segunda-feira, 4 de agosto de 2008

JEAN MARIE VIANNEY, Santo Cura de Ars


Três anos antes da Revolução Francesa nascia João. O novo governo francês tendo proibido toda a actividade religiosa, o pequeno João frequentava a eucaristia em segredo. Trabalhava como pastor na quinta da família que necessitava da sua ajuda. Assim, só pôde iniciar a sua aprendizagem intelectual aos 20 anos, tendo muitas dificuldades, especialmente em latim.
Quando em 1810 o clima político mudou, João entrou para o seminário. Mais uma vez, sentiu dificuldades porque todo o curso era leccionado em latim. Inicialmente recusaram-lhe a ordenação, mas atendendo às suas qualidades humanas e por ser um homem muito piedoso e de fé, o vigário geral da diocese decidiu que ele avançasse: “deixem que seja ordenado. A graça de Deus fará o resto”.

Cura de Ars
Após a ordenação e a breve passagem por uma paróquia, João foi enviado, em 1817, para uma pequena aldeia distante, Ars-en-Dombes. O nível moral na sua nova paróquia era baixo, mas João estava determinado em mudá-lo. Não possuía grande ciência, nem muita saúde, nem dinheiro, mas a sua santidade pessoal, a sua união com Deus fez o milagre. Começou por visitar todas as famílias da aldeia. João levava uma vida austera e passava muitas vezes os dias a rezar e em penitência pelos seus paroquianos. Cuidava também dos doentes e dos pobres e dava aulas de catecismo às crianças.

Confessor
João era muito dotado para a confissão. Mostrava grande simpatia e dedicava a cada penitente o tempo necessário para o guiar espiritualmente. A sua fama depressa se espalhou e em breve era procurado como confessor por pessoas vindas de longe. Por vezes, passava mesmo 16 horas por dia a ouvir confissões.
Certa vez, perguntaram a um advogado de Lyon que regressava de Ars o que tinha lá visto. Ele respondeu: “Vi Deus num homem”. Na verdade, é o que deveria ser dito de cada cristão, sobretudo de cada sacerdote.

João manteve-se em Ars, dedicado à sua gente, até à sua morte aos 73 anos.
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