segunda-feira, 17 de maio de 2010

ANTONIA MESINA, uma flor pura que não murcha

Antónia nasceu e viveu na ilha italiana da Sardenha, no seio de uma família profundamente católica. De carácter reservado, era firme e decidida e com grande sentido de justiça, de honra e honestidade. Dedicava-se às tarefas domésticas e familiares, substituindo a mãe, limitada por graves problemas cardíacos. Antónia era extremamente obediente e trabalhadora. Sua mãe chamava-a de “a flor da minha vida”.
A sua Primeira Comunhão foi marcante, tornando-se quotidiana nos últimos tempos. Piedosa, a sua fé fixava-se no essencial. A oração era para ela uma grande fonte de força, com especial devoção ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora.

Já na Acção Católica, encontrou grande ajuda espiritual junto da dirigente Francesca Funedda que a ajudou a descobrir a imensa riqueza de pertencer ao Senhor e a importância de ser fiel à sua vontade. Através do pároco, conheceu o exemplo de Maria Goretti e o sentido da pureza: não era somente uma virtude a defender por uma questão de dignidade, mas uma experiência de bem-aventurança: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.” (Mt 5, 8). Segundo testemunhos posteriores, Antónia, rapariga bonita mas muito discreta, terá dito que se se encontrasse numa situação semelhante imitaria a Maria Goretti.
Com efeito, a ideia de pureza crescia no seu espírito e, progressivamente, manifestava-se nos gestos simples do dia a dia. Apesar da sua timidez, era uma jovem muito animada e apreciada entre os amigos. Mantinha uma atitude verdadeiramente generosa e altruísta, renunciando às suas necessidades a fim de dar prioridade às necessidades dos outros.

A 17 de Maio de 1935, quando ia apanhar lenha com uma amiga, foi violentamente agarrada por um rapaz que tentou violá-la, mas sem sucesso como a autópsia revelou. Foi cruel e atrozmente agredida na cabeça com uma pedra, ficando irreconhecível. Tinha ela 16 anos.
A mãe de Antónia, que incutira na filha todos os valores da fé, morreu em 1981. Rezou sempre pela salvação do assassino e de todos os pecadores, mas rezou sobretudo pela mãe do desafortunado rapaz.
Antónia foi beatificada a 4 de Outubro de 1987 por João Paulo II.

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