terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O AMOR TAMBÉM SE CONSTRÓI

Hoje, isto é em 1666, em Agra, na Índia, morreu o Xah Jahan, o mais culto e romântico dos imperadores mongóis, contemplando da sua fortaleza-prisão o fabuloso Taj Mahal, que tinha mandado construir como recordação da sua amada esposa. Falecida no último parto, deixou Xah Jahan, apenas com 38 anos, tão desgostoso que em poucos meses, ficou com o cabelo e a barba completamente brancos. Decidiu erguer em sua honra um monumento de amor eterno, o mais belo mausoléu na história, baptizando-o com o nome abreviado da esposa: Taj Mahal.
Para a obra foram requisitados 1000 elefantes e mais de 20000 operários durante 22 anos, sem olhar a gastos. Bela prova de amor, sem dúvida, embora à custa do sacrifício de muitos.
Importa, pois, reflectirmos sobre o que somos capazes de fazer, construir, por amor. Não falo tanto em obras materiais. Basta ter fundos e gente que trabalhe por nós. Refiro-me, antes, ao que construímos com a nossa vida. Independentemente de vivermos muitos ou poucos anos, que deixaremos como prova evidente do nosso amor? Para além de títulos, cursos, riquezas… que teremos feito com a nossa vida?
S. João da Cruz afirmava que só pelo amor seremos julgado no final da nossa existência. Diante de Deus somente o amor nos honrará. Em verdade, é ele que dá sentido aos nossos esforços e convicções. É por ele que sobreviveremos no coração e na mente daqueles que tiverem beneficiado da nossa caridade.
Na medida em que investirmos os nossos talentos e habilitações na dedicação aos outros, amando-os tal como Cristo fez por nós, assim construiremos uma obra mais bela ainda que o Taj Mahal.
Cada um é arquitecto do amor que construir ao longo da sua vida.

Sem comentários: