No entardecer do dia 22 de Setembro de 1943, uma explosão abala a velha torre de vigia de Palidoro, na Itália. Um soldado do exército alemão, que ocupa a região, morre e dois são feridos. Evoca-se, então, um atentado que nunca será provado. Em represália os germânicos lançam um ultimato: se os culpados não se entregarem, cinquenta habitantes serão fuzilados.
No dia seguinte, dois oficiais SS apresentam-se na caserna dos carabinieri italianos, a quem estava confiada a segurança daquela região. O comandante estando ausente, é o vice-brigadeiro D’Acquisto que os recebe. Este último é obrigado violentamente a segui-los até à povoação onde a população, aterrorizada, está reunida. Cinquenta pessoas são escolhidas ao acaso. Excluídos os idosos e adolescentes, sobram 21 reféns. Salvo D’Acquisto é intimado a designar o responsável do atentado. Salvo, calmamente, tenta explicar aos alemães que nenhum deles é culpado. Como resposta e golpeado e insultado.
Mas quem é este jovem brigadeiro que enfrenta a arrogância nazi?
Originário de Nápoles, Salvo D’Acquisto tem 23 anos. Incorporado no exército desde 1939, ofereceu-se como voluntário para a frente líbia onde é ferido numa perna dois anos depois. Continua a sua instrução sendo enviado para esta região de Torrimpietra, zona pouco segura que separa a região norte italiana ocupada pelos alemães e o sul do país nas mãos das tropas americanas que avançam inexoravelmente. Homem do dever, Salvo é, antes de mais um cristão convicto. Da sua família, herdou uma fé sólida e uma grande generosidade. Alia coragem, determinação, lealdade e um sentido apurado da honra. Todas essas qualidades valeram-lhe a consideração dos seus superiores, o respeito dos seus homens e uma real popularidade entre os habitantes locais. Aos olhos dos jovens é um verdadeiro herói pelo prestígio ganho na Líbia. Todos conhecem a sua piedade pela sua participação regular na eucaristia e não tem vergonha de afirmar a sua fé.
Perante os alemães e seus reféns, Salvo D’Acquisto não perde a serenidade e recusa categoricamente de denunciar um inocente. Os 21 escolhidos são coagidos, entre choros e lamentos, a cavar as suas próprias covas. Todos serão executados perante o brigadeiro. Salvo pede para ser ouvido pelo oficial alemão. Alguns instantes mais tarde, os reféns são libertados. O brigadeiro italiano coloca-se, entretanto, diante do fosso cavado. Imediatamente é abatido. Fiel à sua fé – “não há maior prova de amor que dar a sua vida pelos seus amigos” (jo 15, 13) – e em perfeita coerência com o seu ideal e tradição gloriosa dos carabinieri italianos, Salvo D’Acquisto ofereceu-se para assumir a responsabilidade do atentado contanto que os reféns fossem libertados.
A 15 de Fevereiro de 1945, Salvo D’Acquisto recebe a título póstumo a medalha de ouro do valor militar pelo “seu exemplo luminoso de altruísmo, levado ao extremo renunciando à sua vida”. Entretanto, soube-se que a explosão fora acidental.
A reputação de santidade de Salvo ultrapassou rapidamente a fama de herói. Tornou-se uma das figuras mais amadas pelos católicos italianos, particularmente dos jovens. A causa de beatificação foi aberta na qualidade de mártir da caridade. Os seus restos mortais repousam na basílica de Sta Chiara de Nápoles e o seu túmulo é alvo de numerosas peregrinações.
No dia seguinte, dois oficiais SS apresentam-se na caserna dos carabinieri italianos, a quem estava confiada a segurança daquela região. O comandante estando ausente, é o vice-brigadeiro D’Acquisto que os recebe. Este último é obrigado violentamente a segui-los até à povoação onde a população, aterrorizada, está reunida. Cinquenta pessoas são escolhidas ao acaso. Excluídos os idosos e adolescentes, sobram 21 reféns. Salvo D’Acquisto é intimado a designar o responsável do atentado. Salvo, calmamente, tenta explicar aos alemães que nenhum deles é culpado. Como resposta e golpeado e insultado.
Mas quem é este jovem brigadeiro que enfrenta a arrogância nazi?
Originário de Nápoles, Salvo D’Acquisto tem 23 anos. Incorporado no exército desde 1939, ofereceu-se como voluntário para a frente líbia onde é ferido numa perna dois anos depois. Continua a sua instrução sendo enviado para esta região de Torrimpietra, zona pouco segura que separa a região norte italiana ocupada pelos alemães e o sul do país nas mãos das tropas americanas que avançam inexoravelmente. Homem do dever, Salvo é, antes de mais um cristão convicto. Da sua família, herdou uma fé sólida e uma grande generosidade. Alia coragem, determinação, lealdade e um sentido apurado da honra. Todas essas qualidades valeram-lhe a consideração dos seus superiores, o respeito dos seus homens e uma real popularidade entre os habitantes locais. Aos olhos dos jovens é um verdadeiro herói pelo prestígio ganho na Líbia. Todos conhecem a sua piedade pela sua participação regular na eucaristia e não tem vergonha de afirmar a sua fé.
Perante os alemães e seus reféns, Salvo D’Acquisto não perde a serenidade e recusa categoricamente de denunciar um inocente. Os 21 escolhidos são coagidos, entre choros e lamentos, a cavar as suas próprias covas. Todos serão executados perante o brigadeiro. Salvo pede para ser ouvido pelo oficial alemão. Alguns instantes mais tarde, os reféns são libertados. O brigadeiro italiano coloca-se, entretanto, diante do fosso cavado. Imediatamente é abatido. Fiel à sua fé – “não há maior prova de amor que dar a sua vida pelos seus amigos” (jo 15, 13) – e em perfeita coerência com o seu ideal e tradição gloriosa dos carabinieri italianos, Salvo D’Acquisto ofereceu-se para assumir a responsabilidade do atentado contanto que os reféns fossem libertados.
A 15 de Fevereiro de 1945, Salvo D’Acquisto recebe a título póstumo a medalha de ouro do valor militar pelo “seu exemplo luminoso de altruísmo, levado ao extremo renunciando à sua vida”. Entretanto, soube-se que a explosão fora acidental.
A reputação de santidade de Salvo ultrapassou rapidamente a fama de herói. Tornou-se uma das figuras mais amadas pelos católicos italianos, particularmente dos jovens. A causa de beatificação foi aberta na qualidade de mártir da caridade. Os seus restos mortais repousam na basílica de Sta Chiara de Nápoles e o seu túmulo é alvo de numerosas peregrinações.
Alguns dos reféns salvo por D'Acquisto
Sem comentários:
Enviar um comentário