terça-feira, 13 de novembro de 2007

SANTÍSSIMA TRINDADE (II)

Ó Trindade eterna, tu és mar profundo,
no qual quanto mais me abismo, mais te encontro,
e quanto mais te encontro, mais te procuro.
De ti nunca se poderá dizer: basta!
A alma que se sacia em tuas profundezas
deseja-te sem cessar,
porque está sempre faminta de ti,
sempre desejosa de ver sua luz
em tua luz.

Nesta luz eu te conheço,
e tu estás presente ao meu espírito,
tu, que és o Bem supremo e infinito,
o Bem acima de todo o bem,
que realiza a verdadeira felicidade.
Tu és a Beleza acima de toda a beleza,
a Sabedoria acima de toda a sabedoria.
Reveste-me, Trindade eterna,
reveste-me de ti mesma,
para que eu passe esta vida na luz de tua revelação,
que inebriou minha alma.


S. Catarina de Sena (1347-1380) grande mística e doutora da Igreja, grande obreira de reconciliação e paz entre populações e famílias. Oração retirada da sua obra “Diálogo”.

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Ó benigna Trindade,
Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus,
ensina-me, dirige-me, ajuda-me
segundo a minha esperança.
Pai, com o teu poder,
fixa a minha memória em ti
e enche-a de santos e divinos pensamentos.
Filho, com a tua sabedoria eterna,
ilumina a minha inteligência
com o conhecimento da suprema verdade.
Espírito Santo, amor do Pai e do Filho,
leva para ti a minha vontade
e abrasa-a nas chamas ardentes da tua caridade.
Possa eu, ó adorável Trindade,
louvar-te e amar-te tão perfeitamente
como os santos e os anjos.


Luís de Blois (1505-1566) Abade de Liesse, autor ascético e espiritual. Passagem retirada de “L’Institution Spirituelle”.

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