá-los, socorrê-los e recomendá-los.
Cristo quis nascer pobre, chamar para a sua companhia discípulos pobres, servir os pobres e identificar-se com os pobres, aponto de dizer que o bem ou o mal feito a eles o tomaria como feito a Si mesmo. Deus ama os pobres, e por conseguinte ama também aqueles que os amam. (…)
Quando os visitamos, procuremos compreender a sua pobreza e infelicidade para sofrer com eles e ter os sentimentos de que fala o Apóstolo (Paulo), quando diz: «Fiz-me tudo para todos». Esforcemo-nos por sentir profundamente as preocupações e misérias dos nossos semelhantes; peçamos a Deus que nos dê o espírito de misericórdia e compaixão e que conserve sempre em nossos corações estes sentimentos.”

Sem comentários: