sexta-feira, 4 de junho de 2010

O TESTEMUNHO DA ORAÇÃO


Um jovem de dezoito anos chegava a Paris. Ele não era incrédulo, mas a sua alma já tinha sido mais ou menos ferida pelo que o Padre Gatry chamava de "crise da fé". Um dia, o rapaz entrou na Igreja de Santo Estêvão do Monte (Saint-Etienne du Mont), e percebeu um senhor, que, piedosamente ajoelhado, rezava o terço num canto, junto ao santuário. Aproximando-se do idoso, percebeu que se tratava do senhor Ampère, seu ídolo; Ampère* representava, para ele, a ciência viva, a sabedoria e a genialidade.


Esta visão emocionou-o até o fundo da alma. Ele, então, ajoelhou-se, atrás do mestre, cioso de não fazer nenhum ruído. A oração e as lágrimas brotavam do seu coração. Esta foi a vitória plena da fé e do amor a Deus. Após esta experiência, Ozanam - era este o seu nome - se comprazia em relatar: "O terço de Ampère fez muito mais por mim do que todos os livros e até mesmo do que todos os sermões."



*André-Marie Ampère (1775 - 1836), matemático e físico francês, fundador do eletromagnetismo.



A.Larthe-Ménager
André-Marie Ampère nos Contemporâneos, T. 4.


Fonte: www.mariedenazareth.org

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