
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
ENCONTRO DE PRÉ-SEMINÁRIO

quinta-feira, 29 de novembro de 2007
SDPV EM ACÇÃO


Entretanto, na véspera, no Centro Cultural da Covilhã, realizou-se um encontro de sensibilização para diversos agentes de pastoral. Após a constatação da realidade actual das vocações, nomeadamente, sacerdotais, reflectiu-se sobre a necessidade de comunidades cada veza mais comprometidas na sua identidade missionária. Não obstante a acção do Espírito Santo, não haverá vocações sem paróquias vocacionais. No final, discitiu-se possíveis acções "no terreno" de forma a levar esta mensagem de sensibilização junto de adultos e jovens.
A mesma reunião tinha decorrido, uma semana antes, no Centro paroquial de Trancoso.
domingo, 25 de novembro de 2007
CRISTO REI

Coroado de espinhos
Revestido de nada
Imagem de um Rei
Simplesmente entregue
Trespassado, mas libertador
Oferecido por Amor
Rei tornado Servo
Em nossos corações
Irmão, nosso Salvador
domingo, 18 de novembro de 2007
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
PEDRO ARRUPE, Centenário do seu nascimento

Não é certamente pelos seus 18 anos como Geral que aqui o recordamos, nem certamente pelo trabalho infatigável no Japão, nem ainda pelo seu desejo profundo de acabar com as injustiças no mundo. Arrupe foi muito mais. Evocamos o homem optimista, agarrado a uma esperança tão firme que nem a maior bomba da humanidade pôde afectar. O seu sorriso, que brotava atrevidamente nas adversidades, é o maior testemunho do seu jeito de caminhar. O seu segredo, esse não oferece dúvidas, “Jesus foi o meu ideal desde que entrei na Companhia, foi e continua a ser o meu caminho, foi e será sempre a minha força. Tirem Cristo da minha vida e tudo desabará como um corpo a que se retirasse o esqueleto, o coração e a cabeça.”
Oração pela Semana dos Seminários

sois o Bom pastor
que dá a vida pelas suas ovelhas.
Sois o mesmo ontem, hoje
e por toda a eternidade.
Só Vós dais sentido
à vida de cada um de nós,
ó em vós há futuro para a humanidade,
porque acreditar no Filho de Deus
é ter a Vida Eterna.
Vós confiastes à Igreja o ministério sacerdotal
sacramento do Vosso Amor incondicional
ao Pai e aos irmãos.
Fazei dos nossos seminários
sementeiras de Amor,
de serviço e de entrega radical pelo Vosso Reino,
sinais de esperança de um futuro
de vida em abundância para todos.
Confiamo-vos os nossos seminários:
confirmai nos dons do Espírito
os Bispos e demais formadores;
fortalecei e iluminai
no discernimento vocacional os alunos;
enchei de generosidade e espírito de serviço
os colaboradores que neles trabalham;
recompensai e abençoai os seus benfeitores
que com a oração e partilha de bens,
zelam pela missão de formação.
Põe intercessão da Virgem Maria e de S. José,
concedei à vossa Igreja e ao mundo
os sacerdotes generosos e santos
de que precisam.
Ámen.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
UM NOVO "COMPANHEIRO DE JESUS" (parte I)

Aqui fica a primeira parte do seu testemunho:
“Logo desde miúdo experimentei uma proximidade grande com a Igreja. Uma das mais fortes influências no meu percurso cristão foi o testemunho dos meus avós e pais, com quem comecei a ir à missa. Frequentei a catequese na cidade da Guarda, e aos 15 anos já tinha feito o crisma.
Não sei se em miúdo desejava ser padre, mas recordo-me que Jesus foi desde muito cedo Alguém de quem gostava. Lembro-me que quando tinha 7 ou 8 anos, acabava de aprender a ler, o meu livro preferido era uma banda desenhada que alguém me tinha oferecido.
Por volta dos 17 anos, quando no liceu comecei a aprofundar os meus conhecimentos de ciências naturais, apareceu a primeira crise de fé, que levei dois ou três anos a ultrapassar. E já se está a ver porquê: parecia-me, talvez mais por preconceito, que não era possível compatibilizar ciência e fé.
O meu desejo de aprofundar a fé foi crescendo, e acabei por assumir alguns compromissos: comecei a dar catequese, integrei um Agrupamento de Escuteiros do CNE e colaborei com a pastoral universitária do Patriarcado de Lisboa. A pouco e pouco fui-me sentindo parte da Igreja, que aprendei a amar, mesmo apesar de saber que não é perfeita, ao mesmo tempo que sentia um desejo cada vez maior de aprofundar a relação com Jesus.
Quando acabei a licenciatura comecei um doutoramento em Física (Física Teórica de Partículas), que concluí em cerca de 4 anos. À medida que o final do doutoramento se aproximava, e apesar de ter a possibilidade de continuar a fazer investigação, uma vida dedicada à Física fazia cada vez menos sentido e crescia o desejo de entregar a vida toda para servir Deus e a Igreja. Fui tentando ignorar este apelo (afinal que haveriam de pensar os meus familiares e os meus amigos), mas isso só fazia crescer a sensação de desorientação e mal-estar. Embora com medo, acabei por partilhar o que sentia com uma amiga, que sugeriu que fizesse exercícios espirituais de Sto Inácio de Loyola. Esta acabou por ser uma experiência decisiva, que me permitiu conhecer a espiritualidade inaciana.
A intimidade com Jesus ajudou-me a ultrapassar os receios e os preconceitos. Perante a surpresa da maior parte dos amigos e familiares acabei por entrar na Companhia de Jesus no dia 25 de Setembro de 2005”.
Continua…
NOVO COMPANHEIRO DE JESUS (parte II)
Jesus é o Amigo que ama incondicionalmente, que cuida das minhas feridas, que aponta a eternidade e me ensina a tratar Deus por Pai e cada pessoa como irmão.
– De que forma sentiste o apelo de Deus?
Acho que senti o Apelo de Deus como o desejo de gastar a vida em algo que valha a pena, de servir a Igreja e crescer na intimidade com Jesus. Fui sentindo que a consagração me permitia ser mais eu mesmo.
Ser consagrado é viver com toda a radicalidade o Evangelho, afirmando Deus como absoluto das nossas vidas. Julgo que o nosso mundo tem uma enorme sede de Deus, e espera profetas que O anunciem. A experiência da consagração religiosa, mais de que um acto voluntarista é um chamamento que se descobre na nossa interioridade e na nossa história. É difícil explicar, mas posso dizer que senti que foi Deus quem me convidou. É difícil explicar doutra forma como cheguei a ser jesuíta.
– O que é (que desafios representam), actualmente, ser jesuíta?

Numa das últimas congregações gerais da Companhia de Jesus definia-se o jesuíta como um homem a braços com uma missão. Um jesuíta é um homem disponível para servir a Igreja numa missão concreta confiada pelo Papa e pelos bispos através dos superiores. Actualmente a Missão da Companhia, de que são subsidiárias as missões das comunidades e de cada jesuíta, é o serviço da fé e a promoção da justiça.
Parece-me que um dos grandes desafios da Companhia é ser capaz de encontrar formas criativas de chegar a tantos lugares (alguns bem perto de nós) onde não chega a fé de Jesus. É também um grande desafio fazer frente à enorme injustiça que afecta uma parte tão significativa da população mundial. – Como explicas a escassez de vocações na Igreja nos dias de hoje?
É uma questão muito complicada. Acho que nos nossos dias as pessoas têm medo dos compromissos definitivos. Vivemos numa cultura mais imediatista em que muitos dos valores cristãos se vão diluindo. Existe também uma resistência às grandes instituições, que são olhadas com desconfiança crescente. Por outro lado. talvez a Igreja tenha alguma dificuldade em falar de modo que o mundo a entenda. Nem sempre é Jesus que a gente nova vê na Igreja...
– Uma mensagem aos jovens.
Descobrir Jesus, aceitar o convite que nos faz para vivermos como seus amigos, para a pouco e pouco ganharmos a sua maneira de olhar o mundo, a sua capacidade de acolher os mais pobres e os marginalizados, para nos apaixonarmos pela vida...
A SANTIDADE - DESAFIO PARA TODOS


Queridos amigos, o caminho da humildade não é portanto a vereda da renúncia, mas sim da coragem. Não é o êxito de uma derrota, mas o resultado de uma vitória do amor sobre o egoísmo e da graça sobre o pecado. (…) Todos nós, e vós bem o sabeis, somos chamados a ser santos!
SÊ A MINHA SANTIDADE
a possibilidade de Te desagradar
que jamais eu Te faça a mais leve ofensa.
Quero cumprir sempre a tua vontade
e corresponder sempre à tua graça.
Mestre, quero ser santa por Ti.
Sê a minha santidade,
porque conheço a minha fraqueza.
B. Elisabeth da Trindade, carmelita
EDUARDO VERÁSTEGUI - TODOS CHAMADOS A SER SANTOS
Diz ele: «Na minha busca por saber o que existiria para além desse vazio, comecei a questionar-me sobre as perguntas que a todos afectam: Que faço eu neste mundo? De onde venho? E para onde vou? Que sentido tem tudo isso? Nessa descoberta comecei a frequentar outro tipo de pessoas, outro tipo de ambiente.”
“Dei-me conta que tinha sido um egoísta até aí. Que as coisas que me tinham feito correr como um cego eram a vaidade e o orgulho. Vivia numa contradição constante: queria fazer coisas boas e acabava por não as fazer.»
Hoje assegura que não voltaria a fazer nada que contradissesse os seus princípios morais.
O actor recorda que os seus pais ficaram muito desgostosos com deixou de se dedicar à representação para levar uma vida leviana. Cansada de não ser ouvida, a sua mãe dedicou-se a rezar por ele. «Creio que as orações da minha mãe têm muito a ver com isto. Como se costuma a dizer, “não há mais poderoso do que as orações de uma mãe pelos seus filhos”. Olhando para o meu caso, estou convencido disso. Toda esta mudança na minha vida, as novas pessoas que me aproximaram durante a minha crise, não tenho dúvida que foram fruto das orações da minha mãe», revela Eduardo.
Agora diz que está disposto a “vender tacos” na sua terra natal contanto que seja fiel aos seus princípios. «Se eu vou levar uma vida íntegra, vou ser radical”. Não gosto de “meias tintas”». À pergunta - Que foi que melhor aprendeu dos seus pais, - não duvida em responder: «Minha fé. É um presente que Deus me deu através deles».
Numa entrevista concedida a um canal de televisão afirmou: «Eu não fui chamado ou nasci para ser um actor, não fui criado para ser famoso, nem rico, nem um engenheiro, um médico, um sucesso. Eu fui chamado a ser santo, para conhecer, amar e servir a Jesus Cristo».
Eduardo Verástegui aposta agora em produzir filmes que transmitam valores cristãos. Acaba de estrear nos Estados Unidos um filme aclamado pela crítica “Bella”. Esperamos que em breve chegue à Europa.


"Bella" narra à história de uma mulher que é despedida de seu trabalho quando descobre que está grávida. Numa desumana Nova Iorque, é salva pela amizade de um jogador de futebol cansado de sua vida. Através desta amizade, a redenção de ambas personagens vai-se elevando com intensa emotividade, no marco de uma família acolhedora e de circunstâncias que vão mostrando a formosura da vida quando se vive com esperança.
FRANZ JÄGERSTÄTTER - o mártir rebelde

JERZY POPIEŁUSZKO - "A verdade vos libertará"

Nascido a 23 de setembro de 1947, desde jovem revela grande vivência de fé. Em 1972 é ordenado padre numa Polónia subjugada pelo regime totalitarista do comunismo soviético. No verão de 1980, começam as revindicações operárias. Por todo o país as fábricas são ocupadas. Os grevistas, profundamente católicos, reclamam sacerdotes para que lhes celebre missas. O padre Jerzy é nomeado capelão numa das unidades metalúrgicas. É aí que, diz ele, “Nasceu em mim a necessidade de permanecer com eles.”
Para Jerzy, “O dever do padre consiste em estar junto do povo quando este ressente essa necessidade, quando ele é ofendido, prejudicado, maltratado. Pois existe sempre sofrimento e medo onde os direitos humanos não são respeitados.”
Apesar de tantas situações injustas e de intolerância por parte dos poderosos, o Pe. Popiełuszko não cede à tentação da violência: “Não luteis pela violência, ela é um sinal de fraqueza”. O lema da sua vida é retirado do Novo Testamento: “Não te deixes vencer pelo mal, vence o mal através do bem” (Rm 12,21). A todos apelava: “Rezemos para nos libertarmos do medo e das ameaças e, sobretudo, para nos libertarmos de todo o sentimento de ódio e de vingança”.

Caluniado, aliciado e, finalmente, ameaçado pelo poder político agastado com a sua acção e palavras, Jerzy Popiełuszko sente-se reforçado na sua missão de a todos anunciar a Palavra libertadora do Evangelho. Consciente mas destemido dirá: “Se eu for assassinado, porque razão acontecerá? Será pelo que fiz. Poderá acontecer algo de mais belo?”
A 19 de Outubro de 1984 é raptado. O seu corpo será reencontrado dez dias depois. A autópsia confirmará que foi espancado até à morte. Centanas de milhares de polacos assistirão ao seu funeral
Em 1987, o papa João Paulo II virá rezar junto do seu túmulo. Em 1996 é iniciado o processo de beatificação.
Lech Walesa, fundador do famoso Movimento e sindicato “Solidarnsoc” (Solidariedade), disse no dia do funeral: «Solidarnosc vive porque ofereceste-lhe a tua vida. Jamais nos submeteremos ao terror… Juramos sobre o túmulo do Padre Jerzy que jamais esqueceremos o seu sacrifício».
Na sua 1ª visita, em 1979, João Paulo II tinha dito aos polacos: “Peço-vos que assumais a herança espiritual que tem por nome Polónia, de jamais duvidar, de jamais desanimardes, de jamais desistir.” O Padre Jerzy ouviu e cumpriu, com a sua vida e a sua morte, a máxima do Evangelho: “A verdade vos libertará”…
S. TERESA de JESUS - Só Deus basta

Durante a sua infância, lutou para balancear o amor por Deus com a necessidade de ter amigos e de diversão. Mais tarde, durante a adolescência, ela estava mais interessada nos rapazes de que na religião. Ainda jovem, seu pai mandou-a para um convento, que ela odiou inicialmente. Mas à medida que o tempo passava, ela começou a sentir-se mais próxima de Deus. Mesmo depois de Teresa se ter entregue à vida religiosa, não foi fácil para ela renunciar a certas coisas: gostava de ter visitas e achava difícil manter-se concentrada em Deus. Enquanto rezava, a mente de Teresa perdia-se. Mas ela continuava a tentar, e Deus compensou-a com visões e uma sensação de êxtase.
Partilhando um dom
Teresa apercebeu-se que podia ajudar as outras freiras a superar os desafios que ela tinha enfrentado. Ela reformou a vida religiosa através da Ordem das Carmelitas Descalças, concentrando-se no regresso à simplicidade, pobreza e oração mental. Teresa ensinou às suas irmãs consagradas que era necessários associar a caridade à oração.
Os escritos de Teresa, incluindo “O Castelo Interior” e “O Caminho da perfeição”, têm sido uma fonte de inspiração pelos séculos. Os seus ensinamentos mereceram-lhe o título de Doutora da Igreja.
Aqui ficam estas palavras que costumamos cantar e que merecem a nossa reflexão:

S. FRANCISCO DE ASSIS - instrumento da Paz

Senhor, faz de mim um instrumento da tua Paz.
Onde houver ódio, que eu leve o Amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a União.
Onde houver dúvida, que leve a Fé.
Onde houver desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a Luz.
Senhor, faz que eu procure mais:
consolar do que ser consolado,
compreender do que ser compreendido,
amar do que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se ressuscita para a vida eterna!
Sta. TERESA de LISIEUX - Padroeira das Missões

A "pequena Teresa" passou toda a sua existência vivendo de amor: “Dedicava-me, sobretudo a amar a Deus, e foi amando-O que compreendi que o meu amor não se devia traduzir só em palavras”.
“Meu Deus, eu Vos amo” foram as suas últimas palavras. É amando que perceberemos e viveremos o compromisso de todo o cristão: SER MISSIONÁRIO.
Quereria percorrer a terra
E pregar o Teu nome, Jesus,
Ser apóstolo em solo infiel
E plantar gloriosa a tua cruz.
Só o amor faz agir a Igreja,
Mas se o Amor se viesse a extinguir
Os apóstolos não anunciariam
Nem os mártires a vida dariam.
Compreendi que o amor encerra
Em si mesmo, todas as vocações
Compreendi que o Amor é tudo,
Que abarca os tempos e os lugares.
Encontrei finalmente o meu lugar
Fostes Vós, ó meu Deus, que mo destes:
No coração da Igreja, minha mãe,
Eu serei o Amor!
E assim serei tudo!
do CD “Viver de amor”, Ed. Carmelo
PROFISSÃO RELIGIOSA NO CARMELO (parte 2)
A Profissão Solene será mais um passo de uma longa caminhada com Deus. Quais são as etapas principais?
Ir. F. M.: A 1ª etapa é o Postulantado que tem a duração de 6 a 18 meses. É um tempo de conhecimento da vida de carmelita, de adaptação ao horário quotidiano, ao silêncio. É também um contacto mais de perto com a oração e para completar o grau de cultura religiosa.
A 2ª etapa é o Noviciado, com dois anos de duração. Nele, reveste-se o hábito carmelita. Começa verdadeiramente a nossa formação: conhecimento da Ordem do Carmo, da Regra e Constituições, Liturgia, etc…
A 3ª etapa é constituída pelos chamados “Votos Simples”. São três anos renováveis ao fim de cada ano. Nesse tempo continua a nossa formação.
Finalmente, a 4ª etapa: a Profissão Solene, em que se assume a nossa entrega a Deus, perante a Igreja e de uma maneira definitiva
Porque razão escolheu, ou se sentiu escolhida para o Carmelo?
Ir. F. M.: Senti um chamamento a uma vida mais íntima com Deus, sem ter protagonismo, sendo eu mesma.
Qual a actualidade do carisma carmelitano para os dias de hoje e de que forma pode atrair os jovens?
Ir. F. M.: O carisma carmelitano é sempre actual. Encaixa perfeitamente nos dias de hoje. É como o “queijo no pão”: vão sempre bem.
No carisma, os jovens têm duas facetas, contemplativa e activa, onde podem satisfazer a sua sede de Deus sem cair na monotonia.
Que dimensão deseja dar à sua entrega e vida de carmelita de hoje em diante?
Ir. F. M.: Um lema: “Tudo por Amor…”
Uma missão: Rezar para que haja paz; para que o Evangelho chegue a todos. Rezar para que os sacerdotes sejam sacerdotes e não meros profissionais.
Uma mensagem/desafio para os jovens.
Ir. F. M.: Estar na moda é: Ser outro Jesus.
Os jovens não devem ter medo, nem vergonha de se assumir como cristãos; de serem diferentes, de terem opinião própria; de caminhar contra a corrente; de acolher Jesus e Maria no seu coração.
Eles são o sinal + da existência. À Ir. Filomena desejamos as maiores graças e bênçãos de Deus na fidelidade e felicidade neste caminho de seguimento a Cristo.
E se Ele te chamasse!?...
PROFISSÃO SOLENE NO CARMELO (PARTE 1)
- Como tudo aconteceu?
Ir. Filomena Maria: Durante a adolescência, veio o desinteresse pela religião acompanhada de uma certa revolta… Embora o tema “Deus” andasse sempre por perto, por mais voltas que desse, as perguntas eram sempre as mesmas: Quem é Deus? Onde está? Longe? Perto?
Até que um dia, a minha irmã mais velha me emprestou as “Confissões” de Santo Agostinho. Foi a derrocada de tantos preconceitos preestabelecidos. Foi a minha rendição total.
Mais dois anos e o movimento do Caminho Neocatecumenal deu início a catequeses em Viana. Com muita história pelo meio, eu lá fui assistir. Mais uma vez, apanhei “por tabela” no meu orgulho e a minha “cegueira” começou a ser curada.
Nasceu a primeira comunidade e eu iniciei então a minha conversão e aprofundamento do que era ser baptizada, conhecer a Deus como Pai, que Ele é Amor e que me aceita tal como sou, rebelde, pecado e nada.
Maravilhoso… claro que tive sofrimento, mas também momentos lindos.
- Qual o significado da vocação?
Ir. F. M.: Sempre me questionei saber o porquê da minha existência e para quê. Tinha que descobrir e fazer algo mais.
Participei de alguns encontros vocacionais, onde descartei a vida activa, missões, etc…
Queria algo mais íntimo, que me aproximasse do conhecimento pessoal de Deus. Como eu já conhecia a igreja dos padres carmelitas de Viana e era apaixonada pela nossa Mãe Santíssima do Carmo, pensei nas contemplativas. Como não há Cartuxa feminina em Portugal e o mais aproximado é o Carmelo, comecei então a pensar seriamente no assunto. Mas tinha, ou melhor, colocava resistências: muitos “ses” e “mas”…
Até que falei ao meu catequista expondo-lhe o que se passava e mandou-me esperar um pouco. Como persistia a ideia, lá me orientou para o Carmelo da Guarda que ele já visitara.
E cá estou, há cinco anos.
- Que dificuldades implicaram tal decisão?
Ir. F. M.: É claro que custou deixar a família, o emprego, a minha liberdade, o mar…, mas sentia-me atraída por Jesus e sei-me chamada a esta vida “escondida” e “só”. Tem momentos difíceis mas, com calma, tudo se supera. Com confiança, paciência e muito Amor.
Ser de Jesus, ser seu instrumento é tudo quanto desejo.
PARA SEGUIR JESUS...
Para vir a possuir tudo,
Para vir a ser tudo,
PARA OS TEMPOS DE VIAGEM
É a beleza de meu irmão!
Escutar o meu irmão
É o idioma do meu irmão!
Contemplar o meu irmão
Então também tu, meu irmão,
ACOLHER,
Oferecer-me à novidade dos rostos
ACOLHER
Porque somos, todos e em todo o lado,
ACOLHER
E criar assim um outro planeta
“Realmente, somos todos os filhos do Pai!”
Charles Singer
SÊ UM VIGIA
Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: acolherás as fontes da vida, da paz e da alegria; descobrirás a face escondida e luminosa, dos seres e das coisas.
Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: ouvirás, no jardim silencioso do teu coração, os passos discretos do Senhor que te procura; e poderás entrar na sua Aliança de amor, desde a aurora de cada manhã.
Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: saberás desconfiar das mentiras do mundo; evitar as forças do mal; e descobrirás, cada dia, no pão partilhado, o rosto daquele que vem ao teu encontro.
Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: terás a coragem de recusar a injustiça e o ódio; e saberás lutar contra o absurdo da vida, com a confiança d’Aquele que se não deixou seduzir pela
Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: examinarás os sinais dos tempos, no meio do povo da esperança; e cultivarás, no teu coração vigilante, os germes do crescimento do reino, para apressares a última vinda do teu Senhor.
EDITH STEIN - A Testemunha da Verdade

Seus pais, Sigefredo e Augusta, eram comerciantes judeus. Edith foi a última de onze filhos. O pai faleceu em 1893. A mãe encarregou-se dos negócios da família e da educação dos filhos.
A pequena Edith, segundo o seu próprio testemunho, foi muito dinâmica, sensível, nervosa e irascível. Aos sete anos, começou a possuir um temperamento mais reflexivo.

Em 1914, explode a Primeira Guerra Mundial. Edith vai trabalhar num hospital com quatro mil camas. Entrega-se a este trabalho de corpo e alma.
Estuda com seriedade a Fenomenologia, até se encontrar com a doutrina católica. Encontra definitivamente a sua nova fé em 1921, quando lê a autobiografia de Santa Teresa de Jesus. O amor a Deus, o Absoluto, toma conta de sua alma: “Cristo elevou-se radiante ante meus olhos: Cristo no mistério da Cruz”. Sob a direção do Padre jesuíta Erich Przywara, começa a estudar a teologia de São Tomás de Aquino.
Baptiza-se no dia 1 de Janeiro de 1922, recebendo o nome de Teresa Edwig. Desde então sente-se evangelizadora: "Sou apenas um instrumento do Senhor. Quem vem a mim, quero levá-lo até Ele”. "Deus não chama ninguém a não ser unicamente para Si mesmo”.

Aos 42 anos, no dia 15 de Abril de 1934, festa do Bom Pastor, veste o hábito carmelita no Convento de Colónia.
Sua conversão, que não a impede de continuar a sentir-se filha de Israel, enamorada de sua santa progenitura, separa-a, contudo, de sua família e de sua amada mãe: “Minha mãe opõe-se com todas as suas forças à minha decisão. É difícil ter que assistir à dor e ao conflito de consciência de uma mãe, sem poder ajudá-la com meios humanos”. (26-01-1934).
No dia 21 de Abril de 1935, domingo de Páscoa, faz seus votos religiosos e três anos depois, no mesmo dia, seus votos perpétuos. Sua vida será uma “Cruz” transformada em “Páscoa”.
Na Alemanha, os nazis começam a semear o ódio ao povo judeu. Ela pressagia o destino que a aguarda. Tentam salvá-la, fazendo-a fugir para a Holanda, para o Carmelo de Echt. Membros das SS não tardam a invadir o convento e prendem Irmã Benedicta e sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo.
Três dias antes de sua morte, Edith dirá: “Aconteça o que acontecer, estou preparada. Jesus está aqui conosco”. (06-08-1942).

