quinta-feira, 15 de abril de 2010

Padre DAMIÃO de VEUSTER, o santo dos leprosos


"Sou o mais feliz dos homens,

porque posso servir o senhor

através das crianças pobres e enfermas,

marginalizadas pelos outros"


Damião nasceu em Tremelo, na Bélgica, no dia 3 de Janeiro de 1840. Era o sétimo de sete irmãos. Desde a mais tenra idade, distinguiu-se pela piedade. Ao mesmo tempo, gostava muito de brincar e sobretudo de correr.

Com 19 anos de idade decidiu entrar na Congregação dos Sagrados Corações. Na sua carteira, escreveu: «silêncio, presença de Deus, oração».

Anos mais tarde, viria a escrever que sem ela «não poderia ter perseverado na associação da minha sorte à dos leprosos em Molokai». Gostava de rezar diante da imagem de São Francisco Xavier. Todos os dias pedia-lhe a graça de ser enviado um dia em missão.

Finalmente, em 1863, o seu sonho tornou-se realidade. Partiu do porto de Bremen, na Alemanha, rumo às Ilhas do Havai. A viagem durou 139 dias. Doravante, passaria 25 anos da sua vida nessas ilhas, cuidando dos leprosos.


Missionário em Molokai

Nas ilhas, ao serviço dos leprosos, desempenhou todas as funções que podia: médico, carpinteiro, pedreiro, cozinheiro, professor, etc. Muitos leprosos não tinham dedos e nem mãos, e deste modo o Pe. Damião até chegava a construir-lhes os ataúdes e a cavar-lhes as sepulturas.

Embora tivesse um temperamento irritável contra tudo aquilo que contrariava os seus deveres sacerdotais, com as crianças ele tornava-se criança. E tinha um grande carisma: não somente doava, mas doava com amor.

As crianças eram os preferidos do Pe. Damião. Elas encontravam nele um pai e uma mãe que os amava. A sua casa estava sempre repleta de crianças leprosas que comiam com ele. Eram a sua verdadeira família. Pegava as crianças nos braços, inclusive quando as suas chagas se encontravam sem curativos. E dizia: «O corpo corrompe-se rapidamente; só a alma é importante». Fez sempre tudo para garantir às suas crianças um verdadeiro lar. O orfanato ocupará perenemente o centro das suas atenções.

Criou um lindo coro de crianças, e ao seu irmão escrevia: «Minhas crianças cantam como se fossem músicos profissionais. A tuberculose e a morte prepararam as vozes mais bonitas do meu coro».

Dizia ainda: «Não se preocupem comigo, porque quando servimos a Deus somos felizes em qualquer lugar».

No ano de 1885 foi-lhe diagnosticada uma enfermidade: tinha contraído a lepra. Morreu quatro anos mais tarde, no dia 15 de Abril de 1889.


João Paulo II recordou-o, na sua visita à Bélgica, em Junho de 1995: «“Encontro a minha consolação no único companheiro que nunca me abandona”, dizia ele, falando da presença de Cristo no tabernáculo. A comunhão eucarística é o pão de todos os dias para os sacerdotes e para os consagrados, a força para aquele que quer ser missionário».

fonte: vatican.va

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