A CIRP (Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal), juntamente com a
FNIS (Federação Nacional dos Institutos Seculares) e a CEVM (Comissão Episcopal Vocações e Ministérios), propõem à Igreja a Semana do Consagrado, que decorre de 31 de Janeiro a 7 de Fevereiro. Neste dia da festa da Apresentação do Senhor – Dia do Consagrado - apresentamos partes da Mensagem escrita para esta ocasião:
«Vida consagrada, solidária na esperança»
Outro pensador francês, o filósofo e teólogo Teilhard de Chardin, afirmava que o futuro do mundo pertencerá àqueles que lhe derem razões de esperança.
(…)
A vida consagrada revela-nos que só uma esperança activa se faz compromisso e vigilância. Sabemos em Quem acreditamos.
A alegria, o encanto, a beleza, a capacidade de entrega, o testemunho de felicidade, a audácia da missão, a valentia da generosidade e a heroicidade de vidas dadas no silêncio da contemplação ou na vanguarda da missão, desenham o rosto da consagração do nosso tempo.
Os consagrados(as) não vivem alheios à realidade nem são insensíveis aos problemas, nem tão pouco se sentem intocáveis diante da fragilidade humana ou imunes perante o pecado.
Sabem-se, isso sim, chamados por Cristo e enviados pelo Espírito para a missão. E isso lhes basta. Pedem diariamente a Deus que nada turbe a limpidez da entrega nem ensombre a alegria da fidelidade e reconhecem que transportam em si um tesouro em vaso frágil.
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Surgem continuamente novos desafios e diferentes espaços a urgir o anúncio do Reino e o convite à conversão e à esperança.
Os consagrados(as) são chamados para esta linha da frente na resposta às novas pobrezas, no acompanhamento solícito junto de quem procura Deus, no serviço exigente da educação, no diálogo lúcido com o mundo da cultura e na atenção fraterna dada aos que vivem afastados da fé ou apenas guiados pela razão e pela ciência.
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Os sinais dos tempos iluminados pelas bem-aventuranças do Evangelho são referência essencial da vida consagrada entendida como mensageira de esperança e de alegria.
Na raíz da vida consagrada estão os valores evangélicos da pobreza, da castidade e da obediência onde se funda o sentido do dom e da fidelidade de quem tudo dá porque dá a vida toda e para sempre.
A experiência da oração e a vida comunitária consolidam e fazem crescer estes valores assumidos e testemunhados e vão delineando o rosto de vidas felizes, dadas a Deus para servir os irmãos.
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Neste Ano Sacerdotal tem primordial sentido voltarmo-nos para a vida e ministério dos sacerdotes, dos presbitérios diocesanos ou dos institutos religiosos, e neles descobrirmos o testemunho feliz e belo da fidelidade do padre radicada na fidelidade de Cristo.
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Que Maria, a Senhora da Apresentação e Estrela da Esperança, nos ilumine e fortaleça para que a vida consagrada seja sempre na Igreja e no mundo mensageira da esperança e da alegria.
+ António Francisco dos Santos
Bispo de Aveiro e Presidente da CEVM
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