sexta-feira, 19 de março de 2010

UM PASSADOR, UM PAI



Um “passador” é muitas vezes uma pessoa anónima, o seu nome é ignorado, o seu rosto mal se conhece.
Um “passador” é uma pessoa que está na sombra, um humilde.
Faz “passar”, abre a passagem, prepara o caminho.
Depois apaga-se.
Para os outros as honras, a glória, as medalhas.
Ele está onde é preciso, quando é preciso.
Em seguida, eclipsa-se, desaparece.
Há paternidades segundo o espírito que ultrapassam as da carne.
Os pais são muitas vezes silenciosos mas activos.
José era um deles.

in Caminhos da Páscoa 1993

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