Conduz-me, doce luz,
Através das trevas que me cercam.
Conduz-me, Tu, sempre na dianteira!
A noite é escura
E estou longe de casa:
Conduz-me, Tu, sempre na dianteira!
Guarda os meus passos: não te peço para ver já
Aquilo que dizem se há-de ver depois:
Um só passo de cada vez já é bastante para mim.
Eu não fui sempre assim
E nem sempre rezei
Para que Tu me conduzisses, Tu, sempre na dianteira.
Gostava dos dias de glória e, apesar dos temores,
O orgulho satisfazia o meu desejo;
Oh! Não te lembres mais dos anos passados!
Se o teu poder me abençoou generosamente, há-de também
Saber conduzir-me sempre na dianteira
Pelo areal e pelo pântano,
Sobre o rochedo abrupto e a onda da torrente
Até que a noite se afaste
E de manhã sorriam os rostos dos anjos
Que eu tinha amado há muito tempo
E que tinha perdido por algum tempo!
Conduz-me, doce Luz,
Conduz-me, Tu, sempre na dianteira!
Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890)
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