O mesmo Papa declarou-a, com Santa Catarina de Sena e Santa Brígida da Suécia, padroeira da Europa.
EM VIDA, IRMÃO, EM VIDA…
Das pessoas para as amar
E dar-lhes a sentir a tua ternura
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…
Ser venturoso mereces
Se aprenderes a fazer felizes
A todos os que conheces
Em vida, Irmão, em vida…
Nuca visites panteões
Nem enchas tumbas de flores
Enche de amor corações
Em vida, Irmão, em vida…
Se queres feliz fazer
Alguém a quem queiras muito…
Diz-lhe, hoje, o teu querer
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…
Se desejas dar uma flor,
Não esperes que ela murche
Manda-lha, hoje, com amor…
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…
Se desejas dizer “gosto de ti”
À gente da tua casa, que te é querida,
Ao amigo perto ou longe,
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…
"MISSÃOBIQUE"
2. Que expectativas tens?
R. - As expectativas que tenho centram-se apenas no estar, escutar, dialogar com o outro, com aqueles que me aguardam, os quais estou ansiosa por conhecer e por descobrir.
3. O que representa para ti esta missão? Qual o seu sentido?
R. – Esta missão significa a concretização de uma cumplicidade muito desejada e que se pretende livre e sincera. Esta missão representa, acima de tudo, o início de uma caminhada de aprendizagem do amar e, essencialmente, de amar o outro em liberdade. A missão tem para mim um significado de reflexão, de abertura a outras perspectivas do “estar” na vida, do “estar” com o outro.
Ana Cristina Gonçalves Quadrado
2. Que expectativas tens?
R. - As expectativas de me envolver com o “próximo”, de amar, acarinhar, compreender, aprender, crescer,…
3. O que representa para ti esta missão? Qual o seu sentido?
R. – Trata-se de uma “semente” que germinou no meu coração desde muito cedo, de uma vontade que só o coração entende. Agora nasceu a primeira flor deste jardim interior e está carregado de “sementinhas” para o encher de flores…
A VIDA!

E só a ganha aquele que a “perder”.
Deus Seu próprio Filho entregou
Para o “homem novo” renascer.
A vida é um dom do Criador
Com uma só missão que é servir.
É sempre um projecto de amor
Do amor que está em nós para unir!
A vida é a voz de Alguém que chama
Alguém que me olhou, escolheu e quis.
A vida é a resposta de quem ama
Ao Deus que me sonhou fazer feliz.
A vida é o alento do Amigo
A vida é uma aventura de irmãos.
A vida é o próprio Deus que está comigo
E cada dia vem às minhas mãos.
IMAC
ACEITA-ME, SENHOR!

Aceita-me neste breve momento.
Deixa no esquecimento os dias órfãos
que passei sem Ti.
Alonga este meu pequeno momento,
em teu peito, descansadamente, e segura-o
debaixo da Tua luz.
Vagueei por muitos caminhos,
perseguindo vozes que me atraíam,
e elas não me levaram a nenhum lugar.
Agora, deixa-me sentar, em paz,
para ouvir as Tuas Palavras
no silêncio do meu coração.
Não afastes o Teu rosto
dos obscuros segredos do meu coração.
Não, acende-os, até que ardem
com o Teu fogo!
R. Tagore
ORDENAÇÃO SACERDOTAL
Vou ser padre porque Deus me escolheu.
Porque Deus serviu-se da minha simplicidade, das minhas mãos vazias para me dizer “Preciso de ti… preciso do teu SIM”. Precisa das minhas mãos, dos meus pés, da minha boca para continuar a sua grande missão: amar sem medida.
É uma grande aventura. Um enorme desafio. Sei que vou transportar um grande tesouro em vasos de barro. Não tenho medo, sei que o Espírito Santo me sustentará e a luz de Deus será o meu farol no meio da tempestade… o abraço no meio da solidão…“O Senhor é a minha rocha, fortaleza e protecção”.
No próximo domingo vou voltar a dizer a Deus “Senhor, te ofereço o meu Amor… te ofereço o meu sim”, e quero fazê-lo todos os dias da minha vida. Não é que Deus precise… mas Deus merece.
Rui Manique
NOVO ACÓLITO
NOVOS LEITORES

É a renovação de um sim dado a Jesus Cristo numa responsabilidade de ler, meditar e transmitir aos outros essa Palavra de alegra, a mesma que sinto por assumir este ministério na Igreja a que quero pertencer de modo mais comprometido.