quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ALOIS ANDRITZKY, homem e padre na dignidade


Alois Andritzky nasce no dia 2 de Julho de 1914 na Saxónia alemã, no seio de família profundamente católica. Os quatro rapazes do lar estão destinados ao sacerdócio, mas um deles falece na frente do combate ainda como seminarista. Alois é ordenado em 1939 e, posteriormente, nomeado para a paróquia de Dresden.


Imediatamente, a exemplaridade da sua vida, o seu fervor e a sua piedade mariana chamam a atenção. Dinâmico, empenha-se no apostolado, apesar de saber das implicações: o país está mergulhado na Secunda Guerra Mundial e a perseguição do regime nazi contra os militantes católicos intensifica-se. Mas o martírio não o assusta. Muito pelo contrário.

No natal de 1940 é preso pela Gestapo (polícia política nazi) sob uma acusação caluniosa. Na verdade, a sua acção cristã junto do povo incomoda o poder. É condenado a seis meses de prisão. Mas, no termo da pena, é transferido sem explicação para outra cela. A 11 de Outubro é deportado para o campo de concentração de Dachau, juntamente com outros 12 padres.

Um deles deixou o seguinte testemunho: “Prometemo-nos, uns aos outros, três coisas: jamais nos queixar, jamais perder a nossa dignidade e jamais esquecer que éramos sacerdotes. Alois manteve-se fiel de uma forma heróica… Entre todos era muito estimado pela sua capacidade em permanecer prestável e sereno no meio dos horrores. Sempre que podia, ajudava os companheiros, particularmente os mais idosos e os mais fracos…” Outro disse: “Sempre afável, tinha uma palavra de encorajamento ou uma brincadeira para cada um, e todo aquele que o encontrasse pela manhã estava assegurado de passar um dia sereno.”

Em Janeiro de 1943, contrai a febre tifóide e é transferido para a enfermaria. Aí, reconforta os outros doentes. O seu testemunho de homem ciente da sua dignidade, de padre compenetrado do seu sacerdócio torna-se num apostolado insuportável aos olhos dos seus algozes. No dia 3 de Fevereiro é-lhe administrada uma injecção letal que põe termo a este missionário incómodo.


A causa de beatificação de Alois Andritzky foi introduzida em 1998.

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